Bianca Feijó analisa o rebranding do Target

Bianca Feijó é Head de Marketing e responsável pelo rebranding do Target Bank. É jornalista de formação e especialista em Marketing Digital. Desde 2015, gerencia e ajuda startups de Tecnologia a potencializarem seus negócios, unindo estratégias de Branding e Growth focadas em escala e crescimento. Passou por empresas como Globo, CBF e BizCapital. O Target Meio de Pagamentos, uma das quatro maiores empresas de pagamento de frete e Vale Pedágio Obrigatório, se transforma em Target Bank para se consolidar como o primeiro banco digital específico para o caminhoneiro e que é capaz de interligar todos os estabelecimentos envolvidos no ecossistema logístico. O objetivo da fintech é ser reconhecida como a única companhia que consegue integrar soluções financeiras importantes para o setor – como antecipação de recebíveis, empréstimo pessoal sem necessidade de garantias, investimentos e seguros – com as ferramentas de gestão, como emissão de documentos obrigatórios (Ciot e, futuramente, o DT-e) e pagamentos eletrônicos homologados pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), exigências legais necessárias para as operações de frete. Por ser uma empresa que emite a documentação necessária para o pagamento dos serviços, o Target Bank consegue atuar com taxas menores em antecipação dos recebíveis, uma vez que já identificam quando e quanto as transportadoras ou caminhoneiros vão receber – ou seja, a garantia do crédito.

Bianca, qual o papel do marketing num mundo cada vez mais digital?

Acredito que o principal papel é ajudar no crescimento escalável do negócio e isso passa por descobrir os canais de aquisição de clientes mais relevantes para cada empresa. Hoje, os consumidores estão muito mais críticos e ávidos por atendimentos excelentes. Então, não basta oferecer bons produtos e serviços, as empresas precisam encantar; e o marketing acaba ajudando a pensar em todas as etapas dessa jornada do cliente.

Acredita que esse papel foi mais acelerado nos últimos 10 anos?

Com certeza, com empresas cada vez mais digitais, o marketing ganhou destaque nessa transformação. As empresas de tecnologia focadas em serviços específicos estão dominando seus mercados e o investimento em marketing tem sido fundamental para seus crescimentos.

Qual a leitura que você faz do marketing como agregação de valor para uma empresa do porte do Target Bank?

Conhecer o público, saber onde ele está e trabalhar bem a nossa comunicação é fundamental. Mais do que oferecer o que o Target Bank faz e promove, queremos que o nosso público veja valor e que realmente possamos resolver as dores e as suas necessidades. Não existe melhor publicidade do que a indicação. É isso que queremos! O Target Bank hoje oferece um leque de produtos e serviços que atendem de maneira muito eficiente todo o ecossistema do Transporte Rodoviário de Cargas.

Quando o rebranding se fez necessário para a empresa?

Quando crescemos, quando começamos a oferecer muito além do que público imaginava e quando também começamos a expandir nossos negócios para outros personagens do Transporte Rodoviário de Cargas. Entendemos que seria necessário um outro posicionamento de mercado e que estávamos de fato expandindo o nosso valor para o ecossistema.

Por onde passa esse rebranding?

Passa pela empresa como um todo, quando uma marca muda, a empresa muda. E todos precisam estar inseridos na mudança.

A evolução da marca passa por esse rebranding?

Com certeza, isso mostra o amadurecimento da empresa e, com isso, da sua marca. A evolução dela fala diretamente com o seu posicionamento de mercado e como ela quer ser vista por ele.

Como podemos entender essa evolução de uma forma mais prática?

O Target Bank nasceu como uma empresa de Pagamento Eletrônico de Frete, uma IPEF, era literalmente uma empresa de meio de pagamento para transportadoras e embarcadores. Hoje, ela atua como uma empresa de serviços financeiros e de gestão para transportadoras, embarcadores, caminhoneiros, postos de combustíveis e estabelecimentos de rodovia, ou seja, todo o ecossistema do transporte rodoviário de cargas. Quando entendemos que mais de 70% de todo o transporte de cargas no Brasil passa por rodovias, entendemos qual a relevância do que a gente faz. Queremos potencializar financeiramente todos esses agentes e oferecer uma gestão mais simples e transparente para eles.

Essa evolução trará uma maior relevância?

Com certeza, e a minha resposta anterior retrata bem essa relevância do nosso novo posicionamento, como um banco do setor.

Existem riscos nessa movimentação?

Sempre há riscos, nunca existe risco zero, mas o benefício que queremos trazer para o setor é muito maior do que um possível malefício. É isso que precisamos pesar. Temos um mercado potencial carente de serviços financeiros específicos e de qualidade. Nossas linhas de crédito, por exemplo, foram pensadas exclusivamente no nosso público, desenhada para eles e para as suas necessidades.

Qual o papel dos colaboradores para que esse rebranding se torne mais assertivo e consistente de fato?

Saber o que queremos e para onde estamos indo. Quando todo mundo enxerga o propósito do que está sendo feito, entende que cada parte é fundamental para o todo acontecer. O que estamos construindo como marca tem a mão de todos, ninguém está fazendo nada sozinho.

O Target estará mais “vivo” com esse processo?

O Target Bank está vivo e andando junto com o Brasil. Afinal, o Brasil anda sobre rodas e estamos aqui para ajudá-las a girar.