Elisa Gorgatti começou sua carreira na propaganda trabalhando com produção de áudio: compondo trilhas e jingles na produtora Friends. Logo em seguida, foi pra DM9 onde começou a caminhada por agências. Advertising, Digital, Interactive Advertising, Marketing Direto, Marketing Político foram as experiências que fez questão de ter durante esses anos, porque sabia que chegaria um momento em que a comunicação não teria mais barreiras entre mídias e canais, sendo que o digital revolucionaria completamente o comportamento do consumidor, sua relação com as marcas e por consequência, o modelo de negócio das agências. Redatora na MRM e Ogilvy, coordenadora de criação na ID/TBWA e diretora de criação e ex-sócia da Today Propaganda, Elisa trabalhou para as maiores marcas do país. Na Publicis Brasil, liderou o núcleo de Nestlé, Arno e outras contas internacionais. Atualmente é líder criativa e fundadora da consultoria ARCA. “Na minha humilde opinião e por ser criativa, acredito que quem trabalha com criação vai ser cada vez mais valorizado. Como disse lá em cima, na era dos dados, a única coisa que as máquinas (ainda) não fazem é ter o poder do encantamento, do que não é mensurável. Quando olhamos para uma identidade visual criada por um designer, que transforma a percepção de uma marca mundialmente, estamos diante de um elemento subjetivo, cativante e que pode mudar um business”, afirma.
Elisa, para onde caminha o mercado publicitário?
Estamos vivendo um momento onde os dados são reis, mas se esses dados não forem transformados em informações relevantes e que sobretudo reflitam o comportamental das pessoas e as cativem, eles não servem pra nada. O que quero dizer com isso é que cada vez mais a criação vai precisar ser extremamente bem fundamentada, alinhada com a estratégia do cliente e que traga resultados muito tangíveis.
E as agências?
As agências precisam se adequar a esta nova realidade, revendo seus modelos de negócio, perfis profissionais e métodos de trabalho.
O que o mundo da publicidade lhe ensinou nesses anos de profissão?
Penso que a publicidade nos traz um frescor diário. Para criar algo novo, precisamos observar tudo à nossa volta. Desde o comportamento das pessoas, referências do mundo das artes, movimentos mundiais, sociais e isso amplia demais nossa mente e nosso olhar.
Quais foram as principais mudanças desse mercado e que você gostaria de destacar?
De dois anos pra cá, tenho visto um forte movimento das agências em melhorarem a qualidade de vida de seus funcionários e promoverem uma maior inclusão de mulheres em cargos de liderança.
Qual o papel do criativo nesse ecossistema?
Na minha humilde opinião e por ser criativa, acredito que quem trabalha com criação vai ser cada vez mais valorizado. Como disse lá em cima, na era dos dados, a única coisa que as máquinas (ainda) não fazem é ter o poder do encantamento, do que não é mensurável. Quando olhamos para uma identidade visual criada por um designer, que transforma a percepção de uma marca mundialmente, estamos diante de um elemento subjetivo, cativante e que pode mudar um business. E de encantamento, o mundo sempre vai precisar.
A sua memória visual é bastante acionada na hora da criação?
Claro. Sem dúvida!
Em que momentos as observações externas e as reflexões internas fazem a diferença em seu ofício?
O tempo todo. Esse encontro de algo que está acontecendo lá fora, com algo que você está sentindo dentro, geralmente é uma soma potente e que transforma a criação em algo extremamente eficiente.
Quais as ferramentas cruciais de um líder criativo num mundo altamente conectado?
Conhecer as pessoas. Os superiores. Os pares. Os clientes. A equipe. A população.
Como o tripé criatividade, estratégia e gestão devem ser direcionados no mercado em que atua?
Essa é uma tríade essencial para o nosso negócio e para dar certo a primeira coisa que as pessoas devem fazer é criar consciência de que todos esses elementos são de igual importância e trabalhar de uma maneira verdadeiramente colaborativa.
Quais os principais desafios em que está inserida atualmente?
Ajudar a transformar as relações de trabalho e resgatar o elo de confiança entre cliente e agência. Para isso, criei uma consultoria chamada ARCA, que usa uma das metodologias de trabalho mais modernas do mundo, que se chama método-mesa. Com esse método, junto cliente, agência e especialistas do mercado pra resolverem juntos seus desafios de comunicação e conteúdo.
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