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Bruno Simantob inova com a Transfer English

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Com o faturamento de 30 milhões em um ano de operação, a plataforma via streaming de aprendizado em inglês, Transfer English, já alcançou 30 mil alunos espalhados em 64 países. O aumento de 50% no número de assinantes ativos da plataforma em três meses reforça o escalonamento da startup que partiu do zero em janeiro de 2022. O investimento inicial de R$2 milhões na nova operação no México – onde 88% da população não fala inglês – inicia o processo de internacionalização, com o objetivo de alcançar o público hispânico. Em 2023, a expectativa do fundador e CEO da startup, Bruno Simantob, é dobrar o faturamento da empresa. Para isso, a expansão internacional será combustível dos novos investimentos. Hoje, a Transfer English está presente em 62 países, na sequência: Brasil, EUA, Portugal, Reino Unido, Canadá e Irlanda. A ordem segue o ranking do Ministério das Relações Exteriores, que estima que atualmente 4,2 milhões de brasileiros vivem no exterior, representando um aumento de 32% em relação aos últimos 10 anos. Além das aulas já disponíveis, a Transfer English possui outras sessões em constante aprimoramento, como novos cursos para diferentes níveis, além de quadros como o Transfer Music e o Transfer Movies. A ideia é que o conteúdo seja “on demand”, para que o aluno tenha a opção de diferentes trilhas de aprendizagem.

Bruno, o mercado das edtechs está em franca expansão. O que é necessário para se estar sobressaindo nesse setor?

Resolver bem o problema que se dispõe através de um mecanismo realmente diferenciado.

Quais as principais características desse ramo?

O setor de educação online não para de crescer justamente porque as empresas entenderam que quem deve ditar o ritmo de aprendizado é o aluno e não a instituição. Por outro lado, o setor de inglês mais especificamente sofre com os mesmos problemas de sempre, que é falta de estímulo e engajamento do aluno devido ao progresso lento, além de uma metodologia arcaica que as grandes redes incentivam há décadas.

A inovação seria a mola-mestra do ramo?

Sem dúvida. A melhor maneira de vencer num mercado competitivo é trazendo inovação pro jogo.

Como a Transfer English se encontra nesse ecossistema?

Hoje a Transfer English é uma das empresas que ganham market share mais rápido no setor. Podemos afirmar categoricamente que estamos entre as escolas de inglês de maior crescimento do país.

Quais os pilares da empresa?

Proatividade; Curiosidade; Responsabilidade; Velocidade e Ousadia.

O que norteia a atuação da Transfer English em sua visão?

O objetivo claro de mover o ponteiro do inglês no Brasil (95% não falam), gerando mais trocas, experiências, oportunidades e renda para as pessoas.

No primeiro mês de operação a empresa faturou 2,2 milhões de reais. O que foi fundamental para esse número?

Grande parte dos empreendedores brasileiros quando vão abrir um negócio se preocupam com absolutamente todos os detalhes e por último, quando está tudo pronto, abrem as portas e esperam que clientes caiam em seus colos. Quando, na verdade, o que deveria ser feito é o inverso. O que as pessoas querem comprar? Quanto estão dispostas a pagar? De que forma posso me diferenciar dos que já vendem no meu mercado? E a partir destas perguntas elaborar um funil de vendas identificando o canal (onde as pessoas estão), as etapas (quais objeções preciso quebrar e como) e a oferta (porque o que você entrega é melhor). Por último você deve estimar a viabilidade da operação através de uma relação simples de LTV/CAC, onde LTV = ao dinheiro que o cliente te paga durante toda sua vida útil; e CAC = custo de aquisição deste cliente. Enquanto essa relação for positiva é possível seguir escalando rapidamente. No nosso caso, não “abrimos as portas e esperamos o cliente cair em nossos colos”, fizemos esse exato estudo meses antes de lançar a Transfer, logo, a receita milionária no primeiro mês foi apenas consequência de um bom trabalho de marketing e vendas.

Fale um pouco mais da operação, na prática.

Hoje são dezenas de pessoas envolvidas neste projeto. Desde a área acadêmica que desenvolve toda a metodologia e aulas, a produção que cuida desde a locação à gravação e pós-produção, equipe de UX da plataforma e produto, pessoal do marketing focadíssimo em performance com criatividade, um timaço de atendimento disponível de oito da manhã a meia-noite, entre diversos outros talentos e departamentos que fazem a Transfer English acontecer.

Por que o modelo de transferência linguística ainda é pouco utilizado?

Por incrível que pareça, por mais que seja um mercado repleto de players, a mão de obra qualificada ainda é muito precária. As universidades de letras não estão atualizadas e praticam um modelo de formação muito rasa ainda. Os melhores linguistas são aqueles curiosos que saem das universidades e se aprofundam por outros meios, porém, infelizmente, são a minoria. E muitas vezes por não serem técnicos, as escolas acabam delegando e adotando da mesma sistemática que foi passada aos seus professores nas universidades.

Como a Transfer pretende mudar esse cenário?

Em primeiro lugar, fazendo com que essa mensagem chegue ao maior número de pessoas possível. Para isso, é tão importante jogar com o modelo de negócios correto que, no nosso caso, hoje é o digital. Esse modelo nos permite ofertar um preço acessível a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Não à toa, temos alunos em mais de 50 países em tão pouco tempo.

Quais os próximos passos da edtech?

Queremos nos consolidar como escola de inglês top of mind em toda a América Latina. Estamos trabalhando para conquistar isso nos próximos anos e será inevitável, pois, temos o produto de melhor custo-benefício do mercado, mais eficiente e, ao mesmo tempo, mais acessível.


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