A pandemia de Covid-19 mudou a forma de comprar e vender, acelerando a adesão ao digital e expandindo as possibilidades do e-commerce. Em 2021, os negócios online devem continuar usando diversas ferramentas digitais que ganharam espaço nos últimos meses, como assistentes virtuais e realidade aumentada, além de explorar alternativas ainda pouco usadas, como a venda por lives, proporcionando a interação dos clientes. Em tempos de crise, acontecem grandes mudanças. No ano passado, cerca de 1,3 milhão de lojas migraram para o digital, e boa parte dos consumidores passaram a comprar exclusivamente pelo mobile, conforme o Mercado Pago. Esse cenário gerou crescimento do e-commerce em 56,8% de janeiro a agosto de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A previsão é um crescimento de 26,1% do setor em 2021, com faturamento de R$110 bilhões, conforme a Ebit/Nielsen. Neste contexto, surgem várias inovações, que têm o objetivo de oferecer a melhor experiência de compra para o cliente a partir da implantação de tecnologias que unem os mundos digital e físico. “O digital faz parte da vida de todos, e quem está entrando só agora no digital, já perdeu bastante tempo e oportunidades de aprendizado”, afirma o CEO da Mailbiz (ferramenta e solução de e-mail marketing que tem crescido no mercado), Vinicius Correa.
Vinicius, como o ecossistema e-commerce tem se comportado durante a pandemia?
A pandemia trouxe uma aceleração dos negócios no mundo digital, uma vez que muitas pessoas compraram pela primeira vez digitalmente. Do lado do consumidor, é um novo mundo sendo descoberto. Do lado do lojista, percebo que muitos deles iniciaram o e-commerce de modo desorganizado, quando viram seus negócios físicos impedidos de funcionar ou com restrições. Levou muito mais vantagem quem já estava no online antes da pandemia, obviamente.
Quais ações desse mercado que vieram para ficar pós-Covid?
Penso que as marcas perceberam que não pode mais existir negócio 100% offline. O digital faz parte da vida de todos, e quem está entrando só agora no digital, já perdeu bastante tempo e oportunidades de aprendizado. Terá uma curva mais longa, mas sempre é possível iniciar e aprender, desde que busque parceiros qualificados.
O e-mail marketing continuará vivo em 2021?
Sem dúvida alguma! O e-mail é o canal mais “private” que existe. As pessoas sabem que por ali se comunica algo “sério”, por isso ele é ótimo para o relacionamento entre marcas e consumidores. Obviamente, para o e-commerce ter resultado com esse canal, ele precisa executar a estratégia correta, seguindo as boas práticas. Lembre-se: SPAM não é e-mail marketing!
Como fazê-lo chegar em mais clientes?
Os lojistas que ainda não se preocupam com o seu cliente vão ter dificuldades de crescer com lucratividade. Quem já conhece a marca, já comprou, precisa receber comunicações constantes e segmentadas. Assim como nas redes sociais não se aparece raramente para o consumidor, no e-mail também é preciso haver consistência para se fazer presente na cabeça do seu público.
O boom das assistentes virtuais é algo para estar atento também?
Sim, acredito que sim. É uma forma de escalar atendimento, contudo, não vejo como uma ferramenta que atuará sozinha gerando conversões. Nem todo consumidor quer “conversar”. Essa ferramenta precisa ser usada em conjunto com outras iniciativas focadas no consumidor.
Natura, Magazine Luiza e Casas Bahia, são as empresas que mais souberam utilizar essa tecnologia com assertividade?
Creio que sim. O legal do assistente virtual ser um personagem é que isso pode ser explorado em diversos meios, como apps, redes sociais e até na TV. No fim, acaba gerando “awareness” importante para a marca.
E as assistentes virtuais por voz?
Aqui vejo muito ainda o que evoluir. O “Voice e-commerce” está recém começando. Creio que no mercado brasileiro ainda levará um tempo para ser relevante, mas é uma promessa interessante.
Como criar um conteúdo que vende no e-commerce?
Antes de tudo, conteúdo só gera venda se ele for relevante para o consumidor. Por isso, quem trabalha com e-mail marketing precisa saber segmentar muito bem o seu público. Saber mesclar conteúdos promocionais com conteúdos informativos é essencial.
As marcas que só “empurram” produtos o tempo todo estão perdendo chances de se relacionar melhor com sua audiência. A discussão é muito mais profunda. O lojista precisa se esforçar para entender qual problema seus produtos resolvem, e aí sim mostrar isso ao público que quer esses problemas resolvidos.
Quais os erros mais comuns na criação desses conteúdos?
O que vejo é muita marca que nem sequer se preocupa em comunicar corretamente os benefícios dos produtos. Uma vez que compramos benefícios, resultados, soluções, é essencial comunicar isso em todos os canais quando se anuncia algum produto. Ofertas e descontos ajudam bastante para vender mais, mas não pode ser só isso. O consumidor é cada vez mais informado e ele quer conectar com as marcas que o compreendem de fato.
Qual a importância do feedback para as empresas que querem utilizar esse conteúdo para vender mais?
As avaliações dos consumidores podem e devem ser usadas nas campanhas de e-mail marketing. Poucas marcas ainda fazem isso! Todo feedback deixado sobre um produto pode ser a dúvida que vários consumidores possuem, portanto, precisam ser expostos. Isso ajuda bastante na conversão em vendas!
O que fará a Mailbiz ser ainda mais valorizada nesse mercado em sua visão?
Creio que nosso foco em mostrar ao lojista claramente sua performance e como melhorar isso, dia após dia, fará com que sejamos cada vez mais reconhecidos no mercado. Não queremos apenas fornecer tecnologia, mas sim insights poderosos que possam fazer os e-commerces crescerem de modo sustentável e lucrativo. Seguiremos firmes buscando cumprir esta missão.
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