Os últimos anos foram intensos para o mercado de streaming, já que mudanças de consumo de conteúdo transformaram tanto as produções quanto o mercado geral. Na edição 2023 do estudo Inside Video Kantar IBOPE Mídia, 78,7% do tempo do consumo domiciliar foram dedicados à televisão linear, TVs aberta e paga, e 21,3% a plataformas online.
Com isso, é possível afirmar que a TV linear ainda é a principal transmissora de conteúdo nos lares brasileiros. Porém, é preciso olhar além disso e, mesmo que o índice seja menor, o potencial das plataformas digitais é maior e crescente. Nos últimos cinco anos, a penetração de dispositivos conectados no Brasil cresceu de 34% em 2018 para 59% em 2022, segundo o estudo.
Com as pessoas passando mais tempo fora de casa, os dispositivos eletrônicos se tornaram um aliado para o consumo de conteúdo, especialmente por Smart TVs, laptops e smartphones. A descoberta de novas mídias resultou em uma mudança nos padrões normais de consumo de conteúdo, com a facilidade de assistir quando e onde quiser se tornando um atrativo para serviços de streaming.
A seguir, Gustavo Marra, presidente da TVCoins, destaca os principais canais que já são explorados por empresas para se adaptarem à jornada do usuário no mercado de streaming e consumo de conteúdo.
TV conectada
Pessoas em todo o mundo estão abandonando a TV tradicional e mudando para serviços de streaming via over-the-top (OTT) e suas TVs conectadas. As TVs e TVs Conectadas são as favoritas do público, representando 90,4% do total de tempo consumido, de acordo com o estudo da Kantar.
“Ao contrário da TV tradicional, que atinge grandes audiências, mas tem um preço alto, a publicidade CTV e OTT pode atingir audiências de telespectadores altamente engajados e fornecer métricas de campanha mais detalhadas do que a TV tradicional, tornando-a um investimento mais eficiente. Além disso, com anúncios exibidos em conteúdo de streaming de alta qualidade das principais redes de TV e estúdios de cinema, os anunciantes se beneficiam da associação com marcas reconhecidas”, destaca Gustavo Marra.
Celular e aplicativos
Com os smartphones sempre à mão, a adoção de dispositivos móveis e aplicativos continua sendo um canal forte para a disseminação de conteúdo atenderem seus consumidores. Em 2022, pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre o uso de apps no Brasil, destacou que subiu de 56% para 66% a proporção de brasileiros com smartphone que assinam um serviço de streaming de filmes e séries.
“Embora o uso de aplicativos já estivesse acelerando, a pandemia aumentou os downloads de apps e o desenvolvimento de aplicativos, pois os consumidores passaram mais tempo navegando em seus telefones. Notamos um crescimento estrondoso nos serviços de streaming, tanto em plataformas quanto no conteúdo. Hoje é mais comum vermos conteúdo exclusivo para o streaming – como no caso da Globo – não ganhando exibição prévia na TV aberta”, acrescenta o executivo.
Omnichannel
Uma estratégia omnichannel é crucial agora para passar a mensagem certa, para a pessoa certa, na hora certa e no dispositivo certo. Para fazer isso direito, as empresas precisam criar soluções omnichannel que possam ajudá-los a entender os hábitos dos usuários e as interações que eles fazem com o conteúdo.
“Com a facilidade de começar a assistir em um lugar e continuar em outro. Ver a novela na televisão, continuar no streaming e depois voltar para a TV, traz uma liberdade aos espectadores e cria novos meios de interação com o conteúdo. Por isso, é essencial que os criadores de conteúdo estejam atentos a todas as formas que os conteúdos são exibidos e como a versatilidade está impactando os usuários”, acrescenta Gustavo Marra, presidente da TVCoins.
Fundada em 2012 por um grupo de empreendedores, a agência de notícias corporativas Dino foi criada com a missão de democratizar a distribuição de conteúdo informativo e de credibilidade nos maiores portais do Brasil. Em 2021, foi considerado uma das melhores empresas para se trabalhar.
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