JK: desenvolvimento e futuro em livro inédito

Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, economista e diretor-presidente do MercadoComum, mergulha nas páginas de seu novo livro “JK: Doutor em Desenvolvimento – Um Mineiro à Frente de seu Tempo” para compartilhar a grandiosidade e a visão de futuro do ex-presidente Juscelino Kubitschek. O lançamento está marcado para o dia 20 de novembro, às 19h, no Automóvel Clube, em Belo Horizonte – Minas Gerais, em um evento que coincide com o prestigioso “25º Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas 2023”, promovido pela MercadoComum, que celebra seu 30º ano de existência.

Ao longo de três décadas, Carlos Alberto já havia escrito três volumes sobre JK, totalizando cerca de 5.000 páginas, e com esta nova obra, ele pretende aprofundar-se nos ensinamentos e lições do ex-presidente. Em suas palavras, “eles continuam plenamente válidos para os dias atuais”. Para Teixeira de Oliveira, o Brasil precisa resgatar a visão de grandeza e buscar um crescimento econômico vigoroso, consistente, contínuo e sustentável, algo que, segundo ele, foi praticamente negligenciado nas políticas públicas nas últimas três décadas.

No extenso livro de 704 páginas, o economista destaca a visão de Juscelino Kubitschek sobre o desenvolvimento, uma palavra que, segundo Carlos Alberto, foi praticamente introduzida por JK no vocabulário nacional. Ele destaca o projeto da Pampulha, concebido durante o mandato de Juscelino como prefeito de Belo Horizonte, como um marco inicial de uma nova arquitetura, culminando na grandiosa construção de Brasília.

“Antes de Juscelino, falava-se muito em progresso, mas foi JK que praticamente introduziu a palavra ‘Desenvolvimento’ no nosso vocabulário”, afirma Carlos Alberto. Ele enfatiza a importância de associar Juscelino a um novo pensamento econômico, principalmente após suas experiências na França e nos Estados Unidos, países que viviam intensos ritmos de desenvolvimento no pós-guerra.

O livro também se propõe a desmitificar e refutar algumas críticas infundadas sobre Juscelino Kubitschek, como a alegação de que ele seria o responsável pela inflação no Brasil. Carlos Alberto sustenta que a inflação já existia antes da posse de JK, e o ex-presidente buscou combatê-la de maneira coerente e prática. “JK afirmava que a melhor forma de combater a inflação e o custo de vida era produzir mais, com mais qualidade e custos menores, defendendo o aumento da produtividade industrial brasileira”, destaca o autor.

Outra falsa narrativa que Teixeira de Oliveira desafia é a ideia de que a construção de Brasília teria levado ao endividamento do país. Ele argumenta que o custo da capital brasileira foi relativamente pequeno em comparação com o PIB nacional, contradizendo a alegação de que Brasília teria gerado uma carga significativa à Dívida Pública. Em suas palavras, “esse montante representa apenas a metade de tudo quanto o setor público brasileiro gastará, neste ano, no pagamento de juros sobre a dívida pública consolidada”.

Ao abordar a questão da dívida pública total no final do governo de JK, Teixeira de Oliveira destaca que ela representava menos de 5% do PIB brasileiro, uma cifra ínfima em comparação com os atuais cerca de 75% do PIB que compõem a dívida pública bruta consolidada. Suas análises desmontam mitos e oferecem uma perspectiva esclarecedora sobre a gestão econômica de Juscelino Kubitschek.

Diante do panorama atual, o lançamento do livro de Carlos Alberto Teixeira de Oliveira assume um papel relevante ao resgatar e reforçar os princípios de desenvolvimento que estiveram no cerne da visão de Juscelino. Mais do que um mergulho na história, a obra se configura como um chamado à reflexão sobre os rumos econômicos do Brasil, inspirados na trajetória singular de um líder que soube pensar grande e transformar visões em realizações palpáveis.