A empresa Klubi foi fundada por Eduardo Rocha, ex-CEO da Rodobens. Entre os investidores estão Paulo Veras, Ariel Lambrecht e Renato Freitas (fundadores da 99), Guilherme Bonifácio (fundador do iFood) e Elie Horn (Cyrela). Além disso, a companhia recebeu investimento de fundos de Venture Capital (Igah e Parallax). O Klubi já recebeu mais de R$35 milhões de investimento e está em operação desde outubro de 2021. O negócio está tracionando de forma intensa e o objetivo de curto prazo é alcançar mais de R$1 bilhão de carteira. O modelo de negócios é inédito no segmento de consórcios. É um modelo digital e desintermediado, com objetivo de entregar uma experiência excepcional para os usuários, tudo isto de forma simples e transparente. O Klubi oferece créditos para aquisição de veículos e cobra uma taxa de administração fixa (atualmente em R$ 99/mês). Cerca de 40% dos membros da organização tem menos de 30 anos (vs 11% na indústria). O Klubi está atraindo a geração Z e os millenials que já tem conta em banco digital, mas tem dificuldade de viabilizar a conquista do seu veículo. O Klubi já conta com parceiros de renome: 99, Kavak e Usados Br. As parcerias estão escalando rapidamente e a companhia tem diversas negociações em andamento que contribuirão para o desenvolvimento do negócio de forma ainda mais acelerada. A missão da empresa é viabilizar a conquista do que parece impossível para milhões de brasileiros.
Eduardo, conte-nos a história do Klubi?
O Klubi foi concebido no segundo semestre de 2018, logo depois de uma jornada de 8 anos que tive como CEO em uma das maiores administradoras do país. Identifiquei a oportunidade de inovar no segmento de consórcios, com um novo modelo de negócios: digital e desintermediado, orientado para entregar uma experiência excepcional para os usuários.
O segmento de consórcio é bastante tradicional no Brasil e sempre apresentou um crescimento robusto. Atualmente, este mercado tem cerca de 8,5 milhões de clientes e origina mais de R$ 220 bilhões de créditos/ano.
É um produto financeiro orientado para a classe média e com potencial de inclusão e educação financeira sem precedentes. Apesar de terem mérito no desenvolvimento do consórcio, as principais administradoras atuam com um modelo ainda muito analógico e que se apoia em intermediários na venda (ex.: gerentes de banco, representantes, vendedores de veículos, corretores de imóveis e de seguros, etc.). O Klubi entende que o melhor caminho para inovar e oferecer a melhor experiência para o cliente é ter o controle de toda a jornada (sem intermediários) – da venda até o encerramento do grupo e com tecnologia de ponta embarcada em todos os processos.
Neste contexto, o Klubi recebeu os seus primeiros investidores em 2019 – Paulo Veras, Ariel Lambrecht e Renato Freitas (fundadores da 99), Guilherme Bonifácio (fundador do iFood), além do próprio Eduardo que participou do aporte inicial (R$ 3 milhões). Em novembro de 2020, o Klubi recebeu autorização do BACEN para constituir a sua administradora de consórcio (e ainda hoje continua sendo a única fintech autorizada pelo BACEN para operar neste segmento).
Em abril de 2021, o Klubi recebeu o seu primeiro aporte de investimento institucional (R$ 32,5 milhões) numa rodada liderada pelo Igah (fundo de Venture Capital), Parallax e com a participação de sócios da Cyrela (entre eles, Elie Horn). Em outubro de 2021, a operação – com planos de consórcio para aquisição de veículos – foi lançada. Em pouco mais de dez meses, o Klubi cresceu rapidamente e conquistou parceiros de renome: 99, Kavak e Usados Br (outros ainda estão por vir).
Quais os maiores pilares da fintech?
O nosso propósito é viabilizar a conquista do que parece impossível para milhões de brasileiros. Fazemos isto com o melhor da tecnologia combinada com o melhor do ser humano. Entregamos uma experiência incrível e, ao mesmo tempo, geramos impacto relevante oferecendo inclusão e educação financeira para os nossos membros. E tudo isto de forma simples, transparente e segura.
Por que esses pilares são essenciais para a condução do negócio em todos os âmbitos?
Porque eles forjam a cultura do nosso time. A forma como construímos o negócio e, em última instância, entregamos a experiência do Klubi para os nossos membros.
Como enxerga a transformação digital no setor de consórcios?
Esta transformação está apenas no início, o Klubi vai revolucionar este mercado.
O que é fundamental para que essa transformação seja feita com efetividade?
Foco no cliente. Oferecer um produto e uma experiência que maximize legitimamente os seus desejos, as suas necessidades, as suas preferências. Temos a convicção que a melhor forma de alcançar este objetivo é desintermediar e digitalizar – com uma abordagem/comunicação contemporânea, simples e transparente.
Como a transparência e a segurança moldam um negócio como o seu?
São muito relevantes. Simplificamos a comunicação e a estrutura do consórcio e, ao mesmo tempo, fazemos questão de assegurar que os nossos membros compreendam os planos que estão adquirindo e o que é necessário para conquistar o tão sonhado veículo. Segurança é uma pauta muito importante, pois, temos uma responsabilidade fiduciária com todos os membros do Klubi. Somos responsáveis pela gestão dos grupos, por atender todos os requisitos regulatórios e, ao final, assegurar que todos os membros ativos conquistem o seu crédito.
Klubi pode ser considerada uma revolucionária do setor?
Sem dúvida. Estamos fazendo algo único, que muitos duvidaram que seria possível. Colocamos um “ovo de pé” e isto é apenas o começo da revolução.
Por que o caráter de reinvenção é tão forte e está de certo modo tão impregnado no DNA do Klubi?
Porque temos um DNA composto por muito inconformismo e também muita ambição para construir um negócio grande que impacte a vida das pessoas (dos nossos membros, do nosso time) de forma relevante.
Quais os maiores riscos hoje na administração de um consórcio?
A maior ameaça para o setor é engajar a nova geração. Com um modelo analógico e intermediado não será fácil estabelecer conexão com a geração Z e os millenials. No Klubi cerca de 40% dos nossos membros têm menos de 30 anos. São jovens que têm conta no banco digital, mas não conseguem realizar o sonho de conquistar o carro nestas instituições. Como entregamos uma experiência incrível, de forma direta e digital – temos muito fit com este perfil de usuário.
A pandemia mudou a relação entre as administradoras e seu público?
Não vi mudanças relevantes. O modelo de negócios das administradoras incumbentes permanece o mesmo.
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