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Eats For You conecta donos e donas de casa

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A Eats For You – marketplace de refeições caseiras que conecta donas e donos de casa com quem deseja se alimentar com uma comida feita artesanalmente não precisou se adaptar durante a pandemia. A economia positiva sempre esteve presente no DNA da startup. “O que se vê hoje são empresas revisando processos e produtos para uma versão mais sustentável e responsável. A Eats já nasceu com esses valores e todo seu crescimento ao longo dos anos teve os pilares do ESG como norte”, explica Nelson Andreatta, CEO da Eats For You. Ter nascido dessa forma faz com que a empresa consiga alinhar imagem e valores ao ESG sem maiores dificuldades, algo muito observado pelo mercado. “É notável o interesse do mercado para empresas que sejam ESG da porta pra dentro e não apenas da porta pra fora. São inúmeros os exemplos de grandes corporações adotando iniciativas de sustentabilidade, no intuito de se adaptarem à nova realidade”, avalia Andreatta. Alinhada a tais práticas, a Eats For You já realizou diversas ações com impacto socioambiental positivo. Desde seu nascimento, em 2017, foram produzidas mais de 100 toneladas de refeições, gerando mais de R$2 milhões de renda formal para a base de tios e tias da plataforma. A startup gera uma renda média de dois salários mínimos por mês para cada cozinheiro ou cozinheira. A expectativa é atingir R$2,5 milhões ainda em 2021.

Nelson, como você enxerga a Eats For You em seu mercado de atuação?

A Eats for You é uma ESG Foodtech que atua como um marketplace de refeições caseiras, que conecta donas e donos de casa com pessoas que querem resgatar o hábito de se alimentar com uma comida feita artesanalmente. Ao conectar estes cozinheiros, o aplicativo proporciona a geração de renda formal, por meio da inclusão produtiva e fomento do pensamento empreendedor. Com a pandemia e o movimento do home office, inovamos para manter a geração de renda das famílias que dependiam do app. Por isso, desde 2020, a Eats For You tem atuado além dos pontos de take away e Delivery, com a estratégia de food bank, ou seja, um banco de doações.

Quais os maiores obstáculos que tiveram que ser transpostos para que a empresa pudesse mostrar o seu valor em seu setor?

Valor se gera com propósito, transparência e resultados. Estas são premissas básicas da Eats for You, então, o desafio foi atuar com consistência até que o mercado reconhecesse estas características e somos muito gratos pela confiança que recebemos de todo o ecossistema.

A Eats nasceu em Cuiabá. Quais os pilares foram inseridos no momento da sua criação?

Enxergávamos duas dores muito claras: a demanda por uma alimentação mais saudável, gostosa, a preço justo e com total comodidade e a necessidade urgente de geração de renda formal. Naquele momento, estávamos em meio à crise de 2016/17, mais de 12 milhões de desempregados, então os pilares básicos foram e são o da economia positiva, empreendedorismo social e governança sustentável.

Como esses pilares moldam a empresa no estágio atual?

Todas as decisões da Eats passam por estes pilares, pois, eles se tornaram nosso propósito, a base da nossa cultura. Se não for um bom negócio para todos os envolvidos, o caminho tem que ser revisado.

O que tem direcionado a startup durante a pandemia?

A pandemia de Covid-19, que já dura mais de um ano, deixa consequências sérias em todo o Brasil. Além do número de casos de contágio, as mortes, o desemprego, fome e o frio também assolam o país. Os danos são inúmeros e irreparáveis para a sociedade como um todo, principalmente para as mais de 24 mil pessoas que vivem em situação de rua na cidade de São Paulo.

Pensando em ajudar esse público e continuar gerando renda formal para as donas e donos de casa, nós da Eats for You e o aplicativo de pedidos Pede Pronto, um negócio da Alelo, resolvemos agir e implementar um novo canal para doação de refeições à população em situação de vulnerabilidade, com a campanha #100MilSemFome, que tem como objetivo distribuir 100 mil refeições para população em situação de rua, gerando renda formal para as famílias que produzem, entregadores e fomentar o comércio local, onde os insumos são adquiridos. A ação apoia a RedeRua, uma instituição sem fins lucrativos que contribui para promover o resgate dos direitos à vida digna da População em Situação de Rua. Até agora, mais de 40 mil refeições já foram doadas e mais de R$400 mil foram gerados em renda formal para as famílias da plataforma. Mas para atingirmos a meta, contamos com o apoio de doações de pessoas e empresas. E as doações feitas pela Pede Pronto, serão dobradas pela plataforma.

As doações podem ser feitas a partir de qualquer valor, via PIX pela chave juntos@eatsforyou.com.br, ou pelo site https://www.eatsforyou.com.br/100milsemfome. Além disso, a campanha disponibiliza doações maiores, com kits de 1, 5 e 10 mil refeições, para pessoas ou empresas que queiram apoiar a ação. Neste caso, basta entrar em contato pelo e-mail 100milsemfome@eatsforyou.com.br.

Também é possível doar por meio do aplicativo Pede Pronto. O usuário só precisa acessar o aplicativo, disponível nas versões Android e iOS, clicar na imagem do “Eats for You – Doação”, selecionar no cardápio o número de marmitas que pretende doar e realizar o pagamento. Automaticamente, o Pede Pronto repassa o valor e ainda dobra a doação.

Como funciona a operação que conecta donos e donas de casa que buscam renda e pessoas à procura de uma alimentação saudável?

As donas e donos de casa se cadastram pelo nosso app ou pelo site www.eatsforyou.com.br e, após passarem por um rigoroso processo de validação, podem ofertar seus pratos. A Eats for You proporciona todo o suporte de embalagens, sistema de pagamento e logística para as tias e tios. Os consumidores acessam o aplicativo, analisa se já atendemos sua região, escolhe os pratos preferidos e optam por retirar em um Ponto Eats mais próximo ou receber via delivery.

Quantas refeições já foram comercializadas pela Eats?

Já produzimos mais de 100 toneladas de refeições, gerando mais de R$1.7 MM de renda formal e com expectativa de atingir R$2 MM ainda em 2021.

O que é fundamental para uma foodtech que queira ter êxito em sua jornada?

Não vale só para foodtechs, mas acredito que seja ter clareza sobre o problema que a foodtech se propõe a resolver. Primeiro, se a dor realmente existe e qual o tamanho dela, depois, como resolver, entender se a solução e operação é sustentável. Se estes questionamentos forem validados, não só no PowerPoint ou Excel, mas no mundo real, durante a prototipagem e MVP, aí sim, você tem um caminho pela frente. Não sem desafios, grandes desafios, mas tem um caminho promissor.

Em que momento o ESG é inserido no DNA da startup?

Desde o surgimento da Eats For You. A Eats nasceu com DNA de ser um grande negócio capaz de impactar positivamente a vida de muitas pessoas e em todas as frentes – a premissa sempre foi ser um bom negócio para todos os envolvidos, inclusive o planeta, afinal, é onde vivemos -, desta forma, o modelo ESG está em nosso DNA, apenas passamos a classificar desta forma assim que o mercado nomeou o modelo. Antes do ESG, era complicado explicar nosso modelo, alguns classificavam como ONG, outros como um negócio social e mesmo como uma empresa convencional. E, na verdade, somos um negócio de impacto social, agora classificado como uma ESG Footech.

Quais as ações de impacto socioambiental realizadas pela ESG podemos destacar?

Ambiental: Embalagem com tecnologia de produção mais sustentável, totalmente reciclável e alto controle de desperdício. Social: A Eats foi criada para resolver duas grandes dores: oferecer alimentação feita em casa, minimamente processada, muito mais saudável e gerar renda formal para donos e donas de casa que amam cozinhar. Com a pandemia, a startup lançou a campanha para arrecadação de 100 mil refeições e geração de renda formal para famílias produtoras. O próprio modelo de negócio da Eats fomenta o empreendedorismo em nossa base produtora. Ajudamos donas e donos de casa com gerenciamento de estoque, logística, precificação e planejamento.

Por que esse movimento é o único caminho para um mundo melhor?

Temos uma visão clara de que “Sem impacto positivo, não há futuro”, o raciocínio é básico, é questão de inteligência, sobrevivência. Ou mudamos o modelo de consumo e lucro exacerbado, ou o planeta seguirá, mas sem nós. Por isso acreditamos que o ESG é um movimento que surgiu de forma orgânica. As grandes empresas, o próprio mercado financeiro e os consumidores, em geral, perceberam que empresas não podem visar apenas o lucro pelo lucro. Foi constatado que o Estado, atuando sozinho, não é capaz de promover a contento políticas ambientais e o bem-estar social da comunidade. Esse papel vem, paulatinamente, sendo dividido com as empresas e percebemos o movimento da sociedade comprando essa estratégia como o caminho certo para atingirmos metas importantes, como os ODS para 2030 da ONU.


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