As tendências para as criptomoedas em 2023

Qual caminho deve seguir o mercado de criptoativos em 2023? Essa tem figurado como uma das principais dúvidas da comunidade cripto atualmente, em especial, visto o cenário de incertezas que se apresentou neste ano. No entanto, Rafael Castaneda, analista da Mercurius Crypto, holding de inteligência em criptomoedas, começou a desenhar quais devem ser os projetos mais promissores para a próxima temporada.

O analista acredita que o segmento de Layer 2 é um dos mais esperançosos do mercado de criptoativos por reunir dois aspectos que são essenciais para o sucesso de um setor: ter grande financiamento por parte dos investidores institucionais e toda a arquitetura da maior blockchain da atualidade, a Ethereum, que tem se moldado para expandir sua usabilidade.

“O primeiro aspecto torna-se evidente pelo segmento de Layer 2 ter recebido neste ano mais de US$ 840 milhões por parte de investidores institucionais, quantia esta maior que a registrada em todo o histórico anterior. Já o processo de adaptação da Ethereum torna-se visível pela expectativa das suas próximas atualizações”, destaca.

Com destaque para o atual momento da Ethereum, Rafael ressalta que o The Surge será focado em desenvolver a estrutura necessária para os rollups, através da redução de custos na operação para o usuário final. “Devemos observar uma redução de custos no uso dessa tecnologia ao longo de 2023 em até 100 vezes, o que irá potencializar a sua adoção por parte da maioria dos usuários” aponta.

Ainda de acordo com o especialista, é importante destacar a alta atividade de desenvolvimento nesses ecossistemas. Dados de um estudo recente realizado pela Alchemy, mostrou que ecosistemas como Polygon, Arbitrum e Optimism viveram momentos de intenso crescimento de desenvolvedores em 2022 e, por isso, estão chamando a atenção do mercado.

Polygon: teve crescimento de 335% nas equipes de desenvolvedores ativos em 2022; 804% de crescimento nas equipes de desenvolvedores ativos no período de um ano; e 153% de crescimento no consumo de API no acumulado do ano;

Optimism: crescimento de 1.000% nas equipes de desenvolvedores ativos em 2022, aumento de 1.000% nas equipes de desenvolvedores ativos no período de um ano e 1.000% de crescimento no consumo de API no acumulado do ano;

Arbitrum: crescimento de 516% nas equipes de desenvolvedores ativos em 2022; 795% de crescimento nas equipes de desenvolvedores ativos no período de um ano; e 121% de crescimento no consumo de API no acumulado do ano.

Castaneda complementa que essas características podem ter sido um dos fatores que contribuíram para a criação de aplicações significativas nesses ecossistemas no último ano, o que não aconteceu na ETH, como Lens Protocol e GMX.

Os fundos de ventures capital estão de olho

O analista destaca que apenas no primeiro semestre de 2022 foram investidos US$ 0,84 bilhões em rollups, um valor que é superior ao restante do capital investido desde o início da indústria. “Esse dado mostra que tanto as aplicações continuarão a se desenvolver nos próximos anos, sem a necessidade de um crescimento atípico do mercado de cripto, como também estarão com capital suficiente para desenvolver os melhores times do mercado”, diz.

Vale lembrar que a análise feita acima não é uma recomendação de investimento, e sim perspectivas do que pode vir a acontecer no próximo ano, tendo apenas o caráter informativo com intuito de difundir o conhecimento sobre o mercado das criptomoedas.

Sobre a Mercurius Crypto:

A Mercurius Crypto é uma holding de inteligência em criptomoedas. A companhia conta com a Mercurius Research, com foco na análise e pesquisa do mercado, e a Mercurius Asset, voltada à gestão de fundos de investimentos regulados pela CVM e Anbima. Juntas, as frentes de atuação têm forte presença nas redes sociais, bem como a maior e mais experiente equipe de especialistas do mercado. A empresa conta, ainda, com a Mercurius PRO, a maior plataforma de educação em cripto exclusiva para assinantes.

*Com participação da jornalista Thaiza Ribeiro.