Antes de embarcar no universo da tecnologia, o sonho de infância de Murilo Gomes era ser um tenista profissional e, para tanto, dedicou-se inteiramente ao esporte. Começou a praticar a modalidade aos nove anos, e aos 12 já participava de grandes torneios como o da Federação Paulista de Tênis, e da Federação Brasileira, chegando inclusive, a viajar por diversas cidades do país. Aos 17 anos, pausou os estudos e mudou-se para a Argentina, com o intuito de dedicar-se exclusivamente aos treinos durante o período de um ano. Foi durante esse tempo fora, que Murilo reconsiderou sua carreira como tenista. De lá pra cá, prestou consultoria de TI, a expertise na área foi tanta que, aos 24 anos, criou a MAGIT, inicialmente um projeto para tocar sozinho. Com cada vez mais projetos em vista, em 2017 foi posto à prova: ou recusava as novas propostas, ou desenvolvia uma equipe. A empresa ganhou notoriedade em Ribeirão Preto, quando em 2019, conquistou um grande projeto em um cliente na cidade, mas foi em 2020, durante a pandemia, que duplicou a quantidade de funcionários, aumentou em 150% o faturamento, encerrando o ano com R$8,5 milhões. Em 2021 já estava com 130 colaboradores, 23 clientes e um faturamento expressivo de R$13,5 milhões. A expectativa para este ano é crescer 40%, chegando a R$18,9 milhões. “Queremos fortalecer cada vez mais a marca da MAGIT”, afirma o empreendedor.
Murilo, quais os insights que você trouxe do tênis para o mundo empresarial?
O tênis é um esporte individual que exige muita dedicação, concentração e a necessidade de muitas vezes fazer escolhas voltadas para os resultados dele do que algo que seja de vontade pessoal como sair ou passear. Outro ponto muito importante no tênis é que a maioria dos jogadores mais perdem do que ganham, o que te vê enxergar a frustração como algo natural. Quanto entrei na faculdade e posteriormente no mercado de trabalho, trouxe toda essa dedicação e aprendizado para a carreira.
Qual foi a grande questão que fez você reconsiderar a carreira de tenista profissional?
Conseguir reconhecer que não tinha a capacidade de me tornar um profissional para viver do esporte.
A tecnologia aparece nesse momento em seu caminho?
Eu sabia que queria algum curso na área de exatas, pensei em Engenharia Civil para trabalhar com meu pai, mas meu padrinho me encorajou a fazer Engenharia de Produção para trabalhar na empresa dele. O curso não abriu por falta de inscrições e a secretária sugeriu dois cursos Engenharia Química ou de Computação, como sempre gostei muito de computador escolhi o segundo. No primeiro semestre comecei aprender Lógica de Programação, que foi amor à primeira vista e me dedicava todos os dias a tudo que fosse relacionado à matéria.
Quanto tempo se passa da sua desistência do tênis e da criação da MAGIT?
Oito anos
Fale um pouco mais sobre a sua empresa.
A MAGIT atua em quatro pilares na Transformação Digital, sempre focada em trazer o retorno de investimento feito pelo nosso cliente.
Em que pilares estão alicerçados o norte que é seguido pela MAGIT em seu mercado de atuação?
Outsourcing e Alocação de Profissionais no desenvolvimento de software;
Business Experience que consiste na consultoria, mapeamento da jornada e automação dos atendimentos;
Consultoria, mapeamento e automação de processos e tarefas utilizando RPA;
Inteligência de dados, desde dashboard mais simples até tomadas de decisões mais avançadas utilizando Inteligência Artificial.
Durante a pandemia a empresa cresceu. Por que você acredita que isso ocorreu?
A demanda por desenvolvimento na pandemia aumentou muito e trouxe um crescimento muito grande à MAGIT. Com a necessidade de muitos segmentos de levar seus serviços de maneira digital por conta do distanciamento social, muitas empresas tiveram que colocar em prática o que só estavam adiando fazer, a tecnologia começou a ser vista como meio de faturamento, resultados ou até mesmo de sobrevivência ao invés de custo como era vista.
No que as empresas têm pecado em meio a chamada transformação digital?
O termo virou puro marketing e chamada de venda, uma transformação digital não é apenas reformular um site ou fazer um app, isso pode ser parte da transformação digital. A transformação digital envolve mudança de cultura, processos e valores da empresa, utilizando a tecnologia como meio para chegar em resultados expressivos do retorno do investimento.
Como a MAGIT tem ajudado as empresas a serem mais assertivas no digital, seja automatizando processos ou fazendo a manutenção de sistemas aplicados?
Sempre temos em mente o ROI que vamos apresentar para nossos clientes, seja com a produtividade de um profissional da MAGIT e nossos diferenciais nessa área em caso de necessidade de recolocação, seja com nossas automações para trazer mais produtividade e retorno financeiro. Somos muito transparentes, se nosso trabalho não tiver ROI falaremos e buscaremos outras viabilidades.
Quais as tendências da transformação digital que são fundamentais para quem quer atuar no digital em sua visão?
As ferramentas estão cada vez mais poderosas, a tecnologia está evoluindo cada vez mais rápido, mas no curto prazo:
RPA que apesar de muitos já estarem usando ainda é um mercado que crescerá exponencialmente e o ROI é muito fácil de demonstrar;
Fábrica de dados, juntando as informações de diferentes fontes em um datalake e trabalhar em sua análise;
Inteligência Artificial para tomadas de decisões.
Além do faturamento de 18 milhões de reais, quais as outras aspirações da MAGIT para o ano de 2022?
Queremos fortalecer cada vez mais a marca da MAGIT como um parceiro que trará os resultados utilizando a tecnologia, sugerindo a melhor decisão de investimento e participando do crescimento de nossos clientes em cada área ou etapa que participamos, estamos trabalhando muito em nossos processos para atingirmos principalmente este objetivo, queremos prezar cada vez mais o que já temos com nossos clientes, relacionamentos de longa data.
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