O REBU, cuja sigla significa Revolução, Elegância, Brasilidade e Utopia, é um estúdio de branding, design e criação, que esse ano com a visibilidade internacional adquirida após os prêmios recebidos no Type Directors Club de Nova York e do Latin American Design Awards, foram procurados por diversas empresas americanas, o que promoveu a abertura de trabalhos do REBU em Miami, na Flórida. Miami vive um crescimento do ponto de vista criativo, com muitas empresas, startups e empreendedores que têm deixado regiões como Califórnia e Nova York, e se estabelecendo na Flórida, apontada como novo polo de inovação no território americano. O REBU, empresa dos sócios Pedro Mattos e Fernando Andreazi, atuou neste ano de forma embrionária. “Passei 3 meses em Miami para estudar o mercado, desenvolver projetos e fazer contatos para que em 2022 possamos nos estabelecer na cidade. Nosso plano é ser um estúdio brasileiro com operações internacionais nos próximos 2 anos”, afirma Fernando. “Para nós é emocionante ver o REBU se alastrando internacionalmente. Acreditamos na criação com mais ousadia e autenticidade. Isso tem valor em qualquer lugar”, completa Andreazi. O estúdio já criou e desenvolveu a marca de empresas como Inter, Bacio di Latte, Nude e N45 Negroni e foi reconhecido em prêmios como Latin American Design Awards, Type Directors Club, Brasil Design Awards e Fast Company Design Innovation Latin America.
Pedro, como surgiu o REBU?
Criatividade tem a ver com coragem, com momentos de desconforto, com intimidade, com intuição, com sociedade e com inteligência. Todas essas dimensões são inseparáveis. Percebemos em nossa experiência que muitas pessoas se escondem em processos longos e isolados. A conclusão sempre acaba com uma fórmula onde se desconsidera o incômodo de ver algo novo. É desse anseio que o REBU nasce.
A Utopia faz parte do nome do estúdio. Qual a importância dessa palavra no conjunto e na estrutura do REBU?
Utopia por definição consiste num estado ideal. E esse idealismo tenciona muita coisa. Diversidade, respeito, humildade, e proximidade com parceiros, clientes e marcas que querem mudar o jogo conosco são alguns pontos onde este valor é vivido.
Quais os grandes pilares do estúdio?
Nosso nome é um acrônimo dos nossos valores. R.E.B.U. Revolução, Elegância, Brasilidade, Utopia. Na prática: Revolução não é opcional.
Porque num cenário tão mutável quanto o atual, marcas precisam de coragem e ousadia para construírem uma personalidade forte.
Elegância é para todos.
Porque a gente acredita que boas ideias e execuções primorosas de comunicação não são exclusividade de determinadas marcas e públicos. Construção de imagem e discurso tem um papel educativo na nossa sociedade e a comunicação de qualidade leva isso em consideração.
Brasilidade
Porque o Brasil é a nossa origem e o nosso coração.
Porque as dificuldades que todos superamos todos os dias nos torna mais fortes e resilientes.
E porque é nossa obrigação mostrar a qualidade global do que conseguimos desenvolver sem esquecer de onde viemos.
Utopia
Porque a utopia nos faz querer puxar o mundo pra frente.
Porque a gente realmente acredita que quando unimos uma boa ideia de serviço ou produto com um discurso potente e pessoas incríveis, melhoramos a sociedade.
Como o estúdio define a criatividade em seu cenário de atuação?
Hoje criatividade e tecnologia estão inseridas profundamente no nosso dia a dia. Consumo, dados e produção de conteúdo se misturam cada vez mais. Sob a ótica de construção de marcas, esse cenário traz um novo entendimento sobre público, velocidade de produção, estética, linguagem, pontos de contato da marca e sobre novos modelos de negócio. É aí que a REBU se posiciona, pois, essa nova dinâmica fomenta a oportunidade de construir um modelo híbrido de agência + consultoria, especialistas em construção de marca. Fora do Brasil isso já é realidade. É um modelo que prepara a marca para seus primeiros passos com a velocidade e atitude que o mundo atual exige.
Podemos dizer que a multidisciplinaridade é a força motriz da criação?
Sim. Times multidisciplinares são fundamentais para um entendimento mais aprofundado sobre temas complexos. A ideia tem que conviver e respeitar diversas dimensões técnicas e culturais, e para isso discussão e multidisciplinaridade são fundamentais.
O que o design deve ter além da forma e da função?
Darwin dizia que o único enigma em suas teorias era o pavão, pois, de todos os animais que ele estudou para elaborar a teoria da evolução ele era único que tinha ornamentos “não funcionais” para evolução da espécie. Sua cauda o deixava lento e mais suscetível aos predadores. Depois foi descoberto que a apesar de deixá-lo lento e desengonçado a cauda o auxiliava na “função social” da espécie.
Um bom design faz esse tipo de leitura fina de sociedade quando projeta a forma. Exuberância, vernaculidade, contexto e conceito são alguns elementos que bom design deve considerar além de sua função intrínseca.
Como um design se torna ideal em sua visão?
Um equilíbrio entre conceito sensível e execução primorosa.
Quais elementos de uma boa narrativa?
Narrativas boas têm personagens bem definidos com personalidades únicas. Tem ritmo. São histórias imprevisíveis e, ao mesmo tempo, inevitáveis.
Uma boa narrativa pode mudar a trajetória de uma marca?
Com certeza. Alguns exemplos:
Amazon. De A a Z. Um conceito que direciona a elasticidade de atuação.
Starbucks. The 3rd place. É um lugar convidativo que existe entre sua casa e seu trabalho.
AirBnb. Belonging anywhere. Mais do que couch surf, fala de pertencimento.
E algumas tão potentes quanto, que o REBU desenvolveu:
Nude. Desperte para o essencial. Traz irreverência, sabor e simplicidade para o universo dos leites vegetais.
Dengo. Da origem ao original. Mostra o melhor e mais autêntico Brasil de maneira criativa e contemporânea, direcionando todas as expressões e ações da marca.
Inter. Viver é inter. Inter é mais que um banco, é um conjunto de soluções para uma vida interconectada.
Quais outros pontos são de extrema importância no direcionamento de uma marca que visa o sucesso em sua empreitada?
1. Saber que marca é mais que produto.
2. Pessoas compram histórias e promessas. Um produto de qualidade e endossa essas histórias.
3. Branding é no gerúndio por um bom motivo. O trabalho real da marca começa depois do projeto de marca.
4. Marca boa dialoga com o hoje sem perder a própria história.
5. Melhor que acompanhar modismos é ter personalidade, consistência e coerência.
6. Marca se constrói de dentro para fora. Viver os valores da empresa é fundamental para reter talentos e construir marca.
Qual o papel da experiência nesses novos tempos da comunicação?
Experiência é tudo. É o que facilita e motiva a compra num trabalho de interface; é o atendimento e a história contada numa loja; é o tom e a agilidade na resposta de call center ou num robô; é impacto do feed e do lifestyle da marca no Instagram. Tudo é experiência.
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