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Boutique Lovetoys domina o mercado erótico

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A Lovetoys que se consolidou como a primeira boutique erótica de São Paulo, se destaca além dos itens sexuais, mas, por atuar frente ao conhecimento do corpo e a necessidade de se autoconhecer para uma vida saudável. Desde 2013 virou point entre as ruas mais conhecidas e conceituadas da cidade (Augusta com a Oscar Freire). A região que é conhecida por concentrar grandes lojas de luxo e público com alto poder aquisitivo, foi uma escolha bem planejada. A frente da empresa está Valéria Albuquerque, que se inspirou quando viajou o mundo, e percebeu que dentro do Brasil, mesmo sendo um país com muitas lojas de produtos eróticos, o conceito sofisticado era pouco explorado, e quando se encontrava uma loja comercializando os produtos, era algo muito masculinizado, bem mais restrito ao público masculino. Foi daí que a busca por produtos modernos, com diferenciais únicos que pudesse proporcionar o prazer se alinhou com a vontade de montar a boutique, que visa receber cada cliente de forma personalizada, pois, cada sentimento e prazer são particulares. “Atuo há mais de 20 anos na área de produtos sensuais e eróticos. No começo havia muito pudor quanto ao segmento, isso modificou, mas há muito a percorrer. Percebo que as pessoas ao longo dos anos entenderam que não é simplesmente para uma diversão, mas sim para ter uma experiência particular que pode ou não ser compartilhada com outros”, comenta Valéria.

Valéria, vamos voltar um pouco lá atrás. Como era o mercado erótico no começo dos anos 2000, época em que você começou em seu ramo de atuação?

O mercado erótico era voltado apenas para sex shops que comercializavam masturbadores e bonecas infláveis, bichos infláveis, etc.

Quais foram as principais mudanças que podemos elencar?

Quando entrei no mercado contratei uma empresa de pesquisa onde descobrimos que 70% do público que poderia ter interesse em Sex toys seriam as mulheres, porém, as lojas eram muito feias, com neons piscando em bairros muitas vezes de difícil acesso como é o centro de SP. Isso dificultava o acesso, sem contar que não era explorado os Sex toys para elas.

Resolvemos então montar boutiques eróticas que é um conceito diferente de sex shop. Layout de loja, apresentação de vendedoras, cursos, e produtos mais sofisticados para um universo de pessoas que desejam alcançar o prazer com qualidade.

Em que momento você acredita que ocorreu o ponto de virada desse setor, ou seja, quando as pessoas começaram a abraçar mais a sua sexualidade?

Há 10 anos acredito que as pessoas abriram bem a mente no consumo de Sex toys e perceberam que eles não substituem nada, mas sim acrescentam na relação com inovação. Hoje as mães vão à loja para comprar o primeiro vibrador para a filha no intuito que ela se descubra e vá para uma relação se conhecendo!

Quando você teve o insight para criação da Boutique Lovetoys?

Há 20 anos viajei para outros países e vi o quanto a sexualidade e as lojas eram tratadas de forma mais aberta e com requinte e sofisticação. Vi uma loja em Nova York linda, de esquina, clara, aberta, como uma loja de roupa e pensei: “falta uma loja assim no Brasil”; assim veio a ideia de abrir uma boutique nos Jardins com 200 metros, que fosse clean, com produtos inovadores e exclusivos!

O que diferencia o seu negócio de outros do setor em sua visão?

O que diferencia o meu negócio é o meu olhar para adquirir os Sex toys, a elegância da loja e o atendimento personalizado. 90% dos nossos novos clientes são indicados por outros.

Temos mais de 500 itens com a nossa própria marca, com garantia e com embalagens discretas e sofisticadas. Na Lovetoys existem itens exclusivos para o consumidor que deseja um momento único de prazer e encanto. Estamos em uma esquina famosa e que é referência em SP que é a Oscar Freire se tornando assim uma loja conceito no Brasil.

Quais são os grandes pilares da sua empresa e que você considera como fundamentais?

Trabalhamos com uma coleção de itens muito completos. Hoje os principais itens são os vibradores com alta tecnologia e design inovador. Mas, todo o nosso mix de produtos são fundamentais e atendem as necessidades do nosso público.

O mercado erótico é multibilionário e cresceu 12% em 2021. Podemos dizer que esse setor é a prova de crise?

Sim, o segmento superou a crise e também cresceu muito. Pelo fato das pessoas na pandemia não poderem sair e ter contato com outras pessoas, o número de Sex toys comercializados na loja online cresceu 40%.

Como a Lovetoys tem passado por esses momentos instáveis?

Não sofremos muito porque tínhamos a nossa loja online que superou nas vendas, enquanto a loja física permaneceu fechada. Procuramos melhorar a rapidez de entrega e com isso evoluímos. Hoje o cliente que deseja comprar na online, por exemplo, pode retirar em 24 horas na loja física se desejar. Temos entrega de produtos em três horas para SP. Todos estes diferenciais colaboram nas vendas.

Quantos produtos fazem parte do portfólio da empresa atualmente?

Cerca de 5 mil itens sendo 500 da própria marca!

Quais deles são os “campeões de audiência”, podemos assim dizer?

Os Sex toys que simulam o sexo oral e os vibradores com app são atualmente os que mais vendem no momento. As pessoas querem tecnologia e a facilidade de “brincar” a distância.

O que vislumbra para a empresa fisicamente em 2022 e qual a importância do e-commerce para a operação do seu negócio?

O nosso e-commerce é consolidado no mercado e referência de loja com itens exclusivos e diferenciados. Temos muitos artistas e produtores que buscam a nossa marca por ser diferente. Somos referência também no segmento de fetiche. Em 2023 vamos abrir outra unidade nos Jardins (estamos avaliando locais).


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