A MedRoom é uma premiada startup brasileira que usa a realidade virtual para o auxílio no ensino de medicina, chegando para adicionar uma nova dimensão à educação médica. A startup tem o mais completo modelo do corpo humano em 3D do mundo, e usa a realidade virtual para possibilitar uma experiência mais profunda e interativa do aprendizado. No laboratório de anatomia virtual da startup, os alunos podem estudar livremente o corpo humano, explorar cada estrutura, isolar órgãos e sistemas de uma maneira nunca antes vista. “Nós nascemos para mudar o jeito de interagir com o ensino e apostamos nas tecnologias imersivas para melhorar a forma de aprender”, diz a empresa em seu enunciado institucional. A startup foi criada por Vinícius Gusmão e Sandro Nhaia. Juntos, eles querem melhorar a eficiência do treinamento dos alunos usando como ferramenta a VR e estratégias de gamificação. “Temos uma grande preocupação com a experiência do usuário em todos os níveis, dentro e fora da tecnologia. Outro pilar é o nosso time, que é o principal asset da startup. Temos um time muito capacitado, treinado e com uma cultura organizacional incrível. Também vale destacar nossa dedicação pelo trabalho, seja por tentarmos sempre construir as melhores experiências possíveis, na atenção aos detalhes, ou na acurácia científica e acadêmica”, afirma Vinícius Gusmão.
Vinícius, quando se deu seu interesse pela realidade virtual?
Quem me introduziu ao assunto foi o meu sócio, Sandro Nhaia. Ele tem mais de 20 anos de experiência em computação gráfica e teve a ideia de unir realidade virtual com treinamento médico em 2015, que foi quando nos conhecemos.
E em que momento você percebeu que poderia melhorar a eficiência no treinamento dos alunos de medicina?
Nós dois como fãs de videogame que somos, junto com a vontade de criar soluções que impactassem a vida das pessoas, rapidamente entendemos as aplicações que seriam possíveis e começamos a colocar a mão na massa. Muitos testes, estudos, protótipos e validações seguiram na sequência e ainda os fazemos hoje a cada produto ou feature que lançamos.
Foi nesse contexto que surgiu a MedRoom?
O Sandro trabalhou no projeto do Homem Virtual da FMUSP entre 2004 e 2008, já tinha vontade de trabalhar com saúde e educação tinha tempo. Mais tarde, quando foi lançado o óculos de realidade virtual que usamos hoje (Oculus Rift) foi que ele teve a ideia de aplicar a tecnologia na área da saúde. Nos conhecemos em um evento do Núcleo de empreendedorismo da USP que ajudei a organizar em 2015, onde ele me apresentou a ideia e eu comprei na hora.
Quais os principais pilares da startup?
Em termos de empresa temos alguns pilares que vale a pena destacar: nosso foco principal está no agente da mudança, que é o usuário final. Temos uma grande preocupação com a experiência do usuário em todos os níveis, dentro e fora da tecnologia. Outro pilar é o nosso time, que é o principal asset da startup. Temos um time muito capacitado, treinado e com uma cultura organizacional incrível. Também vale destacar nossa dedicação pelo trabalho, seja por tentarmos sempre construir as melhores experiências possíveis, na atenção aos detalhes, ou na acurácia científica e acadêmica.
Que obstáculos tiveram que ser removidos para a implementação da ideia?
Esse é um exercício que nunca acaba! Em cada momento da empresa tivemos que lidar com grandes obstáculos e ainda temos. Desde a necessidade inicial de capital para começarmos os desenvolvimentos, ou encontrar pessoas qualificadas para o time até a mudança de cultura dentro das faculdades brasileiras, ajudando alunos e professores a tirarem o máximo de proveito dos recursos tecnológicos.
Qual a grande vantagem da utilização da plataforma?
Nossa plataforma permite um novo tipo de relacionamento entre usuário e conteúdo. A ideia não é substituir as ferramentas que já existem, ser uma ferramenta de integração entre os conhecimentos e as experiências. Conseguimos ter pontos de vista e interações que não seriam possíveis sem a tecnologia. Aprender fica mais fácil e mais rápido.
Qual o modelo de negócios da empresa?
Trabalhamos com modelo de assinatura. A instituição mensura o tamanho do laboratório que quer instalar, ajudamos com a compra dos equipamentos e licenciamos os equipamentos para poderem acessar nosso software.
Como enxerga a importância da plataforma nesse momento turbulento?
Se já estivéssemos nas casas dos alunos e professores esse momento com certeza seria mais tranquilo. Porém, a tecnologia ainda não chegou lá. Estamos usando bastante nossas ferramentas para ajudar os professores a criarem conteúdo e aulas para seus alunos à distância. Também estamos fazendo adaptações para que possamos chegar ao celular e computador do aluno e do professor.
Os hospitais já estão tendo uma abertura para esse novo modelo de trabalho?
Sim, já temos conversas avançadas com hospitais para modelos de treinamento a distância, alguns focados em Covid-19 inclusive.
Quais os maiores desafios que esse mercado ainda terá que superar?
Mudança de cultura é o maior dos desafios. É necessário compreendermos com clareza onde as tecnologias se encaixam e quais são seus limites. Ao mesmo tempo, são necessárias ferramentas tecnológicas que realmente façam a diferença na experiência do aluno e do professor e isso não é trivial de se construir.
Como a MedRoom está preparada para eles?
Todo nosso desenvolvimento passa por conversa intensa e feedback constante dos professores, mas principalmente dos alunos que são os maiores interessados. O trabalho de criação em conjunto que temos feito com as instituições, professores e alunos é o que nos serve de alicerce para podermos dar os próximos passos.
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