A Inteligência Artificial (IA) é a tecnologia que possibilita que máquinas e programas de computador executem tarefas complexas e tomadas de decisão com autonomia, reproduzindo um padrão de comportamento humano. Nos últimos meses, ela tem ganhado ainda mais destaque na mídia e nas rodas de conversa, mas esse tipo de tecnologia já existe há alguns anos e está muito presente no dia a dia das pessoas – às vezes sem ser notada -, como no mecanismo de reconhecimento facial usado para desbloquear a tela de um smartphone.
No entanto, a criação do ChatGPT, iniciativa da empresa OpenAI, no final do ano passado, lançou holofotes sobre o potencial da Inteligência Artificial para impactar as mais diversas áreas da economia e da vida social humana. Esse evento aparentemente inaugurou uma era marcada por uma escalada crescente da implementação da IA. Estima-se que o mercado global de inteligência artificial movimente US$ 185,17 bilhões até 2026.
Entre os muitos segmentos da sociedade impactados pela IA está o rádio. Recentemente, o serviço de streaming de música Spotify divulgou um recurso inédito para moradores dos EUA e do Canadá: um “robô DJ” que faz comentários sobre músicas e artistas que o usuário esteja ouvindo, tal como um locutor de rádio. Já a empresa norte-americana Futuri desenvolveu uma plataforma de rádio produzida por um sistema de inteligência artificial: este analisa as principais notícias do momento e, com base nelas, cria um script para um programa radiofônico, que é lido por vozes artificiais.
Com tantas mudanças tecnológicas, então, qual será o futuro do rádio? Fábio Seerig Maus, CTO da Audiency Brasil Tecnologia, que desenvolveu uma plataforma que faz o monitoramento do sinal de emissoras de rádio em tempo real e o checking de mídia em rádio, acredita que, ainda que tenha pela frente alguns desafios, o rádio se manterá relevante no cenário da mídia. “Isso se deve ao fato de que o rádio oferece uma experiência auditiva única, conectando-se de forma pessoal e íntima com os ouvintes. Além disso, o rádio continua sendo uma opção de fácil acesso, principalmente em áreas onde a internet pode ser limitada.”
Segundo Seerig, a inteligência artificial possibilitará às estações de rádio explorar novas maneiras de aprimorar a interação com o público, incorporando mais tecnologia em suas transmissões. “Por meio de algoritmos inteligentes, as rádios podem oferecer uma experiência mais personalizada aos ouvintes, o que ajuda a cativá-los e a mantê-los engajados”, ressalta.
O profissional explica que a IA pode coletar dados relacionados à preferência do ouvinte, como histórico de reprodução, músicas e gêneros favoritos, e, baseando-se nessas informações, recomendar uma diversidade de conteúdo que seja interessante para ele.
“Com a incorporação de tecnologia e inovações, o rádio tem a oportunidade de se reinventar e de alcançar um público muito maior. Ao adaptar-se às necessidades e às preferências dos ouvintes, o rádio pode permanecer relevante e continuar sendo uma fonte confiável de informação, entretenimento e música mesmo na era da inteligência artificial”, conclui.
Para saber mais, basta acessar: https://audiency.io/
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