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JD Vance, Kadafi, Gaza…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Brasil ameaça aplicar lei da reciprocidade contra os EUA: quando a retórica vira espetáculo e a retaliação parece peça de teatro de quinta categoria

O Governo Federal resolveu tirar da gaveta a tal Lei da Reciprocidade Econômica, essa espécie de espada de São Jorge que sempre aparece quando Washington decide brincar de xerife alfandegário contra produtos brasileiros. O curioso é que a ameaça vem menos como gesto de guerra e mais como tentativa de conseguir um “cafezinho” na mesa de negociações. A Camex, com sua habitual lentidão de tartaruga burocrática, terá 30 dias para decidir se o Brasil terá coragem de morder a mão do gigante americano ou se vai se contentar em apenas latir. Diplomatas, esses profissionais de sorrir enquanto engolem sapos, acreditam que a medida é mais convite à conversa do que bravata de luta. O teatro do comércio internacional é assim: todo mundo grita para ver se alguém ouve — e, no fim, assinam um documento cheio de vírgulas e adjetivos mornos. Talvez o Brasil sonhe em ser protagonista, mas por enquanto parece mais figurante tentando emplacar uma fala no roteiro escrito em inglês.

Donald Trump ressuscita jogando golfe: fake news sobre sua morte expõe o mórbido fascínio global pela vida (e pelo fígado) do presidente

As redes sociais amanheceram em êxtase necrológico: “Donald Trump morreu!”, bradavam os títulos que corriam como pólvora digital. O Google Trends pirou: milhões de pessoas digitavam em pânico, ou em júbilo, a pergunta macabra. Mas eis que surge a imagem messiânica: Trump, vivo, rechonchudo, e claro, jogando golfe. Como todo bom personagem shakespeariano, não se contenta em negar a morte; precisa performar o desmentido sob sol, grama e tacos dourados. O boato nasceu de sua agenda vazia e do silêncio de alguns dias — um luxo para qualquer mortal, mas motivo de velório antecipado para um presidente. Para apimentar, o vice JD Vance insinuou que está “preparado para uma tragédia terrível”. Bastou: a internet transformou cautela em conspiração. Moral da história? Trump não precisa morrer para viver nas tendências. Enquanto uns enterram, outros aplaudem: a política virou necrotério digital em tempo real.

JD Vance insinuou que está “preparado para uma tragédia terrível” nos EUA (Foto: Wiki)
JD Vance insinuou que está “preparado para uma tragédia terrível” nos EUA (Foto: Wiki)

1969: Kadafi assume o poder na Líbia enquanto o rei passeava na Turquia — e o Oriente Médio nunca mais foi o mesmo (nem o Ocidente)

Primeiro de setembro de 1969: o Rei Idris, monarca à moda antiga, estava em viagem relaxante na Turquia, talvez contando os camelos de ouro da sua dinastia, quando Muammar Kadafi decidiu que já era hora de uma revolução. Com o exército ao seu lado, o coronel tomou o poder como quem toma chá forte em Benghazi. Aquele golpe, que parecia apenas mais um episódio exótico para os olhos ocidentais, inaugurou décadas de instabilidade, petróleo refém de egos inflamados e líderes que trocavam discursos revolucionários por palácios extravagantes. O rei, coitado, virou peça de museu da história árabe, enquanto Kadafi virou personagem caricatural de ONU, desfilando em trajes folclóricos e ameaçando o planeta. Essa data é lembrança de que, no tabuleiro global, basta um monarca distraído e um coronel ambicioso para redesenhar mapas. Ah, a geopolítica: sempre feita de egos em férias e militares em prontidão.

Ucrânia perde Andriy Parubiy a tiros em Lviv: o fantasma da guerra mostra que não existe “lugar seguro” nem para políticos com biografia pesada

O ex-presidente do Parlamento ucraniano, Andriy Parubiy, caiu sob balas em Lviv, cidade até então vendida como “relativamente protegida” da fúria russa. Um homem vestido de entregador em bicicleta elétrica decidiu que o capítulo de hoje seria escrito em sangue. Zelenski, no papel de cronista e protagonista trágico, chamou o crime de horrendo — como se fosse possível adjetivar a barbárie diária que seu país respira. Autoridades correm para encontrar culpados, mas a verdade incômoda é que a guerra transformou a Ucrânia em um espaço onde até a banalidade — um ciclista entregador — vira disfarce para a morte. O assassinato lança sombras sobre a estabilidade de Lviv e desmente qualquer ilusão de normalidade. Entre condolências oficiais e comunicados fúnebres, paira a questão: foi crime político, ajuste interno ou só mais um efeito colateral do apocalipse em curso? O resultado é sempre o mesmo: a sensação de que o amanhã nunca é garantia.

Leia ou ouça também:  Café no tarifaço, Avatar, Xbox...

Gilberto Kassab joga Eduardo Leite na arena presidencial e promete Ratinho Jr. como reserva de luxo: a eterna mania brasileira de acreditar em salvadores jovens e fotogênicos

Porto Alegre virou palco de comício travestido de evento partidário: Kassab, maestro do PSD, decidiu que Eduardo Leite é o “presidenciável que o Brasil merece”. O governador gaúcho foi alçado a herói capaz de equilibrar a polarização, como se discursos bem modulados pudessem curar a febre de um país. Para temperar, Kassab também mencionou Ratinho Jr., garantindo que o Brasil terá dois presidentes pelo preço de um. É quase liquidação política: compre Leite e ganhe Ratinho de brinde. No fundo, tudo depende da figura incômoda de Tarcísio de Freitas, o “preferido” do andar de cima. O PSD, que sonha em ser protagonista, na prática se resume a esperar a decisão alheia para saber se lança ou engaveta seus sonhos. É a velha tática da política nacional: prometer futuro em evento chamado “O Futuro está Chamando”, mas não ter certeza se quem atende o telefone é eleitor ou só telemarketing.

Israel anuncia cortes na ajuda humanitária em Gaza: a guerra transforma pão em arma, crianças em estatísticas e compaixão em moeda diplomática

Mais de 23 meses de guerra e a matemática da tragédia continua: dezenas de milhares de mortos, metade mulheres e crianças, e agora Israel prepara-se para cortar ou reduzir a ajuda humanitária ao norte de Gaza. A justificativa é a de sempre: o Hamas usa a população como escudo e os túneis como desculpa para prolongar o inferno. O resultado, porém, é conhecido: filas famintas, hospitais sem remédio, mães enterrando filhos por desnutrição. A ONU pede 600 caminhões de ajuda por dia; chegam apenas migalhas. Israel insiste que luta contra terroristas, mas a imagem global é de um Estado que mede cada saco de arroz como se fosse míssil. Críticas internacionais chovem, mas a diplomacia mundial já se acostumou à rotina de indignar-se num dia e esquecer no outro. A guerra se arrasta e Gaza vai se tornando não só território ocupado, mas laboratório cruel de quanto sofrimento humano pode caber em uma planilha militar.

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