Empresas no Brasil que buscam incorporar a Inteligência Artificial Generativa (GenAI) em suas operações comerciais estão encontrando uma solução viável em data centers externos. Segundo um novo relatório da Information Services Group (ISG), publicado recentemente, há uma crescente demanda por data centers que possam hospedar servidores dedicados a GenAI. Essa demanda não se limita a grandes corporações; pequenas e médias empresas também estão explorando essas tecnologias para desenvolver e experimentar novos casos de uso.
O relatório ISG Provider Lens™ Private/Hybrid Cloud — Data Center Services 2024 para o Brasil destaca que GenAI está amplamente disponível na nuvem, com hiperscaladores oferecendo grandes modelos de linguagem (LLMs) que podem ser utilizados por startups e grandes empresas. Esse acesso democratizado está impulsionando uma nova onda de inovação no mercado brasileiro, permitindo que empresas de todos os tamanhos aproveitem as capacidades avançadas de GenAI para melhorar suas operações.
A utilização de GenAI requer uma quantidade significativa de energia, um fator crucial que as empresas precisam considerar. Anay Nawathe, líder de entrega de nuvem do ISG nas Américas, ressaltou que, devido às limitações da energia limpa proveniente de fontes hidrelétricas no Brasil, fornecedores de colocation e hiperscaladores estão investindo na construção e expansão de parques solares e eólicos. Esse movimento visa garantir um fornecimento sustentável de energia para suportar as crescentes necessidades de processamento da GenAI.
A dependência de fontes renováveis não é apenas uma questão de viabilidade operacional, mas também de responsabilidade ambiental. A expansão de infraestruturas verdes reflete um compromisso com práticas sustentáveis, algo cada vez mais valorizado por clientes e parceiros de negócios. Esse investimento em energia renovável também pode ajudar a mitigar os custos operacionais a longo prazo, tornando os serviços de data center mais competitivos.
Embora haja uma tendência de migração para a nuvem, muitas empresas brasileiras ainda mantêm parte de seus dados em data centers locais. O relatório do ISG sugere que a adoção de uma abordagem híbrida — combinando nuvem pública e infraestrutura local — permite que as empresas distribuam suas aplicações em múltiplos locais e troquem dados através de links privados, sem expor informações sensíveis à Internet pública.
Essa abordagem híbrida tem impulsionado uma expansão robusta no mercado de data centers no Brasil. Houve um aumento significativo no número de fornecedores, no espaço disponível e nos investimentos internacionais em infraestrutura. A necessidade de novos data centers é impulsionada não apenas pelas demandas da GenAI, mas também pelo crescimento orgânico do mercado e pela presença de fornecedores de conteúdo e hospedagem.
Os data centers de colocation no Brasil estão fortemente integrados à rede brasileira de troca de tráfego de Internet, oferecendo conectividade direta com grandes provedores de nuvem pública como AWS, Azure, Google Cloud e Oracle Cloud Infrastructure (OCI). Essa conectividade permite que fornecedores de hospedagem gerenciada e criadores de conteúdo utilizem esses data centers para oferecer serviços altamente disponíveis e hiperconectados.
De acordo com o relatório do ISG, todos os fornecedores de colocation no Brasil têm integrado ferramentas de rede definida por software (SDN) em seus serviços. A SDN permite que as empresas criem data centers virtuais abrangendo múltiplos locais, otimizando a utilização de recursos e garantindo a flexibilidade necessária para atender às demandas dinâmicas dos negócios.
A GenAI exige baixíssima latência para funcionar de maneira eficiente, o que está levando a computação brasileira ao limite. Para atender a essas exigências, data centers estão investindo em infraestrutura que possa suportar operações de alta velocidade e baixa latência. Isso inclui a implementação de redes mais rápidas e a proximidade física dos data centers aos locais de operação das empresas.
Além disso, a computação na periferia (edge computing) está se tornando uma solução cada vez mais relevante. Ao processar dados mais perto da fonte, as empresas podem reduzir a latência e melhorar a eficiência operacional. Data centers que oferecem soluções de edge computing estão, portanto, bem posicionados para atender às necessidades específicas de aplicações GenAI.
Empresas brasileiras enfrentam vários desafios ao adotar serviços de data center e nuvem privada/híbrida. Reduzir o consumo de nuvem pública e desenvolver um roteiro eficaz para a implementação de GenAI são apenas alguns deles. O relatório do ISG fornece orientações valiosas para superar esses obstáculos, destacando a importância de selecionar parceiros de colocation que ofereçam as funcionalidades e custos mais adequados.
O mercado de data centers no Brasil está repleto de oportunidades para empresas que procuram inovar e expandir suas capacidades tecnológicas. A avaliação de 43 fornecedores em quatro quadrantes pelo relatório ISG Provider Lens™ oferece uma visão abrangente das opções disponíveis, ajudando as empresas a tomar decisões informadas sobre suas estratégias de sourcing.
O relatório ISG Provider Lens™ nomeia várias empresas como líderes em diferentes quadrantes, incluindo Edge UOL, Equinix, SBA Edge e T-Systems. Essas empresas se destacam em áreas como serviços gerenciados para grandes contas, serviços gerenciados para o mercado intermediário, hospedagem gerenciada e serviços de colocation.
Além dos líderes estabelecidos, o relatório também identifica empresas emergentes com grande potencial futuro, designadas como Rising Stars. HostDime, Elea Data Centers, Takoda e V8.Tech estão entre as empresas que se destacam nesta categoria, demonstrando um portfólio promissor e alto potencial de crescimento.
Na área de experiência do cliente, a Green foi nomeada ISG CX Star Performer global em 2024, obtendo as maiores pontuações de satisfação do cliente na pesquisa Voice of the Customer da ISG. Esse reconhecimento ressalta a importância de oferecer um serviço de alta qualidade e manter um foco constante nas necessidades do cliente.
Fundada em 2012 por um grupo de empreendedores, a agência de notícias corporativas Dino foi criada com a missão de democratizar a distribuição de conteúdo informativo e de credibilidade nos maiores portais do Brasil. Em 2021, foi considerado uma das melhores empresas para se trabalhar.
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