Fundada em 2010, em São José do Rio Preto, no interior paulista, a Ecori Energia Solar tem como meta desmistificar a ideia de que energia solar é um sistema caro e feito para o benefício de poucos. Os sócios-fundadores da empreeitada Leandro Martins, Tiago Martins e Marcelo von Gal estudaram o mercado nacional e internacional em busca de uma solução acessível e eficiente capaz de tornar a energia solar possível para um maior número de pessoas. Depois trouxeram ao Brasil uma tecnologia conhecida pela sigla MLPE, que em português significa “eletrônica de potência em nível de módulo”. Segundo Leandro Martins, o sistema trazido por eles apresentam algumas vantagens sobre os tradicionais, como a possibilidade de monitorar individualmente as placas fotovoltaicas, flexibilidade de instalação, tempo maior de garantia, possibilidade de instalar mais placas posteriormente, o que não é possível na maioria dos atuais sistemas conectados em série. “Acreditamos sempre no trabalho duro, na responsabilidade e na ética. Continuamos oferecendo treinamentos e cursos gratuitos de capacitação aos nossos parceiros e temos a certeza que quando tudo isso passar estaremos ainda mais fortes. Por mais que estejamos trabalhando com crescimento em relação ao mesmo período do ano de 2019, as vendas seriam bem maiores caso não estivéssemos enfrentando a pandemia”, afirma o empresário Leandro Martins.
Leandro, como o Brasil se encontra hoje quando o assunto é energia solar?
A energia solar conectada à rede elétrica que conhecemos hoje se iniciou em 2012 com a Resolução da Aneel 482/2012. Desde então, o mercado cresce ano a ano de 200% a 400%. No ano de 2019 em relação ao ano de 2018 o setor apresentou um crescimento de 370%. Agora, diante da pandemia que enfrentamos ainda temos um crescimento de 100% em comparação ao mesmo período do ano passado. Isso mostra uma certa imunidade do setor em relação às crises enfrentadas pelo país. Lembrando que os crescimentos vividos em anos anteriores também se apresentaram diante de um cenário de crises e turbulências no Brasil.
Em que momento surge a Ecori nesse cenário?
Acreditamos sempre no trabalho duro, na responsabilidade e na ética. Continuamos oferecendo treinamentos e cursos gratuitos de capacitação aos nossos parceiros e temos a certeza que quando tudo isso passar estaremos ainda mais fortes. Por mais que estejamos trabalhando com crescimento em relação ao mesmo período do ano de 2019, as vendas seriam bem maiores caso não estivéssemos enfrentando a pandemia. Trabalhávamos desde o final do ano passado com previsão de 300% de crescimento já no primeiro trimestre de 2020 e este número não se concretizou. De qualquer forma, estamos felizes, pois, o mercado segue tendo demanda e este fator é o mais importante. Nossos parceiros conseguirão sobreviver durante este momento difícil que o mundo enfrenta.
Quais são os principais pilares da empresa?
Somos conhecidos no mercado brasileiro por sempre trazermos as tecnologias mais avançadas, treinar, capacitar, educar e compartilhar conhecimento gratuitamente por todo o país. Esta vanguarda é muito importante para nós e sempre trabalharemos desta forma. Nossos caminhões e nossos materiais de marketing usam, por exemplo, as frases, “Energia Solar não é tudo igual” e “Energia solar ao alcance de todos”. Em poucas palavras estes são os pilares da nossa empresa e das tecnologias que oferecemos.
Qual o maior diferencial da sua organização?
Além da vanguarda já mencionada e capacitação gratuita, temos muito orgulho em praticar a humildade em todos os níveis da empresa. Acreditamos em humildade com capacidade e proibimos a arrogância, que na maioria das vezes é usada para disfarçar a ignorância.
A ideia da energia solar cara ainda encontra ecos dentro da nossa sociedade?
Sim, ainda existem pessoas que pensam assim. Mas evoluímos muito nesse sentido. Hoje, o Brasil é um dos países mais viáveis financeiramente para aquisição de sistemas fotovoltaicos. O retorno do investimento na maioria das vezes não chega a demorar cinco anos e estamos falando de um sistema que fica décadas gerando renda para os proprietários. Isso também favorece nossas soluções, pois, temos a maior garantia e maior vida útil de equipamento do mercado mundial.
Quais os maiores desafios para fazer essa energia solar chegar a todos?
Primeiramente, precisamos vencer algumas barreiras legais. O fato de operarmos debruçados em cima de uma resolução e não de uma lei é um dos pontos que acho mais relevantes no momento que vivemos. Muitos políticos, associações do setor, empresas como nós, estão se mobilizando para que tenhamos o marco regulatório o mais rápido possível. Acredito que após essa conquista teremos mais boa vontade das instituições financeiras no que diz respeito a taxa de juros mais atrativas e também da iniciativa pública para gerar incentivos às classes menos privilegiadas. A tecnologia de microinversores já possibilita a instalação de sistemas pequenos, médios e grandes e, assim, surgiu a Ecori. Participamos de alguns projetos em conjuntos habitacionais e alguns estão em desenvolvimento. A tendência é que mais e mais vejamos a energia solar em todas as classes sociais.
O que foi fundamental para a empresa ter se destacado no mercado de 2010 (ano que Ecori foi fundada) para cá?
Muito estudo, acreditar no que é o correto e perseverar, praticar a humildade e ter relacionamento estreito com nossos clientes. Com trabalho duro, ética e honestidade qualquer negócio pode se destacar, mesmo negócios em setores estagnados podem crescer e isto já vi durante minha vida. Muitos se acovardam diante dos desafios e correm para se esconder da chuva. Temos coragem para enfrentar os desafios e planejar nossas ações com responsabilidade sempre.
Qual a importância da Resolução Normativa 482 da Aneel?
A Resolução 482 possibilitou tudo que estamos vivendo no setor hoje desde 2012. Mas hoje precisamos de um marco regulatório para não ficarmos sob a mira de gigantes do setor elétrico que já demonstram há anos um grande incômodo perante o setor de energia solar e estão atuando junto à própria Aneel para tentar deixar nosso setor menos atrativo ao público.
A crise pandêmica atrapalhou os planos da Ecori em algum sentido?
De certa forma acho que afeta a grande maioria das empresas. No caso da Ecori, contamos com um crescimento muito grande ainda em relação ao mesmo período do ano passado. Maior ainda que o próprio crescimento do mercado. Mas é claro que este número poderia ser pelo menos três vezes maior caso não tivéssemos enfrentando esta pandemia.
R$ 1 bilhão de faturamento ainda é uma meta para 2020?
Ainda existe a possibilidade. Tudo vai depender do período de duração da pandemia. Espero um segundo semestre começando devagar, mas acelerando fortemente depois do mês de julho. Aí, teremos alguns meses ainda para superar a meta de R$ 1 bilhão, quem sabe até mesmo antes do final do ano.
Você se considera um visionário, principalmente por ter trazido a MLPE para o nosso país?
Sei que muitas pessoas me consideram assim e sou grato. Mas eu trouxe algo que já existia em países desenvolvidos. Tivemos o cuidado em escolher fabricantes de renome para garantir a qualidade dos produtos. Quem pensa em comprar e vender o mais barato, esquecendo de qualidade, pode até prejudicar o setor com produtos e marcas de qualidade duvidosa. Vender valor é mais seguro que vender preço. Agregar valor à marca Ecori e de nossos parceiros nos dá segurança e também ao mercado. Assim seremos sempre. Estamos no mercado não pensando no hoje e, sim, pensando em gerações que ainda estão por vir.
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