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A Tudu quer reinar no mundo das retailtechs

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A Tudu (retailtech) nasceu com a proposta de vender roupas e objetos sob demanda. Todas as peças da empresa são feitas com processos sustentáveis do começo ao fim: produção on demand, ou seja, somente aquilo que será comprado/consumido, embalagens recicláveis, algodão e tintas certificados/sustentáveis. Além disso, a startup oferece rapidez na produção e entrega sob demanda (1 dia útil para clientes em São Paulo, por exemplo). Os modelos de camisetas e moletons da nova coleção estão disponíveis nos tamanhos P, M, G e GG. “A forma tradicional de vender não atende mais. Grandes produções, coleções longas, estoques gigantescos. Essa forma de vender é ruim para o negócio, para os clientes e para sociedade. As empresas precisam passar por transformações mais profundas para não serem atropeladas pela inovação. Algumas fora do Brasil, que não se modernizaram, já estão com dificuldades extremas. Ícones nos EUA como GAP, J.C. Penney, Victoria ‘s Secret estão fechando centenas de lojas e negociando dívidas. Não inovaram no modelo e estão perdendo vendas por conta disso”, afirma Fabio Zausner, fundador e CEO da retailtech Tudu. Ele ainda diz mais: “A Tudu age na forma de vender, é muito mais no core business. Produzir em escala, com a nossa qualidade, velocidade, preços competitivos e sob demanda, utiliza a tecnologia em benefício dos clientes e da sociedade”.

Fábio, você classificaria as retailtechs como o futuro ou o presente do varejo?

É uma nova realidade. Hoje todo business de varejo precisa virar tech. Todos estão de alguma forma implementando tecnologias em sua forma de vender e se relacionar com os clientes. Porém, na maioria das vezes, as empresas estão fazendo apenas o básico: lançando um site, implementando um sistema.

Fale mais sobre isso.

A Tudu age na forma de vender, é muito mais no core business. Produzir em escala, com a nossa qualidade, velocidade, preços competitivos e sob demanda, utiliza a tecnologia em benefício dos clientes e da sociedade. Zero desperdício, apoio aos artistas e não precisa de investimento para vender.

Qual a importância da inovação nesse mercado?

Como em todos, extrema. A forma tradicional de vender não atende mais. Grandes produções, coleções longas, estoques gigantescos. Essa forma de vender é ruim para o negócio, para os clientes e para sociedade. As empresas precisam passar por transformações mais profundas para não serem atropeladas pela inovação. Algumas fora do Brasil, que não se modernizaram, já estão com dificuldades extremas. Ícones nos EUA como GAP, JCPenney, Victoria ‘s Secret estão fechando centenas de lojas e negociando dívidas. Não inovaram no modelo e estão perdendo vendas por conta disso.

Qual o insight para a criação da Tudu?

Perceber que a tecnologia de hoje permite produzir e vender de forma mais eficiente. Que a produção em massa não precisa mais ser realidade para que os preços sejam competitivos, os prazos curtos e a qualidade boa. E que já passou da hora de acabar com essa massa de produção de vestuário que agride tanto o meio ambiente. E, em cima disso, dar a oportunidade para centenas de artistas e lojistas poderem criar suas coleções sem a necessidade de investimento e sem risco. Isso é o mais legal.

Quais os principais pilares da empresa?

Somos abertos a todo tipo de arte e expressão desde que não seja um discurso de ódio. Queremos estimular e dar voz a centenas de artistas, muitos ainda desconhecidos e dar a oportunidade para que possam viver ou complementar suas rendas com arte. Somos focados em produzir de forma sustentável, com materiais certificados e que causem o menor impacto possível ao meio ambiente. Somos focados na experiência do cliente, garantindo que cada entrega seja feita com carinho e qualidade impecáveis, sempre buscando surpreender a cada vez que o cliente nos permite atendê-lo.

O que é primordial quando se vende roupas e produtos somente sob demanda?

Processos de excelência são o essencial. Cada peça é produzida individualmente. Precisamos ter muito cuidado e atenção em todas as etapas do processo para que a peça fique perfeita, assim como o cliente pediu. Surpreender um cliente quando a venda é feita a distância não é fácil, e temos muito orgulho de ter um índice de satisfação de 97% em nosso primeiro ano.

Você já falou sobre mudar o mindset das pessoas para o consumo desse tipo de serviço. Por onde passa essa mudança?

As pessoas precisam entender que a indústria da moda tem um impacto gigantesco no meio ambiente da mesma forma que já entenderam o impacto em outros mercados como o de alimentação, por exemplo. E que, pior do que outros, a forma atual de produzir consome muitos recursos e tem altíssimo desperdício. Fora do Brasil, estudos indicam que 20 a 30% das peças produzidas nunca são vendidas ou usadas nem uma vez. E pouco se fala sobre o que é feito com essas roupas.

As empresas do setor da moda estão adotando medidas ESG com mais frequência que outros mercados?

Eu penso que tem ações muito pontuais. É o assunto da moda e todos precisam dizer que tem ações ESG. Mas a realidade ainda é muito distante.

A pandemia tem afetado as movimentações da sua empresa em que pontos?

Nós nascemos na pandemia. A empresa começou em julho de 2020 e desde o primeiro dia nós já nos adaptamos à realidade imposta. Um fator interessante que aconteceu durante a pandemia foi que as pessoas, ao trabalharem de casa, passaram a usar roupas mais confortáveis e isso favoreceu muito nosso negócio.

Como vislumbra o futuro e os desafios da Tudu para o seu crescimento constante?

Nosso maior desafio hoje é levar nossa mensagem ao maior número de pessoas possíveis. Estamos com dezenas de artistas maravilhosos, produtos incríveis e uma equipe sensacional. Temos conquistado cada vez mais pessoas, mas o espaço em mídias tem diminuído e os custos de marketing têm crescido muito. Cada pessoa que compra tem gostado e indicado, mas queremos atingir muito mais pessoas para que façam parte dessa nova forma de comprar.


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