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A operação aloprada dos milicos bolivianos

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A Bolívia foi palco de um evento que abalou a estabilidade política do país. O presidente Luis Arce, que está no poder desde 2020, enfrentou uma tentativa de golpe de Estado arquitetada por elementos das forças armadas. O contexto boliviano, marcado por uma recuperação econômica e social após anos de turbulência, foi abruptamente sacudido por esta operação mal calculada e desastrosamente executada.

A mobilização irregular das Forças Armadas

A operação iniciou com a mobilização irregular das forças armadas em La Paz. Tanques foram posicionados na Praça Murillo, onde se localizam os poderes Executivo e Legislativo, e soldados adentraram o Palácio do Governo. Esta movimentação gerou grande alvoroço e incerteza entre a população e os observadores internacionais. O presidente Luis Arce rapidamente identificou a gravidade da situação e denunciou as “mobilizações irregulares” entre as Forças Armadas.

O confronto no palácio presidencial

Diante da ameaça iminente, o presidente Arce tomou uma atitude corajosa e confrontou pessoalmente o general Zúñiga, líder da tentativa de golpe, no Palácio Presidencial. Esse momento crucial marcou o ponto de virada da operação. A determinação e a firmeza de Arce foram fundamentais para desarticular o plano golpista. Após o confronto, o general Zúñiga foi demitido e preso, demonstrando que a liderança civil estava disposta a tomar todas as medidas necessárias para proteger a ordem democrática.

A reação das Forças Armadas

Com a prisão de Zúñiga, a cadeia de comando militar ficou temporariamente desestruturada. No entanto, a rápida nomeação do general José Wilson Sánchez como novo comandante do Exército trouxe a situação de volta ao controle. Sánchez ordenou que todas as tropas retornassem aos seus quartéis, efetivamente encerrando a tentativa de golpe. Essa resposta rápida e decisiva evitou um conflito maior e restabeleceu a normalidade nas ruas de La Paz.

A condenação internacional

A tentativa de golpe recebeu ampla condenação internacional. Chefes de Estado de toda a Ibero-América, incluindo Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Espanha, Uruguai e Venezuela, expressaram seu apoio ao governo democraticamente eleito de Luis Arce. Além disso, figuras importantes como o Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da União Europeia, Josep Borrell, e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenaram veementemente a tentativa de golpe.

A reação dos Estados Unidos

A embaixada dos Estados Unidos na Bolívia também emitiu um comunicado rejeitando qualquer tentativa de derrubar o governo eleito. A administração Biden, através de uma porta-voz da Casa Branca, declarou estar monitorando os acontecimentos de perto e apelou ao respeito pela ordem constitucional e pelo Estado de Direito. Essa postura foi crucial para fortalecer a posição do governo boliviano e para garantir que a comunidade internacional permanecesse unida na defesa da democracia.

Lições da operação aloprada

A operação aloprada dos milicos bolivianos deixou importantes lições para a Bolívia e para a região. A resposta rápida e decidida do presidente Luis Arce, a lealdade do novo comandante do Exército, José Wilson Sánchez, e a condenação internacional foram fatores determinantes para o fracasso do golpe. Este evento ressalta a importância da vigilância constante e da prontidão para defender a democracia contra ameaças internas e externas. Além disso, a solidariedade internacional mostrou que a comunidade global não tolera tentativas de minar governos democraticamente eleitos.

A tentativa de golpe de 26 de junho de 2024 será lembrada como um episódio em que a democracia prevaleceu graças à coragem e à determinação das lideranças civis e militares comprometidas com a ordem constitucional.


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