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Carolina Mânica fala do seu mundo das artes

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Carolina Mânica se destaca como atriz de teatro, cinema e televisão, além de também ser locutora e produtora. Natural do Rio Grande do Sul, começou sua carreira na televisão na TV Com, pertencente ao grupo RBS. Em São Paulo, sua intensa atividade teatral começou em 2004 desenvolvendo trabalhos com diretores como Eduardo Tolentino (fundador do Grupo Tapa), Gerald Thomas e Mário Bortolotto. Em 2009 atuou e produziu o espetáculo “Brutal”, de Mário Bortolotto. Trabalhou ao lado de diversos cineastas como Bruno Barreto (minissérie Amor em 4 Atos – TV Globo), Sérgio Machado (Minissérie Alice – HBO), Lírio Ferreira (Série Somos 1 Só – Episódio Espiritualidade – TV Cultura), Flávio Tambellini (longa-metragem Malu de Bicicleta), entre outros. A atriz está de volta ao teatro com “Ato a Quatro”, dirigida por Bruno Perillo. A comédia dramática é uma adaptação do texto “Fourplay”, da australiana Jane Bodie e narra um jogo amoroso entre quatro pessoas através de curtas cenas, que são sempre vividas por dois dos personagens, apesar dos quatro atores estarem todo o tempo em cena, mesmo que em pano de fundo. Mânica interpreta Natasha, uma atriz atraente e determinada que coloca a sua carreira acima de tudo. Carolina também é vocalista da banda de rock The Golden junto com Rafael Grampá, Márcio Chavemarim e Dilson Laguna. “O artista é como vinho só melhora com o tempo.”

Carolina, você começou sua carreira como apresentadora no grupo RBS. Como se deu isso?

Participei de um concurso da MTV Brasil chamado Caça VJ. Fui selecionada entre participantes do Brasil inteiro para fazer parte do programa. Quando voltei para o Rio Grande do Sul me convidaram para trabalhar como apresentadora do canal local (TV Com) que é pertencente ao grupo RBS. Comecei num programa diário focado no público jovem e adolescente e depois me tornei também apresentadora de alguns programas especiais que eram focados nesse público. Adorei trabalhar nessa área, pois, o adolescente é um público de resposta. Você precisa sempre estar muito atento, pois, o interesse deles muda o tempo todo, eles são muito rápidos.

Quando surgiu o teatro em sua vida?

O teatro surgiu ainda na escola de forma amadora. Eu era a líder do teatro, organizava tudo, as peças, o grupo, os estudos, o ensaio. Era uma época ótima e de muito aprendizado.

Você já trabalhou com diretores renomados como Gerald Thomas, Mário Bortolotto e Eduardo Tolentino. O que você assimilou de cada um deles e que de alguma forma tenta colocar em sua carreira?

O artista é como vinho só melhora com o tempo. Na sua formação a experiência é muito importante o que também é uma contradição, pois, a cada trabalho é preciso zerar e começar tudo de novo, o que acontece é que aquilo que você aprende com o tempo determina o lugar de onde você recomeça e por isso você evolui. Não sei elencar com detalhe o que cada um me deu… mas posso garantir que foi muito e sou grata por ter tido esse processo de aprendizado. Até hoje continuo aprendendo com eles e com os novos trabalhos.

Em 2009, você foi produtora e atuou no espetáculo “Brutal”. Quais foram os principais desafios na hora de se produzir um espetáculo como foi aquele?

Foi uma necessidade de fazer e de descobrir minha voz que me fez produzir. É muito difícil produzir arte no Brasil. Eu tinha tanta vontade que nem me dava conta de que o que eu estava ultrapassando eram obstáculos, lidava com todos os “problemas” de forma tranquila como se fossem tarefas feitas para conseguir chegar no objetivo de produzir o espetáculo.

Ainda falando sobre “Brutal”, em que momento a visão da atriz se fundiu com a visão da produtora?

Foi quando eu senti necessidade de fazer por mim mesma, sendo mais dona da minha carreira. A espera é muito angustiante então produzir é fundamental para não parar.

O filme “Linha de Fuga” do diretor Alexandre Stockler é tido como não convencional. Sendo uma das protagonistas, e vendo o longa “pelo o lado de dentro”, o que considera não convencional neste filme em relação aos outros em que já participou?

Tudo é não convencional. A proposta do Alexandre, a forma como ele faz e pensa cinema, a coragem em realizar um filme como esse.

Como tem sido atuar na peça “Ato a Quatro” dirigida por Bruno Perillo?

Adoro fazer essa peça. Já trabalhei com quase todo o elenco em outras produções. Com o Bruno em “Credores”, do Nelson Baskerville, com o Gatti em “A Senhora de Dubuque” dirigida pelo Leonardo Medeiros e com a Nicole na série “Natureza Morta” que será lançada no canal Cine Brasil TV ano que vem, dirigida pelo Flavio Frederico.

Existe alguma coisa da sua personagem Natasha em você?

Sempre há um pouco de nós em tudo o que fazemos se não há vida de verdade.

A arte deve ter um papel social em sua visão?

A arte sempre tem um papel social mesmo que ela não tenha essa pretensão. Ou nos coloca no conforto, ou nos tira dele… De qualquer forma mexe com quem está presente, pois, de alguma forma questiona.

Outra faceta bastante interessante da sua vida, é sua carreira como locutora. Essa descoberta da voz como instrumento de trabalho, se deu por si só, ou por ocasiões externas que você nem imaginava?

Desde criança brincava com minha voz, fazendo personagens e lendo rótulos de produtos, acho que comecei a aprender daí. Fui convidada a começar nesse ramo e deu muito certo. Trabalho com muitos clientes, mas tenho um contrato de exclusividade com a Renner há mais de 5 anos. Sou a voz deles.

Qual é o principal cuidado que um artista deve ter em sua carreira, para não achar em determinado momento de sua trajetória, que se tornou maior que a sua própria arte?

Se ele é realmente um artista, dificilmente vai se achar maior do que a própria arte. Acredito que não existe cuidado… mas sim caráter!


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