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Instanteaser traz inovação para a publicidade

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Os meios digitais aceleraram o engajamento das marcas nas diversas plataformas da rede. No entanto, as companhias já não conseguem mais se comunicar diretamente com os seus consumidores. O principal motivo é o alto congestionamento digital, que distanciou o público das empresas. Para direcionar e salvar as companhias desse “buraco negro digital”, a Instanteaser, startup fundada há seis anos, uniu os sócios Doug Clayton (cineasta), Roberto Maia (animação 3D e tecnologia), Bernardo Landeira (designer), Wesley de Oliveira “Combone” (designer) e Thiago Araújo (PhD em Ciências da Computação), em torno de um objetivo – mesclar suas habilidades criativas e tecnológicas para levar as marcas ao próximo nível da comunicação digital. A meta era transformar filmes publicitários longos e tradicionais em vídeos de alta performance, de seis a 30 segundos, mantendo a excelência conceitual e estética, e, ao mesmo tempo, permitindo escalar em diversos níveis de segmentação, de forma rápida e precisa. Segundo Doug Clayton, CEO e cofundador da Instanteaser, não é escala por escala, mas geração de valor e retorno do investimento. “Produzimos vídeos de alta performance em escala para grandes marcas se destacarem no ambiente digital. Quando começamos a empresa, os hábitos de consumo de conteúdo estavam mudando drasticamente, mas as marcas continuavam se comunicando da mesma forma”, afirma o executivo.

Doug, você é um cineasta. Como surgiu esse ofício em sua trajetória?

Sempre fui muito curioso, amo música, arte, literatura, filmes e teatro. Foi no cinema, no audiovisual, que consegui unir todas essas paixões, e aos 17 anos tive minha primeira experiência como estagiário na Massangana Filmes, a produtora do Surf Adventures, único filme de surfe brasileiro mainstream até hoje. Ali eu me apaixonei de vez e meses depois fui convicto para Inglaterra estudar cinema. De volta ao Brasil passei a dirigir filmes publicitários e de moda, alguns dos quais ganharam prêmios nos EUA e Europa, e tive a oportunidade de dirigir séries de TV pelo mundo, trabalhando em países como o Taiti, França, Estados Unidos, Canadá e México.

Como se deu a formação da Instanteaser?

Em 2016 notamos que a forma como as pessoas estavam consumindo conteúdo estava mudando, uma mudança drástica de hábitos, mas as marcas continuavam se comunicando da mesma forma, reciclando conteúdo das mídias tradicionais no digital. O momento do estalo foi quando eu e o Bernardo Landeira, um dos meus sócios, estávamos juntos olhando o Instagram quando entrou uma publicidade de um dos principais refrigerantes, era o ínicio de ads na plataforma e a experiência ainda não era boa, e o comercial era o mesmo que estava passando na TV há meses, com uma tarja preta em cima e embaixo pro vídeo caber no espaço quadrado, uma experiência horrível. Olhamos um pro outro e falamos, “vamos tomar uma *nome do concorrente*”. Nesse momento entendemos que havia uma dor gigante que ninguém estava endereçando e embora em momentos especiais das nossas carreiras, tínhamos a convicção que havia uma oportunidade grande. Demoramos dois meses pra colocar a empresa de pé e nosso primeiro grande cliente foi o Google, validando que de fato existia essa dor.

Quais os pilares da startup?

Criatividade e tecnologia. Acreditamos que a criatividade é um ‘feature’ humano que uma máquina não consegue replicar, por outro lado, as máquinas têm a capacidade de execução em escala exponencialmente maior do que os humanos. Desenvolvemos tecnologia para amplificar a criatividade e não para substituí-la, é a soma da tecnologia com a criatividade, e não a disputa dos dois, que gera resultados excepcionais em escala.

Como esses pilares são importantes para a atuação da empresa no mercado?

Sempre acreditamos que o criativo é o principal responsável pela performance, desde o auge das agências de performance com seus algoritmos de otimização de mídia. Quando o Facebook e o Google passaram a oferecer os melhores recursos para todos eles de fato comoditizaram a segmentação de público. O nosso foco foi sempre em como conseguimos criar e desdobrar vídeos em escala, permitindo uma granularização da mensagem sem ter que sacrificar qualidade, estética ou conceito. Com isso sempre entregamos resultados muito acima dos benchmarks de mercado mesmo com mudanças e evoluções de plataformas, tecnologias e hábitos.

Quais os principais erros das marcas no mundo digital?

Os erros estão sempre evoluindo e mudando, mas olhando de uma forma macro, principalmente pensando nas grandes marcas, a transição do analógico para o digital foi brutal e rápida, o modelo publicitário pouco mudou em décadas e do dia pra noite tudo virou de cabeça pra baixo. Talvez por essa razão hoje as marcas abraçam muito rápido as trends sem necessariamente entendê-las, quais as causas e para onde vão. Com isso todo mundo acaba fazendo a mesma coisa, disputando o mesmo espaço e com um horizonte muito curto de impacto dessas iniciativas. Vivemos em um mundo data driven, mas além de bater a KPI desse mês, é importante também fazer o trabalho de base para as KPIs de amanhã.

O chamado alto congestionamento digital seria o grande culpado dessa falta de comunicação direta com os consumidores?

O congestionamento digital é provavelmente uma das grandes barreiras entre as marcas e os seus consumidores, a aquisição da atenção pela compra de mídia já não garante mais o retorno de outros tempos. Antigamente, um comercial no intervalo do Jornal Nacional ou da novela das 21h permitiria que uma marca se comunicasse, sem distrações, com grande parte do seu público alvo no Brasil, e até pouco tempo, uma verba de mídia parruda no Facebook e no Google garantiria resultado parecido.

Como podemos definir esse congestionamento digital?

Hoje marcas disputam a atenção dos seus consumidores com absolutamente todo mundo que tem um smartphone e conta em rede social, as próprias pessoas, o público, se transformaram em mídia. As plataformas de mídia são globais, não são mais locais, e o público está disperso entre elas. Olhando pra frente, a web3 vai amplificar essa dor para as marcas, entendendo a web3 como o lugar onde pessoas, marcas e produtos vão interagir, essa descentralização das mídias vai criar barreiras ainda maiores para as marcas se comunicarem direto com seus consumidores.

Quais as principais características da metodologia desenvolvida pela Instanteaser?

Conseguimos criar em escala e de forma segmentada vídeos que impactam nos primeiros frames, engajam e com isso retém a atenção de quem está assistindo e no final eles convertem.

Qual o papel da qualidade para “sair” desse congestionamento digital?

Em um cenário onde as pessoas têm o controle sobre o conteúdo que querem consumir e sobre os seus dados, a qualidade é um fator fundamental para se destacar no meio do congestionamento digital. É um dos fatores que impacta e retém a atenção de quem estiver assistindo.

Prender a atenção do usuário no digital é mais complexo se compararmos com outras mídias?

Cada mídia tem suas particularidades, mas uma generalização é que o tempo de atenção de uma pessoa está correlacionado ao tamanho da tela em que o conteúdo está sendo exibido. Para ilustrar, pense que no cinema você fica 2 horas olhando pra tela ininterruptamente, na TV talvez 30, 15 minutos, já no celular é muito mais difícil ficar focado em uma só coisa durante mais do que poucos minutos, e somado a isso há uma vasta gama de opções no dispositivo para distrair também. Pensando que o usuário mais jovem já nasceu nessa realidade, do celular como a tela onde ele consome conteúdo, é natural que ele seja muito mais imediatista do que nossos pais e avós.

Como enxerga o trabalho da Instanteaser pelos próximos anos?

Estamos empenhados sobre o produto B2B2C que lançamos esse ano, o Multiply, que é um app onde um usuário final consegue editar sem dificuldades os vídeos que produzimos para a marca ‘mãe’. Com o Multiply vamos ajudar as marcas se comunicarem com seus consumidores via esses intermediários, que podem ser sellers, resellers, micro-influenciadores, afiliados, consultores, etc… Na outra ponta vamos ajudar pequenos empreendedores que não tem acesso a recursos de marketing de alta qualidade, a criarem uma presença no mundo digital, fator fundamental nos dias de hoje.


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