Os efeitos da crise financeira obrigaram o restaurante em que o chef Vall Coutinho trabalhava a fechar as portas, no início de 2016, na capital fluminense. Após mais de 20 anos de carreira e um jantar especial para o renomado e idolatrado cantor/compositor Roberto Carlos no currículo, ele se via então diante de uma situação inédita e, ao mesmo tempo, desafiadora: ou seguiria o caminho comum de aceitar ganhar menos em outro emprego, ou apostaria no seu próprio negócio. Com 12 receitas de batatas recheadas, R$ 1 mil de limite no cartão de crédito como capital de giro e a ajuda do filho Vito Laselva para cuidar do marketing e das vendas, nascia em fevereiro de 2016 a Batata do Vall. O negócio começou de forma incipiente, na própria casa do chef, que fazia entrega em alguns poucos bairros do Rio de Janeiro. Mesmo assim, logo em seus dez primeiros meses, já faturou R$ 250 mil, com as vendas de 7.174 batatas. A ampliação da demanda obrigou a dupla a pensar em outras maneiras de gerar receita com o negócio. Além de venderem as batatas já prontas no delivery, passaram a comercializá-las congeladas, para que o próprio consumidor possa esquentá-las no forno ou micro-ondas. “Em 2017 temos uma previsão de faturamento de R$ 400 mil além de lançarmos uma nova loja, na região Oeste da capital. (…) O atendimento ao cliente, damos toda atenção necessária aos nossos clientes”, afirma o chef.
Vall, como sentiu no momento que foi demitido mesmo já sendo tão experimentado?
A demissão foi impactante, principalmente por eu ter tanto conhecimento e estar num projeto tão grandioso, mas infelizmente (para os investidores) o momento não favoreceu o negócio.
Quais foram os principais ensinamentos que obteve nestes 20 anos de carreira como chef?
Que cozinhar é uma arte que deve ser feita com muita dedicação e que constantemente devemos nos reciclar e procurar sabores novos.
Quando a Batata do Vall foi para a rua em definitivo, qual sentimento foi maior: o êxtase de ter um negócio próprio ou frio na barriga do recomeço como empreendedor?
Quando a Batata do Vall abriu na beira da rua já tínhamos o negócio estabilizado e processos definidos, foi difícil passar do amador para o profissional, isso nos demandou muito tempo e esforço, mas claro que o frio na barriga existe… até hoje, sempre temos decisões difíceis e importantes para tomar.
Em que momento você sentiu que o seu negócio daria certo?
Quando tivemos o primeiro “gargalo” de pedidos (muitos pedidos e pouca mão de obra para entregar), neste momento tivemos a certeza que trilhávamos o caminho certo.
Quais são os principais diferenciais que você acredita que o seu negócio oferece?
O atendimento ao cliente, damos toda atenção necessária aos nossos clientes, nosso processo além de profissional ainda e mantido de forma artesanal, assim diferenciando-se do mercado. Também temos uma das entregas mais rápidas da Zona Norte do Rio, é importante que o cliente seja levado a sério.
Como a palavra diversificação é encarada por você?
Diversificação é algo necessário para manter o negócio vivo.
E a inovação como é tratada?
A inovação é essencial dentro da gastronomia. Procuramos sempre inovar não deixando jamais a qualidade se perder.
Qual o papel de uma instituição como o Sebrae na formatação do seu negócio?
A equipe da Experimental Afiliada ao Sebrae nos ajudou muito com a formatação do negócio e definição de métricas, nos ensinaram como gerir e administrar uma empresa, sem eles provavelmente teríamos sofrido muito mais.
No que a tecnologia tem ajudado a Batata do Vall?
Podemos concluir que a tecnologia consiste em 90% de nosso negócio, pois, sem ela não teríamos efetuado a nossa 1° venda que foi pelo Facebook e hoje com Ifood. Pedidos Já e Uber Eats consistem em 87% dos pedidos da Batata do Vall.
O que você espera ainda deste ano como empreendedor além do faturamento que será maior?
Este ano montamos uma filial. Este será o grande passo da Batata do Vall, estamos trabalhando dia e noite, este sucesso é resultado de muito suor.
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