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Magnetis democratiza os investimentos no país

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Luciano Tavares é fundador e CEO da Magnetis. Ele acredita na tecnologia como solução para melhorar e democratizar a gestão de investimentos. Administrador de carteiras credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e planejador financeiro CFP®, Luciano tem mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro. Ao longo de sua carreira, fundou a gestora de fundos Nest Investimentos e foi vice-presidente da Merrill Lynch no Brasil. É administrador formado pela Fundação Getulio Vargas (1995) e tem mestrado em Engenharia Financeira pela Poli-USP (2009). Também está à frente da Napkn Ventures, que criou para realizar investimentos em startups de tecnologia. A Magnetis é a primeira gestora de investimentos digital fundada no Brasil. Desde 2015, usa a tecnologia para ajudar as pessoas a investir no que importa, oferecendo a melhor rentabilidade ajustada ao perfil de cada cliente. Com algoritmos que escolhem as melhores carteiras e um time de consultores sempre à disposição, já montou mais de 300 mil planos de investimento e tem mais de R$ 400 milhões sob gestão. Foi vencedora do prêmio Fintech Awards Latam em 2017, na categoria modelo de negócios. É parceira da Julius Baer Family Office, subsidiária do grupo suíço Julius Baer e maior gestora independente de patrimônio de alta renda no Brasil, e da Easynvest, maior plataforma independente de investimentos do país.

Luciano, em que momento de sua jornada sentiu que havia causado impacto na vida das pessoas?

Foi quando escutei o primeiro depoimento de um cliente que havia atingido seu objetivo financeiro de comprar um imóvel graças ao plano de investimentos que realizou através da Magnetis. Isso deu uma satisfação imensa para mim e todo o time e nos deu a segurança que estávamos no caminho certo.

O que é ser um empreendedor em sua visão pessoal?

Ser empreendedor é ter uma visão do futuro, enxergar alguma mudança que vai beneficiar muitas pessoas ou empresas. Depois é trabalhar incessantemente para tornar essa visão realidade. A segunda parte é a menos glamurosa, porém, a mais importante.

Como enxerga o ecossistema de startups no Brasil?

O ecossistema amadureceu muito nos últimos 6 anos, desde quando começamos a Magnetis. Surgiram muito mais investidores de venture, assim como empreendedores experientes. Também finalmente tivemos uma explosão de “exits” algumas com valores acima de 1 bilhão de dólares que ainda era inédito no Brasil.

O que foi fundamental para a criação da Magnetis?

Durante a minha experiência no mercado financeiro, pude testemunhar a transformação digital do mercado brasileiro e vi na tecnologia uma solução para melhorar e democratizar a gestão de investimentos. Foi essa visão que me motivou a criar a Magnetis.

Quais os pilares da fintech?

Quando criamos a Magnetis, adotamos alguns princípios que eram muito novos e até iam contra o que o mercado praticava. Foi um risco, mas hoje vemos que foram decisões acertadas por diversos motivos. A principal decisão foi cobrar uma taxa de serviço de forma transparente para garantir 100% de alinhamento de interesses com nossos clientes. Outro ponto importante para nós foi apostar em uma estratégia quantitativa de longo prazo. Acreditamos que uma carteira construída com base em modelos de forma objetiva e focada no longo prazo entregando melhores retornos. Depois de 5 anos, temos a rentabilidade histórica das nossas carteiras provando que tomamos a decisão correta.

Como é operar uma fintech num momento tão complexo como o atual?

O momento do mercado é desafiador, mas chegamos aos 5 anos cada vez mais convictos de oferecer a melhor experiência para quem quer atingir os seus objetivos financeiros de forma mais rápida e segura. Para a estratégia que utilizamos na Magnetis o que acontecerá no curto prazo é pouco relevante, já que construímos as carteiras para minimizar as quedas (por mais agressivas que sejam) e, quando o mercado voltar a subir, maximizar os ganhos.

O que deve mudar na atuação da Magnetis no pós-Covid?

Nossa visão de um modelo isento de conflitos, nossa confiança na estratégia quantitativa, na diversificação e nos resultados de longo prazo não mudará. Hoje temos comprovação das nossas hipóteses e o mercado está seguindo o caminho que ajudamos a trilhar. Nossos planos são melhorar ainda mais a experiência dos consumidores com o nosso produto e investir no desenvolvimento de novas funcionalidades para oferecer uma jornada cada vez mais completa para que nossos clientes alcancem seus objetivos.

O clientes estão no meio de um fogo cruzado entre bancos e corretoras. Como a Magnetis enxerga essa questão?

O debate sobre conflito de interesses nos interessa muito e vemos como positivo que grandes bancos e corretoras como o Itaú e a XP levantem essa discussão. Essa é uma bandeira que levantamos desde o início da Magnetis. Bancos e corretoras ganham dinheiro através de taxas, comissões e rebates estão escondidos dentro dos produtos. Não há transparência para o cliente. Nós fomos pioneiros em cobrar uma taxa de serviço única de forma transparente, o que não existia no mercado de varejo. Acreditamos que essa é a melhor forma de garantir 100% de alinhamento de interesses com nossos clientes.

Poderíamos dizer que a Magnetis é uma terceira via?

Com certeza. Optamos por cobrar uma taxa fixa e transparente do cliente enquanto o mercado bombardeava todo mundo com a “assessoria sem custo”. Na Magnetis devolvemos 100% dos rebates para os nossos clientes. Esse modelo é o único que garante alinhamento total com nossos clientes e maior rentabilidade para suas carteiras. Com o consumidor cada vez mais bem informado, a tendência é aumentar a busca por profissionais com modelo de remuneração isento, que não recebem comissões ou taxas por indicar este, ou aquele produto.

A revolução das fintechs ainda está no começo?

Acredito que sim. A relação dos brasileiros com o dinheiro está ficando cada vez mais simples e prática, quebrando as barreiras e a falta de transparência entre as instituições financeiras e seus clientes. As fintechs já trouxeram muitas inovações para o mercado e continuarão gerando grande impacto nas finanças das pessoas nos próximos anos.

Qual o lugar da Magnetis nessa revolução?

A Magnetis foi pioneira no movimento das corretoras e gestoras totalmente digitais. Nos investimentos acredito que cada vez mais a tendência será tirar o foco dos produtos para oferecer serviços alinhados ao perfil e objetivos de cada cliente. Pela primeira vez na história, a taxa de juros real no Brasil está chegando perto da de países mais desenvolvidos. Isso muda completamente o cenário de investimentos no país. Os juros menores exigem diversificar mais. Nesse cenário mais complexo, o apoio de profissionais de investimentos sem conflito de interesses será fundamental. Para os próximos anos, nosso sonho grande é ser a principal empresa em gestão de patrimônio digital no Brasil.


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