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Alopecia areata atinge 1% dos brasileiros

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Uma das doenças de pele que poucos conhecem a fundo é a chamada alopecia areata, que provoca a queda dos cabelos e pêlos corporais. Ela despertou mais interesse no público ao ser abordada pela novela Vai na Fé, da TV Globo, onde a personagem Marlene, interpretada por Elisa Lucinda, passa pelo processo de aceitação da doença, abandonando o uso da peruca e iniciando um tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antes disso, na cerimônia do Oscar 2022, o assunto repercutiu por causa da bofetada que o ator Will Smith deu no rosto do comediante Chris Rock, motivado por uma piada que ele fez com a aparência da esposa, a atriz Jada Pinkett Smith, que tem alopecia. 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima-se que 1% dos brasileiros sofrem com a doença, que afeta diretamente o nascimento dos fios. Segundo o médico dermatologista e patologista Charles Godoy, professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), ela ocorre quando o bulbo capilar é atacado por células de defesa do corpo humano, que acabam alterando o metabolismo do bulbo e impedindo o crescimento do cabelo. 

Existem sete tipos de alopecia e cada um deles é provocado por causas variadas, como herança genérica, dermatite ou traumas, estresse e outras doenças autoimunes, a exemplo da Tireoidite de Hashimoto (que causa desequilíbrio nos hormônios da tireoide). “O tipo mais comum, inclusive, que o leigo chama de ‘pelada’, é onde surge uma área circunscrita sem cabelo. Não apresenta descamação, mas a região pode ficar dolorida ou coçar”, exemplifica Godoy. 

Alguns tipos raros da doença, como a alopecia totalis e a alopecia universalis, podem fazer com que a pessoa perca não só o cabelo, mas também os pelos pubianos, cílios e sobrancelhas. A literatura médica aponta que isso pode acontecer em até 10% dos pacientes com a doença. 

Em diversos casos, a alopecia não tem cura, mas possui alguns tratamentos, que podem controlar a perda dos cabelos. Uma alternativa é o tratamento com uso de medicamentos, a depender da faixa etária e do grau de extensão. Outra opção é a infiltração de corticóides, que são injeções aplicadas no local afetado. 

Um dos mais novos tratamentos é com o metotrexato, mas o dermatologista chama a atenção para que o paciente procure auxílio médico para o tratamento apropriado. “O metotrexato é uma formulação utilizada nos tratamentos mais recentes, mas não pode ser utilizado por todos. É fundamental procurar um dermatologista para obter a prescrição dos medicamentos, se for o caso, uma vez que eles podem apresentar importantes efeitos colaterais. Então, tem que ter o cuidado médico. Não dá para se automedicar no tratamento da alopecia areata”, alerta Charles.

Para além das medicações, a psicoterapia também é indicada como auxílio no tratamento da doença, principalmente em crianças ou quando há relação direta da alopecia com o estresse ou outros fatores psicológicos e emocionais. 


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