Parte da FCJ Venture Builder, a maior Venture Builder da América Latina em expansão (criada em 2013 em Belo Horizonte), a Mubius WomenTech Ventures é a primeira WomenTech do Brasil. Com metodologia própria e validada no mercado de startups, a companhia busca investir em lideranças femininas por acreditar que se trata de um novo olhar e de uma nova forma de se relacionar e de fazer negócios. “A ideia da Mubius surgiu em 2021 quando os 4 sócios idealizadores viram no mercado uma oportunidade de estar ao lado de negócios inovadores e escaláveis, liderados por mulheres e com o DNA do feminino como valor, ou seja, negócios de impactos positivos e benéficos para o mundo. O número de startups lideradas por mulheres no Brasil ainda é baixo (menos de 5%) e há inúmeras iniciativas de potencial de crescimento que não estão sendo assistidas. Por isso a Mubius WomenTech Ventures entrou no mercado no dia 8 de março de 2022 com esse propósito de estar ao lado dessas iniciativas e alavancá-las”, afirma Carolina Gilberti, CEO da Mubius WomenTech Ventures e colunista e conteudista para a Rádio BandNews FM BH. Carolina também foi assessora de comunicação e instrutora de línguas para executivos, até abrir a própria empresa em 2014 e começar a empreender e fez parte do Founder Institute levando Mulheres Elétricas para o ecossistema de inovação para entender melhor como poderia oferecer soluções ao universo feminino.
Carolina, quais os maiores desafios que as lideranças femininas encontram hoje no mercado?
Na minha opinião, o maior desafio ainda é encontrar um número muito pequeno de pessoas como nós. Na grande maioria dos casos, somos, ainda, a minoria. Nas reuniões, em eventos, nos times das empresas, quando nos encontramos em um ambiente de liderança, olhamos para o lado e nossos pares não são mulheres. Se torna um caminho muito solitário que, muitas vezes, afasta a mulher por não ser “amigável” para a maioria delas.
Como esses desafios têm se transformado em oportunidades por essas lideranças?
Penso que essas mulheres que passaram pela jornada do mundo corporativo e das lideranças conseguiram posições importantes, hoje têm força, voz e representatividade em seus meios para gerarem impacto. Elas sabem das dificuldades que passaram e hoje não medem esforços para mudarem o cenário. Isso gera oportunidades para aquelas que estão chegando, abre espaço para um novo diálogo e uma nova forma de fazer e liderar negócios e, consequentemente, trazendo resultados positivos para as organizações.
No final do ano passado, uma pesquisa revelava que as mulheres em cargos de liderança enfrentam micro agressões que prejudicam sua autoridade. Como mudar essa perspectiva?
Não há mudança sem diálogo. Vivemos em uma sociedade machista e é um equívoco responsabilizar os problemas ligados ao machismo apenas aos homens. Todos fazemos parte de um sistema que precisa ser reformulado. Acredito na complementaridade entre os gêneros e na união das capacidades. O discurso de homens de um lado e mulheres do outro não funciona mais. Nesse novo contexto de liderança, é preciso que olhemos a liderança de forma integral, completa e diversa. Somente através da comunicação e do letramento dessa nova dinâmica é que vamos gerar mudança de mentalidade e comportamento.
Como a pandemia pode ter interferido nesses fatos?
A pandemia abriu espaço para várias reflexões que o mundo já havia se questionado. Ela acelerou processos que já haviam iniciado. Por esse lado, penso que a pandemia foi positiva para que pessoas e empresas (afinal, empresas são feitas por pessoas) colocassem na mesa as verdadeiras prioridades. O mundo nunca mais será o mesmo depois da pandemia e um novo cenário está sendo construído. As novas gerações estão trazendo reflexões importantes que se potencializaram com o cenário de pandemia. Não há mais espaço para o padrão antigo. Pessoas e empresas que não se atualizarem diante das demandas atuais, ficarão para trás.
Vamos falar sobre empreendedorismo. Quais as principais tendências e que você gostaria de destacar dentro do universo do empreendedorismo feminino?
O empreendedorismo feminino é uma potência, principalmente no Brasil. Não é mais uma tendência, é uma máquina propulsora da economia e da sociedade. Aqueles negócios que geram impacto, carregam propósito, e se mantêm sustentável e próspero financeiramente, a meu ver, é um negócio de destaque. Hoje a Mubius WomenTech Ventures, Venture Builder da qual sou idealizadora, sócia e CEO, ajuda negócios inovadores e de impacto, liderados por mulheres a terem êxito e valorização no mercado. Ajudamos inúmeras startups, desde o segmento do Agro, pet, à educação a se valorizarem e ganharem mercado.
Quais as principais motivações das mulheres empreendedoras com quem tem tido contato?
Independência financeira, geração de impacto e mudança, deixar um legado.
Qual a importância das organizações públicas e privadas para a fomentação desse ecossistema?
Todas as esferas são de extrema importância. É importante entender que iniciativas isoladas não irão gerar as mudanças necessárias e no tempo necessário. É preciso que todas as iniciativas estejam alinhadas e agindo em conjunto, pelo mesmo objetivo, sejam elas públicas ou privadas.
Quando surge a ideia da criação da Mubius?
A ideia da Mubius surgiu em 2021 quando os 4 sócios idealizadores viram no mercado uma oportunidade de estar ao lado de negócios inovadores e escaláveis, liderados por mulheres e com o DNA do feminino como valor, ou seja, negócios de impactos positivos e benéficos para o mundo. O número de startups lideradas por mulheres no Brasil ainda é baixo (menos de 5%) e há inúmeras iniciativas de potencial de crescimento que não estão sendo assistidas. Por isso a Mubius WomenTech Ventures entrou no mercado no dia 8 de março de 2022 com esse propósito de estar ao lado dessas iniciativas e alavancá-las.
Como a Mubius tem incentivado o protagonismo feminino?
Nosso papel como Venture Builder com a tese no protagonismo feminino, é de selecionar no mercado startups que tenham lideranças femininas e que carreguem em seu DNA o feminino como valor. Priorizamos as mulheres nessa jornada e com isso colaboramos com o crescimento e o amadurecimento de startups lideradas por mulheres, aumentando suas chances de êxito.
Quais são os grandes pilares desse protagonismo em sua visão?
O protagonismo feminino impacta, de forma positiva, várias esferas da sociedade. Não somente no âmbito social, como também no econômico, cultural, etc. Quando incentivamos e protagonizamos o feminino, estamos trazendo essa pauta para reflexão de como podemos transformá-la em ação e melhorar a forma de fazermos negócios. O mundo visto através de apenas 1 viés, avança em passos lentos e hoje o mundo pede agilidade nesse assunto.
O que a Mubius espera realizar durante o ano de 2023?
Em 2023, nossa meta é finalizar a nossa 1ª rodada de investimentos e iniciar a segunda. Hoje temos 5 startups em nosso portfólio e nossa meta é finalizar o ano com 12.
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