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Como se tornar um profissional nexialista

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O Nexialista é um profissional que possui a cabeça de hyperlink. Ele é conhecido como alguém que está entre os generalistas e os especialistas. Sua presença nas empresas vem sendo cada vez mais valorizada. O Nexialista é um profissional diferente, acima da curva média de um profissional. O Nexialista não é um profundo conhecedor de determinado tema (se assemelha a um generalista, neste sentido), mas sabe quem faz (aqui, é semelhante ao especialista) e tem persuasão e influência brutais para convencer as pessoas certas a trabalharem com ele. De todas as características de um Nexialista, a que mais chama a atenção é a mescla de competências. Diferentemente de muitos profissionais, que investem na especialização de uma determinada competência, o Nexialista não somente se aprofunda em determinada competência, mas desenvolve outras, e utiliza-as em conjunto. Um nome que define muito bem o Nexialista é o “polímata”, ou seja, uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área. Um polímata pode referir-se simplesmente a alguém que detém um grande conhecimento. “Em primeiro lugar pelo fato das empresas estarem cansadas da maior parte das consultorias tradicionais, que há longos anos vinham insistindo no mesmo modelo de sala de aula. E em segundo, pelo fato de apresentarmos soluções com profundidade e estética inovadoras”, afirma Alberto Roitman.

Alberto, o que é ser um Nexialista?

O Nexialista é um terceiro tipo de profissional, nem generalista, nem especialista. Possui uma capacidade incrível de criar nexo com as mais variadas informações, temas e unidades de conhecimento. Imagine um profissional que possui competências absolutamente fora da caixa, ou melhor, que jogou a caixa fora. Alguém que é criativo, inovador, e, ao mesmo tempo, com uma absurda capacidade de criar networking. O Nexialista possui persuasão e influência, adora ler e escrever. Consegue construir relacionamentos facilmente. Tem muita iniciativa e, ao mesmo tempo, acabativa.

O quão é fundamental ser um Nexialista no mercado de trabalho atual?

O Nexialista é um profissional disputado pelas empresas atualmente. Diante de uma crise que insiste em não passar, ele é um dos poucos que acaba recebendo aumento de salário, pois, sua empresa sabe que se perdê-lo, deixará um ativo fixo importante. É ele quem consegue criar conexões interessantes com outros mercados, sugerir revisão de processos, lançar novos produtos e serviços. Uma empresa com um Nexialista em seu quadro de funcionários têm um futuro sócio em processo de incubação.

Onde ficarão os especialistas e generalistas neste novo ambiente?

Sempre existirá espaço para os generalistas e especialistas. São profissionais necessários em todos os ramos de atividade. Graças a eles as atividades rotineiras e também importantes acontecerão. São profissionais que colocam em marcha a rotina de trabalho. Além deles, existem os Nexialistas, que são os profissionais que crescem a uma velocidade incrível por contribuírem com grandes sacadas para as empresas darem saltos representativos em seus resultados. Hoje, pelas nossas estimativas, representam menos de 5% dos profissionais do mercado.

Quais as premissas básicas que os generalistas e especialistas devem ter para se tornaram Nexialistas?

As premissas são importantes, mas não excludentes: Possui raciocínio lógico, capacidade analítica, criatividade e inovação. Além disso, tem forte persuasão e influência com seus colegas e clientes. Em soft skills, possui flexibilidade, enxerga a longo prazo, tem controle emocional. É empreendedor e pratica a escutatória muito mais que a oratória.

O que generalistas, especialistas e Nexialistas têm em comum?

Nada. São profissionais absolutamente diferentes. O generalista entende um pouco de tudo. Já o especialista é um profundo conhecedor de um determinado tema. Já o Nexialista, joga a caixa fora, ao invés de somente pensar fora dela.

Fale um pouco sobre a sua consultoria.

A Nexialistas tem apenas 3 anos de vida e se tornou a maior empresa de treinamento e desenvolvimento do país. Isso aconteceu por dois motivos. Em primeiro lugar pelo fato das empresas estarem cansadas da maior parte das consultorias tradicionais, que há longos anos vinham insistindo no mesmo modelo de sala de aula. E em segundo, pelo fato de apresentarmos soluções com profundidade e estética inovadoras. Criamos alternativas de educação absolutamente fora da caixa. Isso atraiu os olhares do mercado e também de um fundo americano de venture capital, que adquiriu parte da empresa. Com isso, pudemos abrir diversos escritórios dentro e fora do país. Esse processo exponencial não para de crescer.

Quais os principais pilares da Nexialistas Consultores?

Os pilares são Treinamento (onde atuamos de maneira disruptiva para gerar um processo de aprendizagem diferente, divertido e com forte nível de engajamento); Consultoria (estudando e implementando alternativas que ajudem as empresas a alcançarem seus objetivos de maneira estruturada) e Comunicação (com a criação de peças das mais variadas que geram impacto e absorção de mensagens-chave).

O movimento de empreendedores que saem da “segurança” do seu trabalho como funcionários, veio para ficar ou é algo passageiro?

Este é um ótimo ponto. Temos que ter cuidado com alguns “falsos” gurus de mercado que dizem: “Siga seu sonho! Vá atrás do que te motiva e abra sua empresa!”. Neste caso, já vi muitas pessoas “indo atrás do sonho” de maneira desestruturada e quebrando a cara. Para fazer um movimento de saída do mundo corporativo e entrada no mundo empresarial é necessário muito planejamento. Não basta só um plano de negócios, é preciso estudar muito o mercado de atuação, ter forte reserva financeira, planos B e C e principalmente, muito conhecimento do negócio onde vai atuar. Por isso, acho que é passageiro para alguns, sim.

Quais os maiores riscos que devem ser pesados e pensados nessa decisão?

Os riscos de quebrar são bem grandes quando não temos conhecimento. E esse é o ponto crucial. Não basta somente conhecer o setor, mas é importante entender como funciona o fluxo de caixa de uma empresa, gestão de pessoas, estoques, entender de marketing, formação de preços. É fundamental identificar para onde o mercado está indo e também como investir para recuperar o capital inicial. É importante dizer que se engana quem pensa que trabalha menos quem tem o próprio negócio. Trabalha-se, na verdade, muito mais.

Qual a principal causa para essa decisão dos funcionários que se tornam empreendedores?

Não acredito que exista uma causa só. Aliás, não deveria ser uma única causa. Creio que seja mais fácil dizer qual não deve ser a causa. Gosto de repetir que se o objetivo prioritário de um movimento como esse for ganhar mais dinheiro, esqueça virar empreendedor. A relação funcionário – patrão é bem mais segura, com poucos solavancos e instabilidades. No trabalho você tem uma carteira de trabalho, um sindicato e uma justiça trabalhista que te protege. Como empresário, não. Todo dia é repleto de instabilidade. Te desafia a se reinventar toda hora, antecipar movimentos de mercado, tomar decisões difíceis que podem te magoar e a outras pessoas. Mesmo assim, para quem tem estômago, é um desafio que te faz crescer, gerar valor aos outros. Somente depois de um bom tempo é que se ganha dinheiro. Porém, ganha-se conhecimento todos os dias.

O Brasil está preparado para esse movimento em sua visão?

Estamos evoluindo. Com o advento da nova lei trabalhista entramos em uma era onde a informalidade precisa dominar. Estamos vivendo a gig economy, ou seja, a economia dos freelancers. Pessoas vão trabalhar por projetos, e não por cargos. É importante dizer que o número altíssimo de desempregados reflete o momento que vivemos. Falta emprego, mas não falta trabalho. Quando deixamos claro a diferença entre ambos, os mercados ganham. Todos crescem com isso.


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