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Produção de cosméticos: processo é complexo e tem exigências

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O Relatório de Gestão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) referente ao ano de 2022, divulgado neste mês de maio, indicou que o órgão regularizou 73.999 cosméticos e que 64% das notificações de eventos adversos, relacionados a estes produtos, foram realizadas por cidadãos.

O grande volume de produtos dessa natureza regularizados pela agência está de acordo com uma resolução publicada pelo Ministério da Saúde (MS), em setembro de 2022, que  especifica os cosméticos que precisam de registro – mesmo os produtos desobrigados desta medida ainda devem comunicar a comercialização previamente à Anvisa, que possui em seu site a possibilidade da consulta da situação de cosméticos e outros produtos regulados pelo órgão.

Manter-se atualizado com as regulamentações e diretrizes da Anvisa e de outros órgãos reguladores, desse modo, pode ser desafiador para empresas do setor, já que exige um investimento significativo em conformidade e uma compreensão profunda das leis e regulamentações. O processo de desenvolvimento dos cosméticos, por exemplo, possui um passo a passo bem específico.

“É um processo meticuloso e segue etapas bem estabelecidas para garantir a segurança, eficácia e qualidade dos produtos. A etapa inicial envolve a realização de estudos de mercado”, explica o CEO da RPN, empresa que atua na criação e venda de produtos, criação de produtos para terceiros, incluindo o desenvolvimento de projetos, desde a concepção até a implementação, Alberto Silva, que atua na linha de frente da empresa, comandando os processos de desenvolvimento e fabricação.

Pesquisa e fabricação

As pesquisas são realizadas para entender a demanda do consumidor e as tendências emergentes. É com base nestes dados que os químicos e farmacêuticos irão trabalhar para desenvolver fórmulas que atendam a essas necessidades e preferências do mercado.

Em seguida, vem a seleção da matéria-prima. Este é o momento de escolher os ingredientes desta receita e garantir a qualidade da matéria-prima pode ser um desafio. Afinal, as variações na qualidade ou disponibilidade de ingredientes naturais podem afetar a consistência do produto final. “Nesta etapa, é importante se certificar de não escolher produtos químicos prejudiciais, e optar por produtos naturais de fornecedores credenciados com rigor de qualidade”, afirma Alberto Silva. 

Chegado o momento da fabricação, é fundamental que os laboratórios onde os produtos serão desenvolvidos possuam as devidas autorizações de órgãos reguladores competentes – esta é uma das garantias dos padrões de segurança e qualidade.

Testes e registro

A etapa de teste pode ser demorada e cara, mas é tão importante quanto as anteriores e não deve ser suprimida. Nela são realizados diferentes tipos de análises, como testes de estabilidade, eficácia, segurança e, no caso de cosméticos, testes dermatológicos. “Todos os produtos devem ser submetidos a rigorosos testes de qualidade e segurança antes de serem liberados para venda”, reitera Silva. 

O registro e a comunicação à Anvisa é um dos pontos mais importantes de todo este processo. Para os suplementos que contêm enzimas ou probióticos o registro na Anvisa é obrigatório. Da mesma forma, produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que se enquadram no art. 34 da RDC nº 752, de 2022, precisam de registro. Para outros produtos, a empresa precisa apenas comunicar previamente à Anvisa sobre a comercialização. 

Após todas as aprovações necessárias, finalmente chega o momento de lançar o produto no mercado, considerado altamente competitivo. É importante que a empresa se destaque com estratégias de marketing eficazes e garanta uma logística eficiente, desde a fabricação até a entrega ao cliente.

Qualificação do mercado 

Uma das estratégias que podem ser adotadas por empresas é o desenvolvimento de produtos sob demanda para parceiros. De acordo com Alberto Silva essa medida permite uma diversificação no mercado. 

“Quando um produto é criado especificamente para atender às necessidades de um determinado cliente ou público-alvo, isso leva a um grau mais alto de personalização e uma maior variedade de produtos que atende a diferentes nichos do mercado”, explica o CEO da RPN.

Uma variedade maior de produtos disponíveis gera mais competição no mercado. Isso pode elevar a qualidade dos produtos e serviços, afinal as empresas vão precisar se esforçar para se destacar.  Além disso, uma empresa com capacidade de responder rapidamente a um produto de sucesso e produzi-lo em grande escala assegura a continuidade do abastecimento e a satisfação do cliente.

“O desenvolvimento de produtos sob demanda qualifica o mercado porque além de elevar o nível de satisfação do cliente, leva à inovação e a competitividade”, conclui o CEO Alberto Silva.  

Para saber mais, basta acessar: @albertosilvabr


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