Devido ao envelhecimento da população e aumento da expectativa de vida ao longo dos anos, estima-se que até 2050 o número de pessoas que convivem com alguma demência possa chegar a mais de 150 milhões, de acordo com estimativas do projeto Global Burden of Disease e noticiado pelo Ministério da Saúde.
Um dos exemplos mais comuns é o Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que causa morte de células cerebrais e pode comprometer funções básicas como: memória, linguagem e algumas funções motoras. De acordo com Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência no Brasil.
Além do sofrimento causado propriamente às vítimas, as demências como o Alzheimer também podem impactar a rede de apoio dessas pessoas entre familiares e amigos. Muitas delas ainda não sabem de que forma lidar com alguns obstáculos do dia a dia ou uma melhor forma de se relacionar com pessoas que possuem a doença.
A especialista em neurodesenvolvimento e diretora do Instituto Neuro, Dra. Jéssica Cavalcante, comenta algumas dicas e informações importantes para os cuidados com essas pessoas que, mesmo estando cientes de suas próprias limitações em alguns casos, ainda sim podem se sentir agitados ou ansiosos.
“Indivíduos que vivem com demência comumente resistem à ideia de que estão enfrentando problemas com a memória ou outros aspectos cognitivos, como manter conversas ou realizar tarefas diárias. Além de, muitas vezes, temerem o futuro e se sentirem estigmatizados pelo diagnóstico de demência”, comenta a especialista.
Ela ainda relaciona uma série de dicas para o relacionamento diário ou situações desafiadoras com pessoas que convivem com alguma demência:
A demência pode ser entendida como parte normal do envelhecimento, de acordo com 62% dos profissionais de saúde. A informação foi divulgada pela ADI em 2019 e também apontou que muitos não buscam orientações pelo preconceito com a doença.
Mesmo diante de projeções como as apresentadas, um outro estudo publicado na revista Alzheimer’s & Dementia e noticiado pela USP, apontou que 48% dos casos de demência no Brasil podem ser atribuídos a 12 fatores de risco potencialmente modificáveis. As possíveis causas apresentadas no estudo foram: menor escolaridade, hipertensão arterial sistêmica, perda auditiva, obesidade, traumatismo craniano, excesso de álcool, depressão, inatividade física, diabetes, poluição do ar, tabagismo e isolamento social.
Assim como a maioria das doenças, a demência também pode ser prevenida ou em alguns casos prorrogada através de hábitos mais saudáveis que incluem rotinas físicas e motoras, exercícios mentais e alimentação equilibrada com nutrientes essenciais para um bom funcionamento do corpo e cérebro.
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