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Cusco Rebel fala sobre a arte como transformação

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Cusco Rebel é um artista plástico, autodidata e multidisciplinar, que tem o skate e a rua muito presentes no seu trabalho, buscando como referências, elementos que remetem a esse universo essencialmente urbano. Diretor de arte na produtora Mundo.ag, head de arte na Labof, ex-professor de dois cursos relacionados a criatividade na escola Perestroika (SP/RJ/RS), lida com diversas técnicas, tais como: pintura com spray e tinta acrílica, stencil, colagem e assemblagem. Já realizou trabalhos para diversos clientes como Toddy, Sprite, Converse, Passport, Devassa, Pepsi, entre outros. Gaúcho, mora em Porto Alegre, nascendo em 1974. Fez exposições individuais em São Paulo para inaugurar novos espaços de arte urbana. Ele é hoje um dos nomes mais respeitados da street arte brasileira. Para o portal Panorama Mercantil o artista afirma: “Isso me motiva a continuar produzindo, me dá esse “sangue no olho” pra vida! Outro ponto que acho muito bacana é a leitura visual que o skatista faz da rua, da arquitetura das cidades. Cada ambiente, seja uma escadaria, um corrimão ou rampa gera muitas ideias na cabeça desse cara. Da mesma forma, o artista que gosta de pintar na rua, olha para os muros, prédios, viadutos, com esse olhar criativo”. O artista visual ainda diz com todas as letras: “A arte urbana democratizou a arte. Vejo que o próximo passo é a arte curar, sendo verbo, onde todas as pessoas possam praticar, usando o poder da sua criativida”.

Cusco, como avalia a sua arte em especial?

Vejo como uma ferramenta de transformação, uma possibilidade de ser útil, de inspirar.

A arte deve ter um papel social?

Sempre, seja inspirando, educando, inovando, gerando o progresso e até curando. A arte urbana democratizou a arte. Vejo que o próximo passo é a arte curar, sendo verbo, onde todas as pessoas possam praticar, usando o poder da sua criatividade com mais intensidade.

Qual o papel da transgressão em suas criações?

A arte tem o poder de subverter a realidade, criar novos mundos e experiências. Talvez essa seja a maior transgressão que busco no meu trabalho.

Ser autodidata facilita na hora de dar luz há um novo trabalho?

Não sei se facilita, mas mantém minha busca por aprendizado e novas experiências algo constante. Vejo que posso aprender em cada projeto, seja pela observação ou até pela troca, como nas collabs que faço com outros artistas.

Qual o papel da cultura do skate para a formação do artista e do homem Cusco?

Acho que a lição principal é nunca desistir. Você já viu vídeos de skatistas tentando acertar uma manobra nova. São muitos tombos até acertar, muitas tentativas, e o “sangue no olho” até chegar lá é cada vez maior, é muita vontade de acertar! Isso me motiva a continuar produzindo, me dá esse “sangue no olho” pra vida! Outro ponto que acho muito bacana é a leitura visual que o skatista faz da rua, da arquitetura das cidades. Cada ambiente, seja uma escadaria, um corrimão ou rampa gera muitas ideias na cabeça desse cara. Da mesma forma, o artista que gosta de pintar na rua, olha para os muros, prédios, viadutos, com esse olhar criativo.

O que a arte das ruas lhe ensinou e que você considera como fontes essenciais do seu trabalho?

A possibilidade de transformar um ambiente, na sua parte visual e energia.

Vamos falar novamente sobre transgressões. Qual foi a maior transgressão que realizou como artista?

Não sei se criar o @jesusfelizao ou transformar através de um olhar criativo ambientes carentes, em aulas que dava na Perestroika.

Qual o papel das observações externas na forma e na absorvição do seu trabalho?

É fundamental. É na natureza que mais absorvo informações e inspiração.

O que mais lhe fascina no universo urbano?

As infinitas possibilidades de intervenção.

Como essa fascinação se torna inovação para trabalhos futuros?

Através de estudo e pesquisa. Colocando as ideias em prática, tentando até acertar.

O que será fundamental para que o seu potencial criativo continue a perdurar por um longo tempo?

Estar vivo (Risos).


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