Anita Schwartz participa ativamente do cenário artístico brasileiro há mais de 25 anos. Após dirigir três importantes galerias, inaugurou em 1998 a galeria de arte contemporânea que leva seu nome, na cidade do Rio de Janeiro. Em 2008, a galeria foi transferida para um novo espaço com aproximadamente 700 m² de área distribuídos em três andares. No andar térreo está o salão principal, com 140 m² e pé direito de 6,8 m, planejado para receber mostras de grandes proporções. No segundo andar, uma sala de exposições de 96 m² e um terraço com um container destinado a vídeo-instalações, que comporta 20 expectadores. Através da criteriosa seleção dos artistas representados e suas obras, e contando com grandes nomes da arte brasileira além da aposta em jovens artistas com trajetória emergente, Anita Schwartz Galeria de Arte investe na divulgação e propagação da cultura brasileira. Com objetivo de produzir conhecimento e aproximar seu público da criação, a galeria promove em seu espaço, além das grandes exposições individuais e coletivas, encontros com curadores, críticos, colecionadores e artistas convidados. Com o desejo de servir como refletor para arte brasileira no exterior atua frente aos artistas representados trabalhando sua carreira internacionalmente, via parcerias com galerias e instituições internacionais e da participação nas principais feiras de arte contemporânea.
Anita, como você enxerga o mundo das artes em nosso país atualmente?
O mundo das artes acompanha o panorama econômico-financeiro do país. Como nossa economia vive um momento nebuloso de maneira geral, o mercado das artes automaticamente se retrai. Por outro lado, a vasta produção artística, cada vez mais rica e diversificada, demonstra que o brasileiro não desiste nunca.
Quando um galerista assume o papel de educador?
Quando ele abre seu espaço para programas educativos, promove grupos de estudos (de Arte e Arquitetura), etc.
O que molda a visão de um galerista?
Sua própria experiência de vida e anos de trabalho.
Um galerista deve ser mais um gestor ou curador?
Curador e isto é feito no momento da escolha dos artistas a serem representados.
Como se dá a mescla de artistas consagrados com artistas iniciantes que são expostos e representados pela galeria?
Não existe incompatibilidade. Há espaço para ambos e penso que esta fusão é benéfica para todos.
Quais são os alicerces de uma exposição bem-sucedida?
Não existe manual para se conceber uma exposição bem-sucedida. Penso que ela deva ter uma boa curadoria, conceito e divulgação.
A arte deve ter um papel social?
Sim. Um de seus principais objetivos é fazer com que as pessoas pensem, questionem, discutam, saíam de sua zona de conforto, conheçam outras realidades. Ela deve servir como agente transformador, impulsionando as pessoas a se inserir em outros contextos, criando uma nova forma de olhar o mundo, ampliando e reinventando a vida.
Quais as mudanças mais significativas do mercado artístico nos últimos 25 anos?
O papel que as galerias hoje exercem. Crescendo em quantidade e qualidade elas conseguem realizar exposições surpreendentes, abrigando grandes instalações de nível institucional. A crescente importância dos curadores de arte; A valorização dos artistas contemporâneos de tal forma que alguns atingiram recordes de valor de venda nos grandes leilões internacionais; as feiras que contribuem para a divulgação e hoje existem em todos os continentes; O surgimento do mercado de arte virtual; A Internet que nos permite entrar nos museus, visitar as exposições, ampliando a visão geral do mercado de arte.
Como você analisa a propagação da cultura brasileira no exterior de modo geral?
Temos que reconhecer a velocidade e o alcance das informações através das mídias eletrônicas. O conhecimento sobre o Brasil hoje vai além do futebol e do Carnaval. A música, o cinema, a literatura, as exposições, que penso serem nossos maiores meios de expressão, têm se esmerado em levar o melhor de nossa cultura a todos os cantos do planeta! É um trabalho de formiguinha que vai tendo afinal seu justo reconhecimento.
E a sua galeria, como está instalada neste grande caldeirão cultural?
Como a primeira galeria construída no Rio de Janeiro, expressamente para ser galeria de arte. Seguindo o conceito do ‘grande cubo branco’ e com pé direito de mais de 7m, permite-nos abrigar obras de grandes dimensões, bem como impressionantes instalações ex. “Rio Máquina” de Artur Lescher [artista plástico. Artur Lescher vive e trabalha em São Paulo, tendo iniciado o curso de filosofia pela PUC-SP] em 2009, “Mar Morto” em 2009 e “O Globo da Morte de Tudo”, em 2012, ambas do Nuno Ramos [pintor, desenhista, escultor, cenógrafo, ensaísta e videomaker]. Continuando a manter um elenco de nomes consagrados, outros em ascensão e apostando na produção de novos artistas; participando de boas feiras e pronta para enfrentar os desafios que virão.
Quais palavras irão direcionar o futuro da Anita Schwartz Galeria de Arte?
Determinação, perseverança e trabalho.
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