O plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no Brasil, lançado pelo presidente Lula (PT), no final de junho, prevê recursos da ordem de R$ 364,22 bilhões. O montante visa apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024.
O valor anunciado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, representa um aumento de cerca de 27% em relação ao último financiamento (R$ 287,16 bilhões para Pronamp – Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – e demais produtores).
De acordo com o Órgão do governo federal responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor, “o Plano Safra 2023/2024 incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis”.
Para o empresário e advogado Mauricio Ferro, o tamanho do novo Plano Safra é um aceno aos ruralistas. “O programa prevê taxa de juros subsidiados, mecanismos para frear flutuação de preços das commodities e taxas diferenciadas de juros com base em boas práticas ambientais, mas nada fala sobre desperdício alimentar”, afirma.
Ferro destaca que a produtividade do campo depende de três fatores essenciais: terra, mão de obra e capital – este último incluindo máquinas, equipamentos, fertilizantes e defensivos químicos. Por isso, ele acredita que o plano [Safra] agradou ao agronegócio.
“A econometria diz que a produtividade é responsável em quase 90% do crescimento da produção total naquele período e esta maior produtividade se dá graças à modernização tecnológica”, pontua Ferro.
“Logo”, prossegue, “o plano safra terá um impacto significativo e positivo no setor de agronegócio, pois pode influenciar a disponibilidade de financiamento para os agricultores, a adoção de novas tecnologias, o investimento em infraestrutura rural e a gestão de riscos agrícolas”, complementa.
O PIB (Produto Interno Bruto) do agro brasileiro deve chegar a 8% em 2023, após a retração de 2% registrada em 2022, segundo estimativa do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Até esse momento, o maior crescimento do setor foi registrado em 2017 (14,2%).
O agro é um dos principais setores da economia do país. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) o PIB agrícola do país saltou (em números deflacionados) de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões entre 2002 e 2022.
Para mais informações, basta acessar: https://www.mauricioferro.com.br/
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