Com a chegada do mês de dezembro, o planejamento para a ceia de Natal torna-se uma preocupação central para muitas famílias brasileiras. A tradição das festas de fim de ano no Brasil é marcada por mesas fartas, recheadas de pratos que variam entre as famosas rabanadas, peru assado, panetones e, claro, bebidas que acompanham esse cenário festivo. Contudo, os desafios econômicos do país, aliados à inflação persistente, têm obrigado os consumidores a repensar suas escolhas. Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a cesta de Natal ficou 8% mais cara em 2024, com um aumento que elevou seu custo médio de R$ 321,13 para R$ 345,83. Esse reajuste reflete diretamente no bolso do consumidor, já sobrecarregado com outras despesas típicas de fim de ano, como presentes e viagens.
A principal estratégia apontada por especialistas para lidar com essa alta nos preços é a adoção de marcas próprias dos supermercados. Estes produtos, também conhecidos como marcas brancas, podem custar, em média, 25% menos do que os itens das marcas consolidadas. Para Giovana Tung, diretora comercial da Massa X, essa alternativa não apenas representa economia, mas também impulsiona a diversificação de mercado e a inovação no setor de varejo. Apesar disso, o hábito de consumo do brasileiro, muitas vezes, ainda está fortemente atrelado a marcas tradicionais, diferentemente do que ocorre em países europeus.
Estudos recentes indicam que 54% dos brasileiros pretendem economizar na ceia deste ano, mas a confiança nos produtos de marca própria ainda é baixa. Enquanto na Europa redes como Aldi e Lidl dominam o mercado com uma ampla gama de itens próprios, no Brasil, essas opções precisam conquistar espaço no imaginário do consumidor. A resistência cultural e a falta de familiaridade com essas marcas representam barreiras que o setor varejista busca superar por meio de investimentos em qualidade e estratégias de fidelização.
A mudança de comportamento, no entanto, já começa a ser percebida. Dados revelam que a procura por itens mais econômicos aumentou significativamente, motivando as redes de supermercados a expandirem suas ofertas de produtos de marca própria. Esse movimento permite não apenas a redução de custos para os consumidores, mas também a ampliação das margens de lucro para os estabelecimentos, criando um cenário vantajoso para ambas as partes.
A inflação tem sido uma das principais responsáveis pela elevação dos preços dos alimentos nos últimos anos. Em 2024, itens como carnes, bebidas e sobremesas registraram aumentos superiores à média, pressionando o orçamento das famílias. Além disso, a desvalorização cambial e os custos logísticos durante o transporte de mercadorias também contribuíram para encarecer os produtos típicos de Natal.
Com preços até 25% menores, as marcas próprias têm se destacado como uma alternativa viável para economizar na ceia de Natal. Supermercados investem em produtos com qualidade equivalente às marcas tradicionais, oferecendo itens como panetones, carnes e congelados a preços mais acessíveis.
Embora mais econômicas, as marcas próprias enfrentam resistência cultural no Brasil. Consumidores tendem a priorizar marcas consolidadas, associando-as a qualidade e tradição. Isso contrasta com a Europa, onde marcas brancas dominam o mercado, incentivadas por hábitos de consumo mais flexíveis.
Planejar a ceia com antecedência, pesquisar preços e optar por marcas próprias são estratégias essenciais para manter a qualidade sem extrapolar o orçamento. Além disso, substituir pratos mais caros por alternativas econômicas pode ajudar a equilibrar os custos.
Para os supermercados, investir em marcas próprias não é apenas uma estratégia de oferecer economia ao consumidor, mas também uma forma de ampliar margens de lucro. Esses produtos permitem diversificar o portfólio e fortalecer a fidelidade dos clientes.
Educar o consumidor sobre a qualidade das marcas próprias é crucial para mudar hábitos de compra. Campanhas que destacam a economia e os padrões de fabricação desses produtos podem incentivar mais brasileiros a experimentá-los.
Com a tendência de aumento nos custos dos alimentos e a busca por alternativas mais acessíveis, o consumo de marcas próprias tende a crescer. Essa mudança poderá redefinir a forma como os brasileiros preparam suas ceias, equilibrando tradição e inovação.
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