Fábio Amorim é engenheiro civil começando a sua história com cães aos 10 anos de idade quando ganhou dos seus pais uma fêmea da raça Dálmata. Alguns anos depois começou a criar Dobermanns e fundou seu canil, cujo nome é Von Bullit, em 1987. Diversos campeões e grandes campeões nasceram em seu canil. Teve também a felicidade de criar vários animais que se sagraram Melhor da Exposição. Além dos Dobermanns também criou Schnauzer Miniatura e atualmente cria, com o seu irmão, as seguintes raças: Australian Cattle Dog, Cavalier King Charles Spaniel e Spitz Alemão. Em 1994 se formou juiz de todas as raças da Confederação Brasileira de Cinofilia – CBKC/FCI, também é juiz especializado em Dobermann pelo CBRD/CBKC. Teve a satisfação de julgar mais de 200 exposições caninas em todos os estados brasileiros e em diversos países, tais como: México, Argentina, Chile, Peru, Equador, Índia, Malásia, China, Estados Unidos, Costa Rica, Guatemala, Uruguai, Canadá, Portugal, Taiwan, Rússia, Lituânia, Colômbia, Filipinas e Austrália. Teve a honra de julgar o Melhor Cão da Exposição (Best in Show) na exposição das Américas e Caribe realizada no Brasil em junho de 2018. “A formação da CBKC deu-se por pessoas que amavam os cães e tinham como hobby as exposições caninas. Hoje em dia, além destas mostras, realizamos também provas de adestramento e agility”, afirma.
Fábio, como se deu o seu interesse pela Cinofilia?
Eu sempre gostei de cães, ganhei meu primeiro filhote aos 10 anos, era uma cadela da raça Dálmata. Aos 13 anos iniciei minha criação de Dobermanns e comecei a participar de exposições caninas, logo já estava plenamente envolvido nesse mundo maravilhoso que é a Cinofilia. Tive a oportunidade de apresentar vários exemplares de diferentes raças em exposições caninas até que decidi fazer as provas para me tornar juiz de exposição de cães. Sou árbitro de todas as raças da CBKC/FCI desde 1994.
Existe algum debate sobre esse assunto na sociedade fora dos âmbitos especializados?
Sim, todos os membros da comunidade cinófila estão atentos a essa questão da proteção animal e da preservação dos cães de raça pura. A CBKC já encampa esse tema há muito tempo e os nossos associados possuem obrigação, regulamentar inclusive, de bem tratar os cães. Recentemente lançamos uma campanha focando no repúdio aos maus tratos e em favor da preservação de todos os cães sejam eles de raça pura ou não.
Na mídia existe algo a respeito?
A mídia está bem atenta a esse tema e temos colaborado de todas as formas para esclarecer ao público, em geral, acerca da necessidade de tratarmos bem os nossos melhores amigos. Lançamos, inclusive, uma cartilha, que está disponível em nosso site, com dicas de como um bom criador deve agir.
Em quais países esse fato é mais debatido?
Esse é um debate global, todos os países estão envolvidos de alguma forma nessa discussão, que é muito salutar.
Qual foi o insight para a formação da CBKC?
A CBKC está presente em todos os estados do Brasil, é a sucessora dos acordos cinófilos firmados pelo BKC (Brasil Kennel Clube). Possuímos 97 anos e representamos, com destaque internacional, o Brasil na Federação Cinologica Internacional – FCI. A FCI é a maior aliança cinófila global e reúne quase 100 países, os quais reconhecem tanto os pedigrees como os títulos emitidos por cada um, além de seus árbitros. A formação da CBKC deu-se por pessoas que amavam os cães e tinham como hobby as exposições caninas. Hoje em dia, além destas mostras, realizamos também provas de adestramento e agility. Focamos também no social, através do programa cão guia e cinoterapia.
Quais os pilares que moldam a visão da organização?
O pilar principal de nossa organização é o bem-estar canino, muito antes do tão importante debate sobre o bem-estar animal nós já incentivávamos e apoiávamos esse tema. Nossa organização também prima pelo correto registro dos cães de raça pura, além do desenvolvimento da cinofilia como um todo em nosso país.
Como ocorre a estimulação e a orientação da Cinofilia no âmbito nacional?
Fazemos a divulgação de nossas atividades através de nosso site e redes sociais. Além desses canais, utilizamos as exposições caninas e palestras em todos os estados brasileiros para divulgar as nossas atividades.
Por que intercâmbios são tão importantes?
Porque é a melhor forma de trocarmos experiências e nos atualizarmos. Veja, por exemplo, o vídeo de nossa campanha pela preservação dos cães, onde o sucesso foi tamanho que tivemos que fazer uma versão legendada em inglês para que todos pudessem entender e divulgar nossa mensagem.
Quantos empregos são gerados em torno da Cinofilia?
Levantamentos recentes demonstram que nossas atividades geram mais de 100 mil empregos diretos e indiretos. É importante destacar também a nossa contribuição para o crescimento da indústria de ração, produtos de beleza, higiene, dentre outros. Também contribuímos bastante para os excelentes números de empregos da indústria pet, já que os cães de raça pura, como todos os cães, demandam diversos serviços como: veterinários, beleza canina, pesquisas, etc.
O que os clubes afiliados à CBKC têm em comum e quais são os seus papéis nesse ecossistema?
Como já comentei anteriormente, estamos presentes em todo o Brasil, os clubes promovem a cinofilia localmente, além de serem os responsáveis pelo recebimento dos registros de cães de raça pura. Os clubes também realizam as exposições de beleza e conformação além de organizarem palestras e seminários.
Em 2022 ocorre a Exposição Mundial de Cães no Brasil. Fale um pouco sobre esse evento para quem não atua neste segmento e para os leitores de modo geral.
Em 2022 promoveremos, em São Paulo, nossa terceira exposição mundial de cães. As duas últimas edições foram realizadas em 1972 e 2004 e ocorreram no Rio de Janeiro. Esse é o evento mais importante da Cinofilia mundial e ocorre uma vez por ano, a deste ano acabou de ocorrer na China, em Xangai, onde tive a honra de julgar. No evento de 2022 comemoraremos nosso centenário e estamos trabalhando com afinco para termos um evento de altíssima qualidade, com cães de todos os continentes. Esperamos bater todos os recordes de cães inscritos em exposições caninas realizadas nas Américas.
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