Você sabe o que significa o termo “interoperabilidade?”. O conceito que a princípio parece bastante complexo, teve origem no setor de Tecnologia de Informação (TI) e significa a capacidade de diferentes sistemas, softwares e plataformas de se comunicarem sem a necessidade de intervenção humana. Dessa forma, esses sistemas e plataformas conseguem trabalhar de maneira simultânea e independente de suas distinções digitais. Mas, de que forma isso impacta no setor da saúde? A saúde é um sistema que exige resultados muito específicos para cada demanda, por conta disso, o trabalho sempre foi individualizado e com cada setor dedicado à sua prática. Porém, é preciso haver uma conversa entre os serviços para que ocorra uma troca de informações, a fim de complementar os conhecimentos das equipes dos hospitais, além de melhorar os tratamentos. “Na saúde, interoperabilidade é o potencial de integração, troca de dados e comunicação entre diferentes sistemas sem interferência humana”, explica Marco Aulicino, CEO da CLOUD SAÚDE. Ele ainda complementa: “Temos certeza de que em poucos anos, todos os fabricantes de equipamentos médicos deverão estar dentro de vários barramentos de interoperabilidade. Isso já está sendo uma solicitação de grandes hospitais e com certeza deverá ser de todos, uma vez que trará somente benefícios para as instituições de saúde e principalmente para os pacientes”.
Marco, qual é a definição exata de interoperabilidade no contexto da saúde e como ela se diferencia de outros setores?
A interoperabilidade em saúde pode ser definida como a capacidade dos dados fluírem com segurança de um lugar para outro, de acordo com sua necessidade das instituições de saúde, seja para atendimento por parte de profissionais da área ou para uso pessoal do paciente.
O que ainda podemos falar sobre esse conceito?
A verdadeira interoperabilidade de dados implica na interoperabilidade sintática, que refere-se à capacidade de mover dados de equipamentos médicos para um barramento de interoperabilidade que também estará integrado com um prontuário eletrônico e com outros sistemas. Essa “linguagem comum”, aplicada a diferentes sistemas de gestão clínica, prontuários eletrônicos e equipamentos médicos variados, cria a possibilidade de todos contarem com dados e curvas (WaveForm) dos pacientes de forma mais ampla. Informações cedidas em uma consulta realizada anos antes, ainda que em outro estabelecimento, podem ser acessadas em um novo atendimento recente, por exemplo.
Por que a interoperabilidade é tão crucial no setor da saúde atualmente?
A interoperabilidade é fundamental na saúde para garantir rotinas mais ágeis, informações registradas padronizadamente, redução de erros, diminuição de desperdícios e custos dos tratamentos. Além disso, é importante para diminuir desperdícios e custo dos tratamentos, atestar uma visão mais holística, tanto do paciente quanto do sistema de saúde.
Quais são os principais desafios enfrentados ao desenvolver soluções de interoperabilidade para aparelhos e equipamentos médicos?
O maior desafio para a CLOUD SAÚDE é que cada fabricante, tem seu código-fonte proprietário e muitas não abrem. Assim, temos que entender cada um dos códigos para podermos integrar com o nosso barramento de interoperabilidade.
Como a CLOUD SAÚDE garante a segurança dos dados ao promover a interoperabilidade entre diferentes sistemas e dispositivos médicos?
Existem várias formas de garantir a segurança dos dados. Como somos também uma empresa de Data Center, juntamos nossa expertise com nossa equipe de desenvolvedores, os quais trazemos o menor risco para os dados.
Quais são os critérios que a CLOUD SAÚDE considera ao selecionar os equipamentos e dispositivos médicos com os quais garante a interoperabilidade?
Nosso critério é que os equipamentos tenham saída de rede, assim conseguimos em 99% coletar dados e curvas para nosso barramento de interoperabilidade.
Quais são os principais recursos e funcionalidades da plataforma de Centro de Comando de Tele-UTI – WaveForm da CLOUD SAÚDE?
Conectamos Monitores Multiparâmetros, Ventilador mecânico, Bomba infusora, Cama hospitalar e câmera para monitorar o paciente, tudo isso conectado e, além disso para todas as marcas do mercado mundial. Assim nos tornamos uma central das centrais de cada fabricante, trazendo mais eficiência no cruzamento dos dados e curvas.
Quais são os principais resultados positivos que os hospitais e outras instituições de saúde têm alcançado ao adotar as soluções de interoperabilidade da CLOUD SAÚDE?
Os principais resultados são que todas as informações dos equipamentos são coletadas de forma automática, não precisando mais de uma pessoa coletando os dados. Assim, um médico poderá estar de qualquer lugar do mundo e podendo ver como os pacientes estão evoluindo ou tendo uma piora clínica. As curvas de tendência, podem ajudar na avaliação do paciente durante sua internação.
Como a CLOUD SAÚDE lida com a diversidade de marcas e modelos de equipamentos médicos existentes no mercado para garantir a interoperabilidade?
Para cada grupo de equipamentos, criamos um padrão e para cada equipamento/marca, realizamos testes para saber da eficiência no envio das informações para o barramento de interoperabilidade.
Quais são as perspectivas futuras da CLOUD SAÚDE em relação ao desenvolvimento de soluções de interoperabilidade no setor da saúde?
Temos certeza de que em poucos anos, todos os fabricantes de equipamentos médicos deverão estar dentro de vários barramentos de interoperabilidade. Isso já está sendo uma solicitação de grandes hospitais e com certeza deverá ser de todos, uma vez que trará somente benefícios para as instituições de saúde e principalmente para os pacientes.
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