Desde que saiu de Vitória da Conquista, o arquiteto Junior Andrade já passou por 3 continentes. O trabalho, que começou no interior da Bahia, hoje pode ser visto em cidades como Miami, Doha e Jeddah. Apostando cada vez mais em inovação, gestão e empreendedorismo, o arquiteto de 28 anos está à frente do JR Andrade Arquitetura, escritório que desenvolve projetos exclusivos e altamente personalizados. “Somos representantes da Arquitetura Contemporânea e de tudo que ela pode proporcionar. Procuramos com nossos projetos explorar ao máximo tudo o que os materiais podem oferecer, desde a execução de grandes espaços abertos através de estrutura metálica à harmonização e criação de ambientes acolhedores em madeira. A arquitetura brasileira está em nosso sangue e a riqueza de materiais neste território nos liberta para desfrutar de tudo o que é nosso, de uma forma peculiar e customizada com o que é tendência no mercado”, destaca Junior Andrade. Com um time de 15 profissionais, Junior Andrade desenvolve projetos de alto padrão no Oriente Médio e encerrou 2021 com um forte crescimento e expansão para outros países. “Nossa internacionalização começou com um projeto AAA na Arábia Saudita: a idealização e a construção do Palácio Abo Omar em Jeddah. O contratante é um empresário que já entrou até no Guiness Book e nos trouxe muita visibilidade mundial com a conclusão do projeto, que contou com características muito peculiares, como um elevador dentro da suíte master”, diz o arquiteto.
Junior, Goethe dizia que a arquitetura é a música petrificada. O que é a arquitetura para você?
A forma como vejo a arquitetura é como uma forma de arte. Uma certa vez ouvi falar que das três principais formas de arte: pintura, escultura e arquitetura, a única que o ser humano tem capacidade de se relacionar com o espaço, e com a obra criada é a arquitetura.
Como a arquitetura entrou em seu caminho?
A arquitetura entra na minha vida quando eu era criança. Minha mãe estava fazendo o projeto de uma casa e vi as plantas. Aquilo me fascinou, porque desde criança eu gostava de criar. Comecei a ver as possibilidades, quando me despertou a chance de criar.
Você também é um empreendedor além de ser um arquiteto. O arquiteto já entrou em conflito com o empreendedor?
O arquiteto e o empreendedor entram em conflito quando exigem o meu tempo, mas diante da minha visão de negócio e arquitetura, o empreendedor e o arquiteto caminham lado a lado somente disputando o tempo da minha agenda. A arquitetura me permite estar criando, projetando e expandindo para outros países. Foi uma via de mão dupla a forma que arquitetura permitiu isso, sendo potencializada pelo lado empreendedor.
Os seus trabalhos são personalizados e exclusivos. Em que momento você acredita que encontrou o seu modo único de executar um projeto?
A questão da exclusividade se dá na minha vida, principalmente pela forma que faço a leitura da arquitetura, sendo único e adaptado para cada ser humano. Muito do meu traço e do que proponho nos meus projetos vêm de entender o ser humano.
Quais são as dores até encontrar esse modo único?
A principal dor é aquela que carregamos até hoje. O ser humano é muito complexo. Ele muda e se adapta com o tempo no mundo de hoje em que as coisas mudam muito rápido. Temos que ter um aprendizado constante e adaptar a arquitetura para pessoas, entendendo cada dia a forma que se relacionam e vivem no espaço.
Como as observações externas são fundamentais quando você está executando o seu ofício?
As observações se dão de duas formas. Externas – fatores onde o projeto vai ser executado: questões climáticas, cultura local entre outras que interferem diretamente no projeto. A outra questão externa de observação é do mercado, das tendências e de tudo o que reveste os acabamentos. Isso no exercício do ofício estão ligadas.
Você já trouxe para os seus projetos questões que não estavam em primeiro plano antes dessas observações?
Sim. A primeira coisa que o cliente quer é ter um projeto bonito… ele foca muito nisso. Acredito muito no exercício da nossa função que está relacionando a parte didática (de ensinar como se faz arquitetura) e como enxergamos ela. Esses fatores externos temos que apresentar e adaptar ao gosto do cliente, a questão estética, mas também aos fatores externos.
Quais os pilares do escritório JR Andrade Arquitetura?
Temos como lema, Além do Projeto, esse é o nosso slogan. E o que significa isso? Nada mais do que fundamentar os pilares daquilo que acreditamos que é a arquitetura: entender o cliente e fazer uma arquitetura exclusiva para ele e principalmente para quem vai se relacionar no espaço. Quem vai morar não é o arquiteto e sim o ser humano. Então adaptamos a nossa linha e a nossa proposta NA visão e ao gosto do cliente. O nosso principal pilar é ouvir o cliente e prestar atenção na forma como ele vive e propor uma arquitetura que se adapte a essa pessoa.
Como esses pilares foram fundamentais para os anseios que estão presentes na arquitetura contemporânea?
Diferente um pouco da arquitetura moderna que chega mais padronizada com a mesma linha, a arquitetura contemporânea é extremamente exclusiva, altamente personalizada, foi isso que nos capacitou dentre os escritórios no Brasil de destaque. Exatamente por entender esse ser humano em idade contemporânea que precisa se adaptar e se relacionar no espaço sendo dele e não de uma forma padronizada.
Acredita que o DNA da arquitetura brasileira moldou o escritório em algum aspecto?
Sim, tenho aquilo que chamo de arquitetura tropical, brasileira… Grandes nomes me inspiraram e tiveram uma influência direta no que a gente propõe de arquitetura. O principal traço da arquitetura nacional é o uso de materiais com a adaptação do projeto seja residencial ou em prédios ao local onde ele está sendo construído. Somos especialistas em uso concreto armado, capacidade de adaptação e uso de materiais regionais. É uma coisa que gosto muito de utilizar nos meus projetos.
Quais projetos internacionais idealizados pelo escritório foram os mais marcantes em sua visão?
Na Arábia Saudita, o escritório se destacou por um grande projeto, que foi marcante para nós. A concepção e a construção do Palácio Abo Omar em Jeddah. O outro é o novo showroom dos carros mais desejados do mundo: Lamborghini, Bentley, Bugatti e Tesla, na cidade de Doha no Catar.
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