Com o nome Juntos pelo Araguaia, está em curso um dos maiores programas de recuperação de bacia hidrográfica do planeta. Ele é inovador em recomposição florestal, com conservação do solo e água, engajamento social, enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e fortalecimento do agronegócio com a finalidade de revitalizar a bacia hidrográfica do Rio Araguaia, nos Estados de Goiás e Mato Grosso.
O programa foi lançado em 5 de junho de 2019. A secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, explica que não há aplicação de dinheiro público nesse projeto. “A ideia sempre foi, desde o início, envolver várias mãos numa proposta de recuperar uma bacia com apoio dos proprietários rurais da região. Queremos reconfigurar a relação dos moradores locais com a terra e mudar a forma como se ocupa o território” .
A ideia do programa é mudar o mindset, levando a ideia de recuperar, de plantar, de fazer cercamento, de chegar a uma área de gestão governamental do meio ambiente com parcerias e cooperação. “Vamos construir uma nova realidade para aquele território. O Juntos pelo Araguaia não é só uma recuperação de olhar, é uma recuperação de cultura, de como fazer política pública que não seja só com os instrumentos tradicionais de comando e controle”, afirma a secretária.
Escritório executivo
Um escritório executivo será responsável pela articulação de todas essas partes, que vai fazer toda a gestão do território, monitoramento, que vai acompanhar os executores, acompanhar o papel dos órgãos ambientais, dos doadores, vai fazer a divulgação do programa. “O escritório também deverá fazer a gestão documental e dos registros históricos. “O escritório oficial e que tem tarefas muito claras e definidas com relação ao acompanhamento de todo o programa”, completa Vulcanis.
Para o secretário executivo do escritório de projetos do programa, Rodrigo Vilaça, são vários os seus objetivos. “Entre eles (os objetivos), destaco: melhoria da qualidade do rio Araguaia, reabastecimento de mananciais, preservação do meio ambiente, regeneração de áreas degradadas, realização de serviços ambientais, captura de carbono e mudança de cultura”.
O secretário executivo afirma que esse conjunto de ações visa a promover a recuperação de áreas degradadas e o reflorestamento no bioma cerrado, na bacia hidrográfica do Rio Araguaia, em Goiás e Mato Grosso, visando ao aumento da produção e disponibilidade de água com qualidade para apoio e fortalecimento dos serviços ecossistêmicos, garantia de segurança hídrica para o abastecimento humano e apoio à indústria do agronegócio.
O trabalho, de acordo com Vilaça, será feito em consonância com as premissas do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Recuperação Ambiental (PRA), bem como com o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, o Desafio de Bonn e Iniciativa 20×20, a qual possui como meta restaurar 20 milhões de hectares de áreas degradadas na América Latina e no Caribe. “Como complemento, pretendemos contribuir com a preservação do cerrado até a Amazônia”, explica.
Segundo o governador Ronaldo Caiado, o programa visa a conscientização e participação direta dos produtores rurais, com harmonia e entendimento. “Com certeza, esse é um exemplo não só para o Brasil, mas para o mundo, de que é possível cuidar e preservar a natureza, fomentando o social e o profissional”, finaliza Andréa Vulcanis.
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