Para as pessoas que fazem uso do carro para ir e voltar do trabalho, ou motoristas que utilizam seus veículos como fonte de renda, o seguro – que registrou alta nos últimos tempos – pode se tornar indispensável. O desabastecimento na produção de veículos novos e nas peças de reposição, o impacto da pandemia no Brasil e no mundo e o aumento da Tabela Fipe foram os principais motivadores para esse crescimento no custo de seguros de automóveis, de acordo com os dados da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais).
Segundo levantamento da consultoria Jato, o preço médio dos carros novos vendidos no Brasil no ano passado foi de R$ 130.851,00. O valor representa uma alta de 85% em cinco anos. Em 2017, a média do valor de um veículo era de R$ 70.877,00. Em 2018, houve um crescimento de 4,8%, cerca de R$ 74.313,00. Antes da pandemia do covid-19, em 2019, o custo era de R$ 76.430,00.
Ainda de acordo com a consultoria Jato, a alta no preço médio dos veículos ocorreu entre maio e junho de 2020, que foi caracterizada pela queda no número de vendas de carros novos associada ao isolamento social que o Brasil e o mundo viveram no período. O grande aumento iniciou-se em dezembro, momento de falta de matérias-primas e semicondutores que começou a impactar na cadeia produtiva global.
Outros motivos foram a alta no preço dos fretes internacionais, a instabilidade do dólar e o desenvolvimento tecnológico. Para André Brunetta, Diretor de Digital & Inovation da Estapar, o seguro automotivo ficou mais caro por causa da elevação do preço dos carros e peças no Brasil nos últimos anos.
Para ele, o principal motivo foi a pandemia de Covid-19, a partir de março de 2020, que provocou o fechamento temporário das fábricas de semicondutores no mundo todo e prejudicou a produção dos modelos zero quilômetro. “O aumento da busca pelos seminovos e usados fez com que, seguindo a lei da oferta e da procura, os veículos subissem de preço. A menor quantidade de peças também surtiu o mesmo efeito”, destaca.
Maneiras para manter o seguro do carro
Segundo a CNseg, entre janeiro e novembro de 2022, o seguro de automóvel acumulou alta de 33,6% em relação ao mesmo período de 2021, com R$ 45,8 bilhões arrecadados. Um levantamento da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), que a CNSeg faz parte, mostrou que, cerca de 30 a 35% da frota de veículos que circulam atualmente no país está segurada, indicando um forte potencial de atração de novos consumidores para o setor.
“Para driblar essa alta e não deixar o carro sem seguro, a principal dica é contratar exatamente a necessidade de risco que o segurado necessita. Existe uma prática no mercado de ofertar sempre coberturas a mais”, explica.
Na atual circunstância, segundo ele, “o mais indicado é adquirir o seguro adequado para a exposição ao risco, assim como a sua capacidade de pagamento além, é claro, de pesquisar muito entre as várias empresas seguradoras, que tem sua próprias políticas de precificação em relação aos veículos de suas respectivas carteiras”, comenta Marco Gonzaga, Head de Seguros da Zul, uma das empresas do Grupo Estapar. Para o empresário, os aplicativos como do seu negócio, conseguem entregar para os motoristas diversas propostas, e assim eles não precisam ir e consultar várias seguradoras para fazer essa comparação.
Vale a pena destacar que não existe apenas um tipo de seguro para um veículo: carros podem ter proteção contra roubos e furtos, cobertura em desastres e indenização em perda total. Além disso, há seguros de veículos de terceiros, acidentes de passageiros e pacote completo, chamado de seguro de veículos compreensivo.
Todos os tipos de seguro de veículos possuem vantagens e limitações. Levantar as necessidades do auto e definir a modalidade que mais se encaixa na realidade do motorista é uma ideia.
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