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Fintech Par Mais se destaca no mercado

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Annalisa Blando Dal Zotto é fundadora e diretora-geral da fintech Par Mais. É planejadora financeira pessoal – CFP®, líder do Movimento Mulheres do Brasil em SC, embaixadora da Associação PLANEJAR também em SC, membro do conselho da Librelato Implementos, colunista do Diário Catarinense e conselheira fiscal do Social Good Brasil. A Par Mais tem como propósito fazer com que às pessoas mudem sua relação com o dinheiro para se tornarem mais livres e a sociedade mais equilibrada financeiramente. Entre os seus investidores, estão o renomado Grupo Valorem e Renan Dal Zotto, atual técnico da seleção brasileira de vôlei e esposo da fundadora. “A palavra-chave para ter inteligência financeira prática é disciplina. Temos que investir tempo no planejamento financeiro, esse é o ponto-chave! Primeiro, é preciso entender e colocar prioridade no que você precisa na sua vida e não querer aprender sobre tudo de uma só vez porque é muito assunto. Então, se o que eu preciso para a minha vida está mais ligado com controlar as despesas, aprenda isso primeiro, se o mais urgente é sair das dívidas, dê prioridade para aprender sobre como negociá-las. Se o ponto que mais importa é alcançar a independência financeira e não depender da renda de trabalho no futuro para viver, então invista tempo entendendo como fazer isso”, afirma a respeitada e gabaritada profissional.

Annalisa, como ter uma inteligência financeira prática e mais aguçada?

A palavra-chave para ter inteligência financeira prática é disciplina. Temos que investir tempo no planejamento financeiro, esse é o ponto-chave! Primeiro, é preciso entender e colocar prioridade no que você precisa na sua vida e não querer aprender sobre tudo de uma só vez porque é muito assunto. Então, se o que eu preciso para a minha vida está mais ligado com controlar as despesas, aprenda isso primeiro, se o mais urgente é sair das dívidas, dê prioridade para aprender sobre como negociá-las. Se o ponto que mais importa é alcançar a independência financeira e não depender da renda de trabalho no futuro para viver, então invista tempo entendendo como fazer isso. Não tente abraçar tudo de uma vez porque o conteúdo é muito vasto. Além disso, uma boa dica é estudar e depois procurar ajuda profissional especializada.

Quais os pilares para um planejamento financeiro consistente?

São seis as grandes áreas do planejamento financeiro: 1. É preciso ter controle de rendas e despesas: saber exatamente de onde vem e para onde vai o dinheiro; 2. Analise o patrimônio. Qual o seu patrimônio, quanto você tem de bens, quanto tem de dívidas e de obrigações a pagar e faça o cálculo: se vender tudo o que tem para pagar tudo o que deve, quanto sobra no final?; 3. Estabeleça seus objetivos de acordo com a sua situação financeira atual. Reflita sobre como alcançá-los partindo do seu cenário de rendas, despesas e patrimônio.; 4. Analise as suas necessidades de produtos de proteção. Verifique se necessita de seguros de vida e invalidez ou incapacidade temporária. Além disso, verifique o seguro de casa e de carro; 5. Analise suas necessidades de planejamento sucessório. Esse também é um dos pilares importantes do planejamento financeiro. Devemos pensar: “e se amanhã eu não estiver mais aqui, se eu morrer amanhã, como é que o meu patrimônio seria distribuído? Ele seria distribuído da forma que eu acho mais coerente ou tem alguma coisa que eu possa fazer para essa distribuição?”; 6. Verifique a parte tributária. Todo plano financeiro para ser consistente precisa ter um bom planejamento tributário, para que a gente possa pagar sempre de forma legal, mas pagar o mínimo de imposto possível.

Você afirmou em 2015 que o INSS é uma excelente estratégia. Sua visão continua a mesma em 2019?

Sim, é importante avaliar o INSS, avaliar as contribuições feitas até o momento e fazer uma projeção dessas contribuições. Como é que vai ficar ou como é que se espera que fique a renda de INSS no futuro? Se eu aumentar a contribuição vale a pena ou não vale? Ou é melhor eu diminuir a contribuição? Se você é CLT você não tem opção, você vai contribuir com um valor em cima do seu salário.

Fale mais sobre esse assunto.

Caso você seja um profissional liberal ou contribuinte facultativo como estudante ou dona de casa ou não tem atividade remunerada, você vai contribuir como facultativo e aí pode escolher qual o salário que você vai contribuir, ou mesmo prolaborista de uma empresa que você vai ser remunerado de acordo com a sua atuação. Em alguns casos é melhor não aumentar tanto a contribuição pelo INSS, mas sim contribuir uma parte que seria para o INSS para investimentos financeiros. Ou seja, é importante avaliar cada caso. Mas a visão continua a mesma: sim, o INSS tem se mostrado uma excelente estratégia para muitos de nossos clientes.

Os títulos públicos de modo geral são opções rentáveis para quem quer investir?

Sim, há títulos públicos que rendem 100% do CDI. Ou seja, acompanham a taxa Selic que é o título público, que é o tesouro selic. É um bom título para reserva de emergência. Há títulos públicos pré-fixados onde você sabe a taxa que você vai receber no momento da compra, ela é pré-fixada e tem uma data de vencimento, se você levar esse título até o vencimento ele te garante a taxa. Mas, há o risco de ter prejuízo caso precise vender esse título antes. Um outro tipo de título é o Tesouro IPCA+, que rende IPCA. Ou seja, inflação e mais uma taxa de juros. Ele te garante o poder de compra no período que você tiver o título. Então, sim, são opções de investimentos rentáveis, mas é importante você escolher o título certo de acordo com o seu objetivo. Não é simplesmente comprar qualquer título público. É preciso analisar e saber qual deles faz sentido para você e para o seu objetivo.

Quais os títulos públicos mais rentáveis neste momento?

Varia bastante durante o dia a dia. Não tem como dizer qual é o título público mais rentável, mas sim qual mais adequado a cada objetivo. Se a economia vai mal, consequentemente o Governo tem que pagar mais juros para um título pré-fixado (que é o caso do tesouro pré-fixado ou no caso o tesouro IPCA+) e se a economia está indo mal todos vão passar a investir nesses títulos públicos. Nesse caso pode acontecer de você comprar um com uma taxa menor. Mas se você já tem esses títulos em sua carteira de investimentos e a economia for mal provavelmente você vai ter prejuízo. Então, depende muito do momento do mercado. Mais importante do que dizer qual é o mais rentável é dizer qual é o mais adequado para cada objetivo.

Como um jovem deve se educar financeiramente para obter uma aposentadoria sem sobressaltos?

Acho que o primeiro ponto é entender a situação atual de cada pessoa. Olhar e analisar as despesas mês a mês e colocar a mão na massa para controlar as rendas e os gastos. Essa é a principal dica porque para ter um objetivo de longo prazo você tem que começar no mês a mês. Nos dias de hoje não adianta você só fazer um plano bonito e não olhar para as tuas despesas. É preciso sempre ter um equilíbrio entre gastar agora e poupar para o futuro, isso é muito importante.

A Previdência Privada é uma boa opção?

A Previdência Privada é uma boa opção para quem não tem disciplina de poupança, então se eu não consigo poupar é melhor ter uma previdência privada com débito em conta do que não poupar. Mas se você tem disciplina ou entende bastante de investimentos ou tem um gestor ou uma empresa especializada para te ajudar, é melhor investir diretamente e não via Previdência Privada. É melhor fazer aplicações em investimentos financeiros. Tem uma questão da Previdência Privada que é o benefício tributário do PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que é uma questão mais específica que tem que analisar caso a caso (para quem faz a declaração de IR completa, for contribuinte do INSS e com uma dedução legal que valha a pena).

Quais os ingredientes necessários para desenvolver uma disciplina financeira?

Acho que o primeiro ponto-chave é definir um objetivo, se você não tem um é mais difícil ter motivação. É preciso ter um bom motivo para se esforçar e abrir mão do consumo hoje para os benefícios lá na frente. O segundo ponto é colocar em prática principalmente o controle de rendas e despesas porque daí você vai compreender quanto é que custa o seu padrão de vida, quanto é que você precisa ganhar para viver de rendas. E se você é casado ou tem família (dependentes) é importante colocar esse assunto na mesa também com o parceiro(a) e até com os filhos, dependendo da idade que eles têm.

O DNA da Par Mais está na inovação. Como se dá a inovação nesse segmento em que a sua empresa atua?

A Par Mais surgiu como consultoria bem tradicional que entregava hora trabalhada e recebia por hora trabalhada. Mantivemos essa unidade de negócio, mas investimos muito na área de gestão de investimentos financeiros. Hoje, conseguimos atender vários clientes com a mesma quantidade. Nós conseguimos isso pela inovação, pela tecnologia. Investimos muito também na geração de conteúdo para atingir mais pessoas e captar mais clientes. A nossa inovação se deu basicamente em duas frentes: a primeira criar sistemas que agilizasse a contratação online e a outra foi montar fundos de investimentos que são carteiras diversificadas para dar acesso às pessoas que vão investir a partir de R$ 1 mil em produtos sofisticados que antes só tinham acesso investidores com mais de R$ 500 mil ou algo como R$ 1 milhão.


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