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Grupo MOVE3 adquire um novo sorter da China

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Fechando 2022 com faturamento de R$1,1 bilhão, o Grupo MOVE3 triplica sua capacidade de processamento com a importação de um sorter da China – com tecnologia de dois andares, inédita no país – e a inauguração de um novo centro de distribuição (CD). Foram investidos R$50 milhões nas obras e no equipamento de automação. “Com a montagem desse novo sorter estaremos entre os maiores da América Latina, deixando para trás diversas empresas brasileiras do segmento logístico”, diz Guilherme Juliani, CEO do grupo, que reúne as empresas Moove+, Flash Courier, Moove+ Portugal, Jall Card, M3Bank, goX e Rodoê Entregas. O mega sorter terá capacidade quase três vezes maior do que a tecnologia que a Moove+ utiliza atualmente. Serão mais de 303 saídas e capacidade de roteirização de mais de 34 mil objetos por hora. O novo equipamento é da fabricante chinesa Damon e tem entrega prevista para junho de 2023. É o terceiro da marca adquirido pela MOVE3. A nova esteira tem dois níveis e consolida a metodologia de trabalho da Moove+ no que diz respeito à integração entre os sistemas, que tem outros quatro sorters provenientes dos Estados Unidos e da Holanda e 220 AGVs [Automated Guided Vehicle ou veículo guiado automatizado]. “São passos importantes rumo à expansão do Grupo MOVE3. Em 2023, continuaremos buscando inovações e soluções para aprimorar ainda mais a qualidade da nossa operação”, diz Juliani.

Guilherme, o que está movendo a MOVE3 em seu mercado de atuação?

Uma de nossas principais ambições é seguir nos consolidando como uma das maiores holdings de logística da América Latina. Para isso, seguimos com grandes investimentos em tecnologia, que nos permite atuar em todas as etapas da cadeia logística, entregando cada vez mais em um tempo cada vez menor.

Ser uma referência no mercado logístico do país tem o seu preço?

Bem, se considerarmos que esse preço hoje emprega mais de 6 mil pessoas, gerando renda, capacitação de mão de obra e avanços expressivos na logística nacional, acredito que vale a pena.

Como a inovação tem moldado a atuação da MOVE3 até aqui?

Costumo dizer que muitas empresas vão à falência por fazerem muito bem por muito tempo o mesmo trabalho, sem perceberem o novo. Uma excelente carruagem, por melhor que seja, é superada pelo pior dos automóveis. É isso: sem tecnologia é inviável.

Em 2020, a MOVE observava um crescimento nas entregas. Como tem sentido essas operações, dois anos depois?

No início da pandemia, as previsões mais pessimistas não indicavam mais do que seis meses de crise. Foram três anos complicados, mas mantivemos os investimentos em tecnologia – novo sorter e os 220 AGVs (automatic guided vehicle, ou robôs como são mais conhecidos) – e quando o mercado começou a melhorar, estávamos com a capacidade produtiva muito elevada e pronta para responder ao aumento exponencial vindo do e-commerce, que até então não tinha grande relevância em nosso volume de negócios. Os anos de 2020 e 2021 foram divisores de água no grupo, crescemos significativamente. Em 2020, totalizamos 7 milhões de entregas e em 2021, chegamos a 9 milhões. Já em 2022, alcançamos 10 milhões de entregas.

Como a pandemia alterou a rota da logística nesse quesito em especial?

A pandemia trouxe uma adesão ao e-commerce que nem o mais otimista teria imaginado, com um consumidor que quer receber o produto cada vez mais rápido, muitas vezes no mesmo dia. Segundo a pesquisa Global Payments Report, da Worldpay from FIS, divulgada em março, o comércio eletrônico mundial deve crescer 55,3% nos próximos três anos. Só no Brasil, o relatório prevê uma alta nas vendas de 95% até 2025. Foi a partir desse contexto que o Grupo Move3 passou a focar em soluções logísticas para tornar as operações do e-commerce eficientes, permitindo, assim, maior agilidade nas entregas. A holding, que sempre investiu em tecnologia em seus produtos e serviços, se voltou ainda mais para as novas necessidades geradas pela transformação digital e atualmente oferece um ambiente logístico completo para os clientes, implementando recursos como Big Data, veículos elétricos, Inteligência Artificial e robótica.

Existem resquícios dessa mudança que ficarão para sempre no mercado?

Sim, todas essas novas configurações, de mercado mais amplo e consumidor mais exigente, vieram para ficar.

Quais foram os principais investimentos da MOVE em 2022?

Fechamos 2022 com faturamento de R$1,1 bilhão. O Grupo MOVE3 triplicou sua capacidade de processamento com a inauguração de um novo centro de distribuição (CD), o Mangels, e a importação de um mega sorter da China, com tecnologia de dois andares, inédita no país. Foram investidos R$50 milhões nas obras e no equipamento de automação. Com a montagem desse novo sorter estaremos entre os maiores da América Latina, deixando para trás diversas empresas brasileiras do segmento logístico. Esse mega sorter da Damon terá capacidade quase três vezes maior do que a tecnologia que a Moove+ utiliza atualmente. Serão mais de 303 saídas e capacidade de roteirização de mais de 34 mil objetos por hora.

Fale um pouco mais em especial sobre o investimento em Big Data.

Temos uma base de entrega e devoluções que é utilizada para prever quando uma entrega tem baixa chance de ser realizada e conseguir informar ao cliente. Dessa forma, ele pode também escolher a melhor data e melhor horário para receber o produto, assim como fornecer um endereço alternativo. Uma alternativa oferecida ainda são os lockers, armários inteligentes onde as encomendas podem ser deixadas para os clientes que preferem retirar pessoalmente seus produtos.

O segmento de distribuição de produtos certificados pela Anvisa tem impulsionado o crescimento da empresa. Quais os pontos dessa operação que chamam a atenção?

Temos a certificação para operar nesse mercado, que é super importante para nós e para o qual temos planos para expansão em 2023. Os produtos regulados pela Anvisa exigem critérios e cumprimento de requisitos legais, como infraestrutura segregada e climatizada, além de veículos isotérmicos e dotados de monitoramento de temperatura e umidade. O desafio de atender tantas especificações desencoraja muitos concorrentes e cria uma demanda reprimida que nos interessa.

A MOVE3 investiu 50 milhões de reais num novo sorter e CD. Como isso aumentará o poder de fogo da empresa na América Latina?

Com a montagem desse novo sorter estaremos entre os maiores da América Latina, deixando para trás diversas empresas brasileiras do segmento logístico. Esse mega sorter da Damon terá capacidade quase três vezes maior do que a tecnologia que a Moove+ utiliza atualmente. Serão mais de 303 saídas e capacidade de roteirização de mais de 34 mil objetos por hora.

Quais serão os outros passos que a organização pretende dar em 2023?

Um dos focos é o comércio online. Temos uma avenida de crescimento à frente em relação ao e-commerce, que responde por apenas 15% das nossas 10 milhões de entregas mensais. Com o novo sorter e o CD Mangels teremos uma infraestrutura apta para ampliar a presença do grupo de maneira exponencial, no Brasil e exterior.


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