Felippe Guerra é fundador e CEO da Brasis, primeira holding de comunicação voltada à construção de Projetos conectados ao Brasil real e os grupos sub representados. Formado em Publicidade pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e bacharel em Administração pela ASA College (EUA), com especialização em Estratégia, Comunicação e Branding, pela Miami Ad School (EUA). É também co-fundador da Rango TV e da Snacklicious Foods, Conselheiro na Agência Criativa Silva e do Grupo Publicitários Negros. Foi professor na Miami Ad School e tem passagens pelas áreas de marketing de multinacionais como Asics, Adidas, Puma Group. Atuou como Head de Comercial & Projetos da Trace Brasil, Head de Marketing da Lab Fantasma. Como hobbies, Felippe todo ano coloca nas ruas de Salvador o Bloco do Guerra, feito em homenagem ao seu pai e vez ou outra tira um tempo para correr maratonas. “Tive duas passagens em 2010 onde fui fazer uma especialização em Branding e estratégia em São Francisco e depois de 2015 a 2018, onde morei, estudei business e empreendi. Nessa primeira ida, pude aprender com feras do mercado as bases do pensamento estratégico criativo e branding, na segunda ida pude executar o que tinha aprendido ao criar uma marca de snacks onde chegamos a exportar para o Canadá, Texas, Califórnia e Flórida”, afirma o publicitário.
Felippe, que experiências ou momentos o levaram a fundar a Brasis, uma holding de comunicação focada na conexão com o Brasil real e grupos sub representados?
Posso dizer que tem um pouco de tudo, tive a oportunidade de crescer em uma família preta de classe média alta, isso acabou me dando uma visão ampla sobre dois mundos e como navegar nesses dois mundos. Profissionalmente, tive a oportunidade de passar por diferentes mercados e tamanhos de empresas e sempre notei o pouco contato que esses locais tinham com o Brasil, fora da bolha SP/RJ. Mesmo empresas globais com escritórios em outras regiões e que diziam que queriam ter um foco na classe C isso não ocorria. Mas, foi ao empreender nos EUA, há alguns anos que comecei a ter contato com diversos tipos de executivos e pude perceber o quanto o Brasil era poderoso.
Qual papel você acredita que a indústria criativa desempenha na promoção da diversidade e inclusão nas comunidades periféricas?
Um papel importantíssimo, senão crucial. A criatividade e principalmente a indústria criativa são criadores de sonhos, servem como farol comportamental para a sociedade. Se a indústria fala que a periferia não vale nada, tem toda uma geração que vai acreditar nisso… e o mesmo serve para o oposto.
Por que o conceito do Brasil real é tão importante em sua abordagem de comunicação?
Porque é onde eu enxergo o maior potencial de crescimento para os próximos anos. Durante muitos anos, essa parte do Brasil ficava por trás das cortinas, mesmo sendo a fornecedora de inovações, cultura, e de muita coisa interessante no país. Nos negócios, aprendi, que sempre é o melhor negócio aquele com o maior potencial de crescimento, fora toda a riqueza cultural e a transformação que podemos e iremos fazer em nossa sociedade.
Como a sua trajetória internacional, incluindo passagens pelos Estados Unidos, influenciou sua visão sobre estratégia, comunicação e branding?
Nossa, bastante! Tive duas passagens em 2010 onde fui fazer uma especialização em Branding e estratégia em São Francisco e depois de 2015 a 2018, onde morei, estudei business e empreendi. Nessa primeira ida, pude aprender com feras do mercado as bases do pensamento estratégico criativo e branding, na segunda ida pude executar o que tinha aprendido ao criar uma marca de snacks onde chegamos a exportar para o canadá, Texas, Califórnia e Flórida.
Por que a inovação é essencial para a aceleração de negócios conectados com a diversidade e grupos multiculturais?
Se conectar com a diversidade e multicultura já é própria inovação! Ao se trazer pessoas diferentes com backgrounds diferentes cria-se fricção e essa fricção é essencial para a inovação ser criada.
Qual é o impacto que projetos de comunicação bem-sucedidos podem ter no mercado publicitário em relação à representatividade e inclusão?
Mais do que pensar nos impactos na representatividade e inclusão, gosto de pensar ao contrário, onde resultados financeiros positivos reforçaram a continuidade em projetos que gerem representatividade e inclusão.
Como a cultura, o entretenimento e a narrativa negra podem ser aproveitados para transformar a maneira como as mensagens são comunicadas?
De várias maneiras a base da nossa cultura já está galgada na cultura negra, agora é amplificar mais ainda isso tudo e aprofundar ao inserir times pretos produzindo esse conteúdo.
Por que você acredita que a inclusão de grupos sub-representados é uma estratégia vantajosa para acelerar negócios?
Porque é o maior grupo populacional do país que carrega nossa economia nas costas, ele já gasta muito só é sub representado.
Como você equilibra sua atuação como empreendedor e suas atividades de lazer, como o Bloco do Guerra e a participação em maratonas, com seus compromissos profissionais e criativos?
Minha agenda é realmente meio maluca, além de ter uma esposa super parceira e que entende essa correria toda, ao longo dos anos venho construindo um estilo de gestão descentralizado onde temos processos e papéis bem definidos e principalmente um time e sócios incríveis que ajudam e muito no dia a dia.
Qual o maior aprendizado ao longo de todos esses anos?
Ao final, ao longo dos anos entendi que às vezes alguns pratinhos vão cair, erros vão acontecer e o mais importante é não repeti-los.
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