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Live commerce cresce no Brasil de forma gradual

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Com a evolução da comunicação digital durante a pandemia da Covid-19, muitas oportunidades foram geradas para quem trabalha online. Empresas adotaram o sistema de home office, escolas aplicaram aulas por videoconferência e até mesmo entrevistas de emprego passaram a ser online. Além disso, outra profissão cresceu neste período: o apresentador de live, que se tornou uma ótima saída para famosos que sofreram com a escassez de trabalhos artísticos durante a pandemia. A live commerce, modalidade de vendas que une o streaming ao comércio eletrônico, é uma estratégia que se utiliza da interação das lives para impulsionar as vendas. Desde quando surgiu na China, já reúne mais de 1000 sites de streaming ao vivo. Nesta entrevista exclusiva, abordaremos mais sobre o assunto com a atriz e jornalista Jana Moraes. Jana é formada pela FACHA/RJ. Foi apresentadora e vendedora do canal Shoptime por 4 anos e desde 2017 atua como apresentadora de lives na internet para grandes marcas. As transmissões ao vivo são feitas nas redes sociais de seus clientes (principalmente varejo) e vão desde apresentações de ofertas semanais à feirões de carros e imóveis. Sempre com muita energia, carisma e bom humor! Também trabalha como garota-propaganda, locutora, mestre de cerimônias e celebrante. É formada em Professional & Self Coaching pelo IBC e dá aulas, palestras e consultoria de comunicação, vendas e vídeo.

Jana, em que o momento o live commerce começou a lhe chamar atenção?

Fui pioneira e precursora de live com foco em vendas. Muito antes de começar a me chamar atenção, eu é que já estava chamando atenção para esse formato. Saí do Shoptime em 2016 e em 2017 comecei a fazer live de vendas para a Leader Magazine quando ninguém falava sobre esse assunto. Nessa época a China já estava fazendo, mas eu ainda nem estava sabendo disso.

A pandemia teve um papel preponderante para esse tipo de negócio?

A pandemia acelerou muito esse formato sim. Já era uma tendência, mas alguns especialistas dizem que acelerou cerca de 5 anos…

Quais as principais características do live commerce?

O live commerce é a mistura de live com e-commerce. A ideia é vender produtos ao vivo, como alguns canais de TV fazem, mas na internet.

Por que o live commerce é um meio assertivo?

Porque o mundo migrou para o digital e brinco dizendo que com a pandemia, o mundo virou uma live! (Risos). Hoje em dia as pessoas consomem mais conteúdo online do que assistem TV. E isso mudou a cultura de consumo.

Qual o maior desafio das empresas que quererem atuar no live commerce?

Na verdade, é muito mais fácil do que se imagina. Ainda percebo muitas empresas com resistência a esse formato e eu não entendo o porquê! Só vejo vantagens e benefícios! Claro que para quem quer fazer uma “live show”, com estrutura grande, estúdio, produtora, celebridade, o desafio financeiro pesa. Mas nem sempre precisa ser assim! Pequenas empresas e empreendedores estão se beneficiando de lives de vendas em formato simples e enxuto.

Quais as principais tendências desse mercado?

É tudo muito recente ainda, estamos testando muita coisa. Mas certamente será a vez dos influenciados que souberem vender e de vendedores que souberem se comunicar bem. Muitas plataformas especializada em live commerce estão surgindo também, para que o consumidor tenha toda a sua jornada de compra em uma única tela…

Quem mais usa o live commerce atualmente?

Grandes empresas já estão apostando em live commerce, mas muitas empresas pequenas e microempreendedores estão apostando em live shop também. Lembrando que a diferença entre live commerce e live shop é que a primeira é feita no ambiente do e-commerce ou em uma plataforma especializada e a segunda, é feita em alguma rede social com o direcionamento das vendas para WhatsApp ou direct, por exemplo. Mas no fim o foco é o mesmo: vender através de live! E todo mundo pode e deve aproveitar esse formato.

A China seria o país onde o live commerce está mais desenvolvido?

O live commerce surgiu na China e hoje já é uma cultura robusta, bilionária e crescente. Já existem prédios só de produção de lives e escola de “live stars”!

A produção de uma live commerce é complexa?

Como falado acima, depende. Pode ser feito um projeto grandioso, mas também podem ser feitas lives de vendas simples. Depende o quanto se quer investir. Para fazer lives de vendas recorrentes o formato simples é mais indicado, pois, viabiliza a ideia. Aconselho sempre deixar as “lives show” para datas especiais, por exemplo.

Quais os grandes cases dessa atividade?

Em formatos mais simples e enxutos eu com as Lojas Leader fomos os primeiros em 2017 e com a pandemia, retomamos com força e estamos até hoje! Mas com lives mais produzidas temos o caso da Farm, por exemplo, que faz uma live show uma vez por mês e é um sucesso estrondoso! Grandes marcas como Magazine Luiza e Americanas também já investem nesse formato.

Como as empresas devem agir no pós-live?

É preciso dar atenção para o cliente como em qualquer pós-venda. Acompanhar toda a jornada e dar todo o suporte, caso seja necessário.


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