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Arco da Velha Ateliê investe no mundo digital

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O nascimento e crescimento do negócio do Arco da Velha Ateliê se mistura com a própria história da família Fazioli. A empresa criada pelo casal Aldo Fazioli, arquiteto e urbanista e Aidê Fazioli, professora e paisagista, realiza o garimpo de materiais de demolição, a restauração de móveis e a criação de peças autorais de decoração, que podem não só serem compradas, mas também locadas para ensaios fotográficos e gravações de comerciais, novelas, etc. O sucesso do negócio, que já era grande, aumentou quando a sócia e filha do casal, Adele, assumiu a direção da área comercial e de marketing digital do Arco da Velha Ateliê, no início de 2020. Criado a cerca de 1 ano o Instagram oficial da marca (@arco.da.velha.atelie) já possui mais de 15 mil seguidores que acompanham um pouco dos trabalhos realizados pela equipe da empresa. Agora, para 2021, a empreendedora está prestes a lançar o projeto do marketplace do negócio, onde além da comercialização de objetos de decoração, antiguidades, e dos móveis, portas e janelas restaurados da marca, outros empreendimentos relacionados à área poderão comercializar seus serviços e peças. ‘O espaço online está sendo montado pensando especialmente na experiência do público, lá eles irão encontrar muitos produtos, dicas, depoimentos e histórias sobre decoração, arquitetura, construção, paisagismo, restauração, arte, design e muito mais’, afirma a publicitária e empresária.

Adele, o que o Arco da Velha Ateliê representa para você?

O Arco da Velha Ateliê representa uma revolução em diversos sentidos. No âmbito familiar, digital, pessoal e se eu pensar bem, em muito outros ainda. Com a minha família, mexeu por todas as partes, nos uniu ainda mais. Psicologicamente transformou nossas mentes, financeiramente fez gastarmos e ganhar juntos, fisicamente nem se fala… O renascimento do Arco da Velha chacoalhou nossas vidas!

O digital, na verdade, foi a primeira fagulha. E trazer uma empresa de 40 anos de história com memórias tão afetivas, sentidas e vividas para um universo digital como um e-commerce foi e será um enorme desafio. E para mim, particularmente, posso dizer que sou uma nova pessoa depois desse projeto!

Esse sentimento foi o pulsar que fez com que você pensasse em transformar a empresa?

Não. Eu não imaginava que criar um marketplace traria toda essa transformação. A revolução foi uma consequência. O que me impulsionou mesmo foi: “Quero ter um e-commerce! Uma empresa digital minha.” Foi uma agitação que iniciou no começo da pandemia. Conversei muito com o meu marido e depois que concordamos neste ponto, pesquisei muitas franquias, me informei sobre e-commerces de sucesso, aprendi o que era preciso fazer, conversei com amigos e familiares que me ajudaram muito e cheguei a conclusão que o que eu deveria fazer era trazer o Arco da Velha para o mundo digital. Eu tinha que olhar para dentro.

Com a minha experiência em vídeos, canais no YouTube, roteiros, blogs, produção de conteúdo digital para redes sociais e atendimento, eu sabia que poderia converter esse meu conhecimento para o meu próprio negócio. É como seu eu tivesse trilhado esse caminho todo até aqui para ter base e abrir a minha própria empresa.

Como não deixar que os sentimentos guiem as decisões em torno do negócio?

Não chegamos nesse nível de evolução ainda (risos). Tudo se mistura, as decisões, as escolhas, as ideias. Mas conhecemos bem as expertises de cada um e respeitamos os nossos limites. A família influencia o negócio e o negócio influencia a família. Estamos trabalhando continuamente nesse equilíbrio!

Em que momento o Arco se voltou para o digital?

No início da pandemia, enquanto eu e meu marido planejávamos um e-commerce, ele me pediu para abrir um perfil no Instagram e fazer um teste. Se desse certo, partiríamos para o site, se não fizesse barulho íamos pensar melhor. Comecei postando então algumas inspirações e peças da minha própria casa e da casa da minha mãe. Temos muitas coisas restauradas e garimpadas. Gostamos realmente desse estilo. A receptividade das postagens foi ótima e temos uma grande interação com pessoas que amam restauração, demolição, decoração.

Como as redes sociais têm modelado a empresa?

As lives fizeram mexermos em todo o espaço físico. O Arco da Velha tem 5 mil metros quadrados, parece uma vilinha italiana e fica pertinho da Riviera de São Lourenço no litoral norte de São Paulo.

Temos marcenaria, galpão com móveis antigos e restaurados, depósitos com materiais de demolição, um shopping voltado para materiais de construção, a Construtora Progetta, onde fica o escritório de arquitetura do meu pai, Aldo Fazioli e do meu irmão, Adamo, administrador de empresas.

Para aparecer nas lives, trabalhamos na organização em todos os ambientes. Limpamos, setorizamos, catalogamos e com isso tudo organizado comecei a fazer vendas virtuais, lives, vídeos, garimpos digitais e muito mais.

Quais os pilares do Arco que foram renovados pelo digital?

Pilares como sustentabilidade, família, garimpo e ressignificação com certeza foram renovados e ganharam ainda mais força com essa implantação da empresa no mundo digital.

Existiram choques nessa caminhada?

Sim. Trazer essa novidade para dentro da minha família foi um choque. Ninguém esperava por isso. Dar continuidade ao trabalho dos meus pais no Arco da Velha não passava por nossas cabeças.

Mostrar e convencê-los da importância do digital para a empresa foi outro choque. Um mundo novo. Em contrapartida, receber deles a importância do conceito do negócio, que não tem nada a ver com o mundo virtual, também foi um choque. Fez nossa essência gritar!

Qual a importância do conteúdo digital nesse processo?

Comecei falando que o Arco da Velha trouxe uma revolução. E foi mesmo. Principalmente no digital. Ele tem conteúdo para dar e vender. Nunca falta um tema, um assunto, uma encomenda, uma curiosidade ou inspiração.

O conteúdo é denso, firme e, ao mesmo tempo, leve e divertido. Temos tantos segmentos importantes ao nosso lado como: decoração, paisagismo, arte, design, reciclagem, renovação e restauração. Falar de restauração é nobre e, ao mesmo tempo, descolado!

Como o arcabouço de ideias vindo das mais variadas fontes, são fundamentais no seu modo de dirigir a área comercial e de marketing digital do negócio?

Essencialmente sigo algo muito simples: atender como eu gostaria de ser atendida. Aprendi que excelência faz toda diferença. Misturo isso ao meu planejamento digital diário feito com muito cuidado, e o crescimento aparece naturalmente.

Fale um pouco mais sobre o projeto do marketplace da empresa.

No início eu e meu marido Fernando queríamos um e-commerce simples. Vender peças e passar informações essenciais através do blog e suas redes sociais. Estávamos apenas com esse foco.

Mas algo estava faltando, eu queria integrar também outros talentos, arte, empresas com peças incríveis, especialistas no assunto e parceiros que não tem e-commerce ou não querem ter. Então, com a Carranca Design, dirigida pela Helena Sordili, estruturamos um marketplace, onde outras empresas podem vender seus produtos e serviços e compartilhar informações.

Quais os próximos passos do Arco nesse mundo cada vez mais complexo e dinâmico?

O próximo passo é continuar. Continuar trazendo histórias, dicas e acolhimento dentro do mundo da reciclagem, renovação e garimpos. Isso une as pessoas. Continuar vendendo peças cheias de personalidade e decorando casas lindas e únicas. Continuar fazendo parcerias fortes e talentosas que possam trazer ainda mais autoridade e credibilidade. Continuar restaurando e trazendo ressignificação para peças porque não dizer, para as pessoas!


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