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A tendência White Label no mercado financeiro

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No ano passado, a Bolsa de Valores de Luxemburgo (LuxSE), sua subsidiária integral Fundsquare e a empresa brasileira de tecnologia financeira Quantum firmaram um acordo, que fornecerá aos investidores e principais players do mercado da América Latina acesso a um escopo mais amplo de dados financeiros. Como parte do acordo, a LuxSE e a Fundsquare fornecerão uma ampla gama de dados financeiros, incluindo documentos de fundos, dados estáticos, dinâmicos e regulatórios, à Quantum, que analisará e exibirá essas informações, e as disponibilizará à sua base de clientes, incluindo gestores de ativos, bancos, corretoras, fundos de pensão, family offices, advisors e empresas privadas, para facilitar sua entrada no mercado internacional de capitais. Ao obter acesso aos dados financeiros robustos e à plataforma proprietária fornecida pela LuxSE e pela Fundsquare, a Quantum adicionará uma forte dimensão internacional à sua oferta de serviços. Na entrevista ao portal Panorama Mercantil, o sócio-fundador da Quantum Finance, Maxim Wengert, fala sobre a tendência do White Label no mercado. “Whiteé um modelo de negócios em que uma empresa disponibiliza seus produtos e serviços para um terceiro, de modo que esse ofereça-os aos seus clientes sob sua própria marca. Esse modelo de negócios já é comum em outros meios além do mercado financeiro. Dentre as vantagens, a rapidez na implementação, a customização e a possibilidade de usar a marca fazem com que empresas tenham investido nesse tipo de solução”, diz.

Quais os grandes pilares da Quantum Finance?

Nossa missão é transformar informação em poder para o profissional tomar decisões de investimentos com mais embasamento. E, diante de tamanha responsabilidade, sempre almejamos excelência e agilidade. Somos um time de inquietos, que busca transformar a complexidade do mercado – múltiplas fontes de dados, ativos diversos, inúmeros documentos e informações – em simplicidade para na ponta, o profissional tenha mais confiança na análise de investimentos. E isso não é fácil. Por isso buscamos aprender cada vez mais rápido.

O que uma empresa provedora de informações sobre o mercado deve ter para se tornar competitiva?

O primeiro passo é entender a fundo as necessidades do mercado consumidor. Em nosso caso, que atende a todos os players do mercado financeiro, é estar perto do profissional para melhor mapeamento das suas demandas e “tradução” em termos de soluções tecnológicas. Entender a regulação também é fundamental, bem como o ecossistema como um todo, de forma a monitorar todos os fluxos da informação. Em nosso caso podemos também falar dos próprios skills tecnológicos. Afinal, desenvolvemos uma tecnologia própria, o AES (Atom Expert System), baseada em Inteligência Artificial, resultado de mais de 20 anos atuando no mercado.

Quais informações são essenciais num mundo tão dinâmico como o atual?

Depende muito do contexto e dos objetivos. O que podemos falar do mercado financeiro é que a rapidez de trazer a informação para o profissional e o investidor tem que andar lado a lado com a verificação da fonte e acurácia dos dados.

Qual a importância dos dados para a assertividade dessas informações?

Na verdade, vamos além do dado. Claro, ele é a base para provermos as informações – que, bem analisadas, acaba sendo um diferencial na tomada de decisão. Mas o dado em si, sem o devido tratamento, pode até ser uma fonte de ruído. Por isso é importante trazer informações de fontes fidedignas, tratadas, e que tragam insights de negócios, diminuindo riscos na tomada de decisão.

Quando e como surge o modelo White Label?

A Quantum já é conhecida por proporcionar soluções customizadas, até por atender clientes de distintos segmentos do mercado. Foi uma evolução “natural” em função dos nossos skills em tecnologia e histórico de customização em inúmeros contextos de negócios. Já implementávamos diversos projetos de White Label, antes mesmo de inaugurarmos formalmente essa oferta.

O que mais pode ser dito aqui.

Agora verificamos, muito em função do aumento de players dentro do ecossistema, uma maior procura do próprio mercado, já mais instruído em relação aos benefícios desse modelo. O mercado só tem a ganhar.

Quais as características desse modelo que o torna mais eficiente?

A tecnologia se torna um elemento vital para promover vantagem competitiva dos negócios, e esse movimento foi acelerado pela pandemia e pela entrada de novos players. Mas desenvolver uma solução requer recursos variados: dinheiro, tempo e domínio técnico. E isso pressiona o time-to-market das empresas, que está cada vez mais curto. Nesse sentido, o White Label é uma resposta que une escala, eficiência e qualidade. Dentre as vantagens, a rapidez na implementação, a customização e a possibilidade de usar a marca fazem com que empresas tenham investido nesse tipo de solução.

É uma tendência global?

No cenário internacional de investimentos, essa forma de atuação está em franca expansão. Cada vez mais startups surgem oferecendo serviços a serem incorporados por outras empresas. E, aqui no Brasil, alguns players também estão se movimentando nesse sentido, buscando parceiros que possam auxiliar na transformação digital de seus negócios.

Como os players do mercado podem se beneficiar dessas vantagens?

O White Label é uma forma da empresa proporcionar uma experiência digital diferenciada para seu cliente final com uma solução já testada em outros negócios, e com menos investimentos. No fim das contas, o White Label pode acelerar o processo de transformação digital das empresas e trazer diferenciação competitiva em uma ótima relação custo-benefício.

Fale mais sobre isso.

A provedora entra com a expertise e a tecnologia, e a contratante entra com o conhecimento sobre seu cliente. É uma ótima relação de ganha – ganha.


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