Segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), em todo o mundo, cerca de 55 milhões de pessoas são portadoras de demência. No Brasil, aproximadamente 2 milhões de indivíduos têm algum tipo de demência.
Demência não é uma doença específica, e sim um grupo de sintomas que interferem substancialmente na realização de atividades cotidianas e no convívio social. Os sintomas mais comuns da demência são esquecimentos, mudanças comportamentais e problemas com a fala e a comunicação.
Diversas condições podem causar tais sintomas, entre elas a doença de Alzheimer – que é a forma de demência predominante na atualidade, constituindo de 60% a 80% de todos os casos de demência. Levantamentos da Alzheimer’s Disease International, federação internacional de apoio a pessoas com demência e suas famílias, apontam um crescimento exponencial de casos de Alzheimer em nível global. A estimativa da instituição é que, em 2030, haja 74,7 milhões de pessoas com a doença no mundo.
A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que causa a perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo e o córtex cerebral. A doença tem início com pequenos lapsos de memória, porém, no decorrer do tempo, as funções cognitivas são severamente comprometidas e os sintomas se intensificam.
Sintomas e diagnóstico
Dra. Jessica Cavalcante, especialista em neurodesenvolvimento e diretora do Instituto Neuro, esclarece que a perda de memória é um sintoma comum a diversos tipos de demência. Contudo, a doença de Alzheimer apresenta sintomas particulares, como dificuldade em lembrar de conversas recentes, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, e alterações na personalidade.
De acordo com a especialista, muitas vezes, o diagnóstico dessas condições configura-se como um desafio, principalmente em fase inicial, quando os sintomas são brandos e podem ser considerados uma consequência natural do processo de envelhecimento. “É importante realizar uma avaliação médica completa, que envolvam testes neuropsicológicos e exames de imagem, para determinar a causa precisa dos sintomas de demência e, assim, determinar o diagnóstico.”
A diretora do Instituto Neuro ressalta, ainda, que diferenciar Alzheimer de outros tipos de demência é fundamental para que se possa definir o tratamento apropriado e para que seja dado o devido suporte aos pacientes e a seus familiares. “É essencial lembrar que qualquer suspeita de demência deve ser levada a um profissional de saúde, o qual fornecerá as orientações e os cuidados adequados”, finaliza.
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