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Bolsonaros, Black Sabbath, Telstar…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Janja chora no hangar: sem verba nem peça de reposição, FAB suspende voos e põe 137 pilotos de castigo (inclusive os que levavam o Prosecco presidencial a bordo)

A Força Aérea Brasileira está com as asas cortadas. Sem dinheiro sequer para encher o tanque de um caça e com mais peças faltando que feira em fim de domingo, a Aeronáutica decidiu suspender a operação de 40 aeronaves até dezembro. Cancelaram-se missões, reduziram-se horas de voo e até os famosos traslados “em caráter excepcionalíssimo” de figurões da capital federal. Um número emblemático de 137 pilotos foi afastado — não por insubordinação, mas por falta de aviões mesmo. O expediente na Força foi reduzido. Meio expediente, meio país funcional. E uma das mais atingidas por essa contenção aérea é a primeira-dama Janja, acostumada a embarques glamourosos em jatinhos da FAB. Agora, nem um teco-teco para Itacaré. O Brasil não tem combustível, mas ainda sobra ironia: parece que até a soberania está aguardando peças no almoxarifado.

Ozzy Osbourne pendura o crucifixo, arrecada mais de R$ 1 bilhão e transforma o heavy metal em instrumento de caridade e expiação coletiva

O último suspiro dos deuses do rock foi mais digno que muita beatificação em Roma. O show final do Black Sabbath, batizado de “Back to the Beginning”, não apenas lacrou a história do heavy metal como lavou a alma de Birmingham e adjacências. Com direção musical de Tom Morello (aquele do Rage Against the Machine que parece mais engajado que padre em novena), o evento arrecadou quase 200 milhões de dólares para causas nobres, como o hospital infantil da cidade natal da banda e a fundação Cure Parkinson’s, luta pessoal de Ozzy. Foram 40 mil corpos ao vivo e 5,8 milhões de almas sintonizadas online — um milagre amplificado por amplificadores Marshall. Tudo foi doado. Nada de cachê, nada de egotrip. O mundo se despede de uma banda e redescobre que até os príncipes das trevas podem acender velas para os pobres.

Do Telstar à Starlink: há 63 anos, o primeiro satélite de comunicações do mundo saía da Terra para ensinar a humanidade a se amar (ou se stalkear)

Em 10 de julho de 1962, a Telstar 1 foi lançada ao espaço, inaugurando oficialmente a era das comunicações via satélite. O mundo se tornou menor, mais próximo, mais conectado — e talvez mais insuportável. A primeira transmissão ao vivo entre continentes passou pelo seu ventre metálico: uma amostra de que a humanidade podia conversar civilizadamente, ao menos por ondas. Hoje, descendentes distantes como a Starlink povoam os céus como mosquitos digitais, levando internet até para onde não chega nem a fé. A Telstar abriu caminhos para reality shows, chamadas de vídeo com sogras e lives de coach em iate alugado. Uma revolução que uniu o globo e permitiu que os terráqueos compartilhassem, globalmente, memes, escândalos e desinformação em tempo real. Viva a Telstar — e cuidado com o que você posta.

Em 10 de julho de 1962, a Telstar 1 foi lançada ao espaço (Foto: The Sidney Herald)
Em 10 de julho de 1962, a Telstar 1 foi lançada ao espaço (Foto: The Sidney Herald)

Alexandre de Moraes chama Eduardo Bolsonaro de ‘influenciador golpista’ e insinua que o filho 03 aprendeu inglês no YouTube da extrema-direita

Eduardo Bolsonaro, o deputado licenciado que virou paladino digital do trumpismo tropical, está sendo investigado por tentar melar o processo contra o próprio pai. O ministro Alexandre de Moraes viu na publicação feita pelo 03 no X (o novo Twitter para quem acha que precisa de mais Elon Musk na vida) uma tentativa clara de embaraçar a ação penal em que Jair Bolsonaro é réu. No tweet bilíngue digno de Google Tradutor patriótico, Eduardo disse que “a única forma do Brasil se alinhar com o Ocidente é por meio de sanção a Moraes”. O STF não achou graça e nem viu charme no sotaque. O recado de Moraes é claro: a República pode ter seus defeitos, mas não vai virar o Telegram do Steve Bannon. Se for para abolir o Estado de Direito, que ao menos se escreva direito.

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Itamaraty chama diplomata americano para o cantinho da bronca após nota em favor de Bolsonaro: política externa vira grupo de WhatsApp do Trump

O Brasil, normalmente comedido em seus gestos diplomáticos, resolveu bater de volta: chamou o encarregado de negócios da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, para explicar uma nota oficial que mais parecia postagem no Truth Social. A representação americana ecoou a ladainha de Donald Trump de que Bolsonaro é alvo de perseguição política. “Vergonhosa”, disse a nota, como se o TSE e o STF fossem uma extensão do deep state imaginário do Alabama. Em outras palavras, os EUA trataram o Brasil como uma república adolescente em crise, que só é relevante se repetir os mantras trumpistas. A chancelaria brasileira, ainda usando a gravata borboleta do barão do Rio Branco, sentiu-se ofendida: não é todo dia que se vê uma superpotência defendendo um réu inelegível acusado de tentar um golpe. Brasília responde, de forma educada, que aqui ainda se respeita a separação dos poderes. Às vezes.

Deputados querem explicação por Lula visitar Cristina Kirchner: diplomacia virou episódio de novela com flashback de corrupção e cena de ciúme de Milei

O presidente Lula, em missão oficial à Cúpula do Mercosul, aproveitou para fazer uma visita não agendada (e juridicamente autorizada) à ex-presidenta argentina Cristina Kirchner — atualmente em prisão domiciliar por corrupção. O gesto, simbólico e cheio de amor aos velhos tempos da Pátria Grande, causou frisson e revolta. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara agora quer saber por que Lula preferiu tomar café com a condenada em vez de apertar a mão do atual presidente Javier Milei. O Itamaraty já foi acusado de coisa pior, mas agora é acusado de escolher o passado em vez do presente. Para os parlamentares, o encontro é “ingerência” e “revanchismo ideológico”. Para os petistas, é apenas gratidão. Para Milei, talvez seja só ciúmes. Afinal, quem nunca foi ignorado por aquele ex que ainda visita a sogra?

Crise financeira tira aviões de operação e deve afastar 137 pilotos na FAB

Quanto dinheiro a despedida de Ozzy Osbourne e Black Sabbath arrecadou?

1962: Nasa lança o primeiro satélite de comunicações

Moraes afirma que Eduardo Bolsonaro tenta interferir em ação penal da trama golpista

Comissão da Câmara aprova convocação de ministro para explicar visita de Lula a Cristina Kirchner

Itamaraty convoca diplomata dos EUA para prestar esclarecimentos após embaixada defender Bolsonaro


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