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Guilherme de Almeida Prado fala sobre finanças

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Mestre e graduado em Administração de Empresas pela EAESP-FGV, Guilherme de Almeida Prado, foi fundador da agência de promoções e eventos Plano1. A agência foi listada em 31.º e 35.º lugar, respectivamente, no ranking “As 200 Pequenas e Médias Empresas que Mais crescem no Brasil”, elaborado pela consultoria Deloitte para a revista Exame PME. A ideia surgiu da vontade que Guilherme tinha de desenvolver um trabalho com maior impacto social. A sua esposa é professora do Mackenzie e também desenvolveu uma tese de mestrado voltada para a classe C. Então ele uniu a experiência que tinha com a nova classe média (na Plano 1, viajou o país todo e teve contato direto com esse consumidor) ao projeto pessoal. Para dar forma à Konkero, Guilherme também contratou a jornalista Belisa Rotondi, que trabalhou por 4 anos na Viva! Mais, da editora Abril – publicação especializada no público da classe C. “Acho que já temos muita informação de finanças pessoais na imprensa sim. Entretanto, entendo que existe uma atenção muito grande para organizar gastos e gastar menos. Isso é uma parte da solução. A população também precisa entender como ganhar mais dinheiro, como acessar mais serviços e produtos gratuitos. Para uma pessoa com renda restrita é muito mais fácil fazer algo para ganhar mais do que para gastar menos”, afirma o empreendedor. 

Guilherme, fale um pouco para nós sobre o começo da sua carreira.

Sempre fui empreendedor. No último ano da faculdade comecei junto com meu irmão uma empresa de comunicação que depois se tornou a Plano1, agência de promoção e eventos. Depois de 13 anos à frente da Plano1 saí do dia a dia para fundar a Konkero.

O assunto finanças pessoais é tratado como deveria pela nossa imprensa?

Acho que já temos muita informação de finanças pessoais na imprensa sim. Entretanto, entendo que existe uma atenção muito grande para organizar gastos e gastar menos. Isso é uma parte da solução. A população também precisa entender como ganhar mais dinheiro, como acessar mais serviços e produtos gratuitos. Para uma pessoa com renda restrita é muito mais fácil fazer algo para ganhar mais do que para gastar menos – já que seu orçamento é muito limitado.

Você enxerga os consultores financeiros tradicionais como catequistas para poupança e parcimônia. Acredita que eles agem dessa forma por qual motivo?

Essa é uma fórmula que funciona e é de grande utilidade para uma parcela da população. Mas existem outros grupos que precisam de soluções diferentes. Para uma parte da população talvez seja mais fácil e possível fazer pequenas mudanças que levem a um aumento de renda. Para outros talvez seja começar a se disciplinar por meio de metas e pequenas conquistas e não simplesmente separando dinheiro na poupança.

Em que momento você acreditou que poderia ousar mais e criar a Konkero?

Ao ver que grande parte da população estava com mais renda e acesso a crédito, mas que isso não estava necessariamente se refletindo numa vida financeira mais tranquila.

Nas suas análises, você afirma que o excesso de informação na internet quase sempre leva a escolhas erradas. Como ter a certeza absoluta que o conteúdo que a Konkero oferece é o melhor para quem procura sobre o assunto finanças?

Esse é o nosso desafio diário. Todo nosso conteúdo pode ser comentado e avaliado. Isso faz com que estejamos melhorando ou ampliando nosso conteúdo constantemente. Além disso, acumulamos mais de 30 mil horas de experiência focados em falar fácil sobre serviços financeiros.

Você sempre “bate na tecla” que a Konkero tem um foco no empreendedorismo social. O que é o empreendedorismo social para você?

É ser um negócio privado que dá lucro, mas que tem como objetivo ter impacto social. Ou seja, mesclamos a meritocracia e o foco em resultado das empresas privadas com o fazer o bem das ONGs (Organizações não governamentais).

Quais são as principais dificuldades em se pilotar uma startup tão especializada como a Konkero?

O maior desafio é encontrar um modelo de negócio sustentável.

Em nossa pesquisa, achamos algo interessante que você falava sobre o mínimo do cartão de crédito. Como as pessoas podem escapar dessa grande armadilha que é imposta pelas financeiras?

Na minha opinião são duas ferramentas: conhecimento e autoestima elevada. Sem conhecer, fica difícil identificar as armadilhas. Mas isso não é suficiente. A pessoa precisa ter autoestima para questionar e não aceitar qualquer proposta. E essa é outra parte que precisa estar bem resolvida também.

Muitos idosos em aperto, “entram de cabeça” no famoso crédito consignado que em um longo prazo cria um ônus gigantesco. Qual a melhor saída para as pessoas que se encontram nessa situação?

Quem já comprometeu parte da sua renda com o crédito consignado precisa ter uma disciplina financeira ainda maior, já que até 30% da sua renda pode estar comprometida para o pagamento das parcelas.

No ano passado a Konkero levou educação financeira para a sala de aula, prática essa que acreditamos ser de suma importância. Implementar uma matéria chamada ‘Finanças Pessoais’ em nossas escolas não seria crucial para o futuro financeiro do país?

Sim. É fundamental. E a AEF já está trabalhando nesse sentido.


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