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Bianca Guimarães acredita no grande poder das ideias

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Bianca Guimarães é diretora de criação associada da agência BBDO em Nova York. Foi 4 vezes eleita a profissional mais criativa em propaganda com menos de 30 anos pelo site Business Insider. “Comecei estagiando na área de criação de uma agência pequena, chamada WG, durante o meu terceiro ano de faculdade. Por ser uma agência pequena eu pude experienciar de perto como funcionam todas as áreas de uma agência e muitas vezes ajudar com coisas fora do processo de criação. Depois de oito meses, recebi uma proposta da Eugenio. Continuei o meu estágio lá e fui efetivada quando me formei. Na Eugenio eu tive certeza que a publicidade era o que eu queria. Não que eu estivesse em dúvida, mas lá eu tive que ralar muito e aquilo não me intimidou. Pelo contrário, só me fez mais forte e ter mais vontade de crescer. Durante esse período também fiz um curso de três anos de Arte e Design na Panamericana. Depois de quase dois anos na Eugenio, achei que seria legal ter uma experiência fora do país. Foi aí que a JWT de Nova York me contratou. Fiquei lá por quatro anos e meio e agora estou na BBDO, também de Nova York, há três anos e meio. (…) Acho que a verba dos clientes daqui são maiores, em geral, e que no Estados Unidos temos um pouco mais de acesso a novas tecnologias”, afirma a jovem criativa que é destaque internacional no concorrido mundo da publicidade.

Bianca, como se deu o começo de sua carreira?

Eu sempre fui uma pessoa ligada nas artes visuais e não me via fazendo parte de um ambiente muito corporativo. Por método de exclusão escolhi prestar publicidade e dei sorte em ter me identificado tanto com a profissão. Comecei estagiando na área de criação de uma agência pequena, chamada WG, durante o meu terceiro ano de faculdade. Por ser uma agência pequena eu pude experienciar de perto como funcionam todas as áreas de uma agência e muitas vezes ajudar com coisas fora do processo de criação. Depois de oito meses, recebi uma proposta da Eugenio. Continuei o meu estágio lá e fui efetivada quando me formei. Na Eugenio eu tive certeza que a publicidade era o que eu queria. Não que eu estivesse em dúvida, mas lá eu tive que ralar muito e aquilo não me intimidou. Pelo contrário, só me fez mais forte e ter mais vontade de crescer. Durante esse período também fiz um curso de três anos de Arte e Design na Panamericana. Depois de quase dois anos na Eugenio, achei que seria legal ter uma experiência fora do país. Foi aí que a JWT de Nova York me contratou. Fiquei lá por quatro anos e meio e agora estou na BBDO, também de Nova York, há três anos e meio.

Como enxerga o momento atual da publicidade em todo mundo?

Pra mim, é um momento incrível. Temos tecnologia para dar vida à qualquer ideia, para trabalhar com pessoas que admiramos do outro lado do mundo, seja um fotógrafo, um ilustrador ou uma empresa, além de um universo de novas mídias para passarmos nossas mensagens. Eu vejo todas as mudanças que têm acontecido como oportunidades de fazer coisas novas. Coisas que ninguém pensou ser possível. Acho que para sobrevivermos em qualquer situação, é preciso saber nos adaptar às mudanças, e na nossa profissão não é diferente.

Você foi eleita a profissional mais criativa da propaganda com menos de 30 anos por 4 vezes. Quais são as suas referências para colocar toda criatividade funcionando 100% em seu ofício?

Eu procuro buscar referências fora do meu meio. Acho importante estarmos próximos de pessoas que são diferentes de nós e me interesso por assuntos que podem não ter nada a ver com o que estou trabalhando naquele momento. Claro que também tem pessoas que admiro muito dentro da minha profissão e várias que me ajudaram muito nas minhas conquistas. Em geral, procuro estar sempre em volta de pessoas que eu acho serem melhores que eu. Também tenho muita sorte em ser casada com o Marcel Yunes, que é um diretor de criação super talentoso. Aprendo muito com ele.

Nos fale um pouco sobre o seu trabalho na BBDO.

A BBDO é uma agência bem grande e lá o que não falta é oportunidade. Tenho sorte em trabalhar para pessoas como o David Lubars e o Greg Hahn que acreditam no meu potencial e me dão muitas oportunidades bacanas. Lá eu sou diretora de criação associada e trabalho em várias contas. No momento estou fazendo projetos para Macy’s, DirecTV, NYPD e para ONGs de antibullying e violência doméstica, mas já trabalhei em Pedigree, Autism Speaks, Snickers, AT&T, Yahoo!, etc.

Quais são as maiores similaridades da propaganda nos EUA e da propaganda no Brasil?

Prazo curto pra entregar campanha [Risos]. Na verdade, é tudo muito parecido.

E as maiores diferenças?

Acho que a verba dos clientes daqui são maiores, em geral, e que no Estados Unidos temos um pouco mais de acesso a novas tecnologias. No Brasil existe um cuidado maior com a direção de arte/design. Os layouts feitos para apresentar a ideia para o cliente, tem cara de arte final. Aqui nós focamos 100% na ideia e a parte visual acontece mais pra frente durante o processo.

A publicidade tem o poder de inventar fenômenos sociais?

Com certeza. A publicidade tem o poder de inventar fenômenos sociais, de mudar o comportamento das pessoas, de criar desejo, de introduzir tendências, etc. Por isso sempre que posso procuro oportunidades para usar essa ferramenta tão poderosa para gerar impacto positivo no mundo. Estou sempre trabalhando em campanhas para ONGs ao mesmo tempo que nos clientes fixos.

O que é essencial na vida de um criativo?

Um ambiente de trabalho descontraído, tempo ocioso e vivenciar coisas diferentes. Uma coisa que gosto bastante da BBDO é que eles não cobram a nossa presença física. Com tanto que estejamos em dia com o trabalho e presentes nas reuniões, não precisamos estar na mesa ou até mesmo na agência. Acho importante ter essa flexibilidade de poder sentar em um café para trabalhar ou em algum ambiente que seja mais propício para um brainstorm.

A publicidade pode ser encarada como uma forma de arte, ou são duas coisas completamente diferentes em sua visão pessoal?

Eu gosto de acreditar que sim. Toda expressão criativa para mim, é uma forma de arte. Cada pessoa se manifesta com as ferramentas que têm mais domínio.

Quais as mudanças mais drásticas que ocorrerão na publicidade nos próximos anos em sua análise?

Acho que vai ser o modo com que as pessoas consomem conteúdo. Com a evolução de wearables (tecnologias vestíveis), de novas mídias e de novas tecnologias, vamos ter que adaptar o modo em que comunicamos nossas mensagens. É algo que já estamos vivendo e que só tende a evoluir cada dia mais.


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