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O talento inquietante de Bianca Gismonti

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Bianca Gismonti é pianista e compositora. É filha do pianista, violonista e compositor Egberto Gismonti e da atriz Rejane Medeiros. Aos nove anos iniciou os estudos de piano e teoria musical e já aos 15 começava a tocar com o pai e o irmão violonista, Alexandre Gismonti, pelos palcos do mundo. Aos 18, entrou no curso de bacharelado em piano na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e antes dos 20, vivenciou a magnitude do palco com a atriz Leandra Leal e com a pianista Claudia Castelo Branco, com quem criou o duo de pianos Duo Gisbranco. Em dez anos de carreira foram dezenas de viagens, turnês internacionais, três CDs lançados, um DVD coproduzido pelo Canal Brasil e parceria com músicos como Chico César, Jaques Morelenbaum, Carlos Malta, Marcos Suzano e Mônica Salmaso. Após turnês com participação de diversos músicos, em 2014 a formação do Bianca Gismonti Trio se consolidou, seguindo a linha do trio mais moderno, que interage o tempo todo. Com o baterista Julio Falavigna e o baixista Antonio Porto, o BG Trio excursionou pela Europa e Ásia, difundindo sua música na Inglaterra, Áustria, Espanha, Portugal e Japão. Fez ainda shows no Brasil, Uruguai e Argentina. Em 2016, lançou seu primeiro DVD com o Duo Gisbranco (Gisbranco 10 Anos – Mills Records) e gravou, em Budapeste (Hungria) seu terceiro CD autoral com o BG Trio, “Desvelando Mares”, que foi lançado no Brasil e na Europa em 2017.

Bianca, você começou a estudar teoria musical com apenas 9 anos. O que tem de mais vivo em sua mente dessa época?

Desde muito antes dos 9 anos, eu e meu irmão, Alexandre, frequentávamos muitos ensaios e shows do meu pai. A música sendo vivida diariamente é o que tenho de mais vivo dessa época.

O piano surgiu em sua vida neste momento?

Eu comecei a estudar piano junto com teoria musical, aos 9 anos, mas já brincava no instrumento desde muito nova, exatamente por conviver com a música, em casa, desde sempre.

Compor pra você é um ato natural ou isso se dá com muita transpiração?

A composição, para mim, é uma expressão muito natural; é a forma de traduzir para o mundo as minhas vivências, crenças, experiências e inspirações.

O que acredita que herdou do seu pai musicalmente falando?

O que eu mais herdei do meu pai é o respeito e o amor pela música e pela vida.

Em que momento a música assume um papel social em sua visão?

Eu acredito que a música sempre está ligada ao encontro e a união de pessoas, pensamentos e sentimentos. A arte e a sociedade andam juntas, sempre. A arte pode e tem um papel muito importante na transformação social.

Outras coisas da sua vida moldam de alguma forma o seu jeito de ver, sentir e criar música?

Eu acredito que tudo está interligado. Todas as nossas vivências, descobertas, crenças, acertos e erros influenciam na música. Acredito que a ela contém tudo o que somos e tudo o que vivenciamos.

O piano também é um “companheiro ciumento”, ou seja, ele exige muita dedicação para se chegar ao nível que você espera?

Eu sou completamente apaixonada por piano. Para mim, ele representa uma das maiores portas para a liberdade. A dedicação ligada a algo que amamos é sempre prazerosa, mesmo quando trabalhosa.

Como acredita que encontrou o seu estilo único de tocar?

Eu acredito que sou, constantemente, feliz tocando, independente de qual estilo esteja buscando ou alcançando. Todas as inspirações e influências que tive e tenho residem em mim e acabam por ser traduzidas através do piano e da composição.

Para chegar a esse estilo único, algo pré-estabelecido teve que ser quebrado ou mesmo transposto na sua visão inicial de fazer música?

Eu acredito que devemos buscar o que acreditamos, constantemente. Cada um tem o seu estilo único e suas influências e inspirações. Quando respeitando as suas próprias crenças e se dedicando em direção aos seus sonhos, acredito que todos construímos nossos próprios estilos.

No seu disco “Duo Gisbranco”, você e a pianista Claudia Castelo Branco, interpretam músicas de Hermeto Pascoal, Astor Piazzolla, Moacir Santos entre outros, além de composições próprias. Falando das composições próprias, esse cuidado de ter canções autorais, sempre foi um dos seus nortes?

Como nasci em uma família de compositores (desde o meu bisavô italiano, Antonio Gismonti), a composição sempre foi algo presente na minha vida, tanto na busca, como ouvinte, de novos compositores, como na criação de minhas próprias composições. Sou muito ligada ao que cada pessoa tem a dizer e a contar através da música.

Críticos dizem que seus discos (em especial “Sonhos de Nascimento”) transmitem uma vibrante brasilidade. Sente isso também?

Eu sou muito ligada ao Brasil e a cultura brasileira. Cresci ouvindo, lendo e vivenciando a nossa cultura de forma muito viva. Me sinto privilegiada por fazer parte desta cultura tão inspiradora.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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