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A inspiração de Margot Takeda da A10- Ideias

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Margot Doi Takeda é a fundadora e diretora criativa da A10- Ideias que Transformam. Com seu olhar apurado, criterioso e sempre atual, conduz os pensamentos e ideias da agência para, lado a lado com a equipe, entender a essência da marca e buscar uma inovação que realmente faça a diferença. Formada em Design com especialização no Japão, Margot, faz parte da Associação Brasileira de Empresas de Design e Embalagem. Também foi coordenadora de design gráfico e ainda hoje dá aulas na Miami Ad School/ESPM. Em 2016, foi jurada de Design no Lions Cannes. Já foi presidente do London International Festival e membro do júri em diversos outros festivais nacionais e internacionais. “Criativo é uma pessoa antenada, culta, mente aberta, observadora e criadora de diferentes formas de ver o mundo, de conceber produtos e marcas. (…) Manter a criatividade sempre aguçada é um desafio que precisamos exercitar, pois, o cérebro é como um músculo que, se não usarmos, não funciona com facilidade. Buscar ter muito conhecimento variado e vivenciar experiências inusitadas cria novos repertórios. Da mesma forma, ampliar a capacidade sensorial através de uma meditação e fazer uma coisa de cada vez com a atenção plena podem melhorar a percepção de insights, ajudando a enxergar um problema de outros ângulos, repensar a situação com resultados diferentes, inserindo elementos fora do contexto”, afirma a criativa.

Margot, como definiria um criativo nos dias atuais?

Criativo é uma pessoa antenada, culta, mente aberta, observadora e criadora de diferentes formas de ver o mundo, de conceber produtos e marcas. Para se destacar nos dias atuais, neste mundo super competitivo, este profissional deve ter, além de criatividade, uma visão estratégica de negócio, de marca, de comunicação e, principalmente, deve ter skills de inovação.

Para isso, uma das principais características deste criativo na área de design é a observação do comportamento das pessoas e do meio em que vive. Ele deve ser capaz de compreender e solucionar o problema ou necessidade de uma forma mais ampla e trazer ideias que transformam o mundo de uma forma sustentável.

Como manter a criatividade sempre aguçada?

Manter a criatividade sempre aguçada é um desafio que precisamos exercitar, pois, o cérebro é como um músculo que, se não usarmos, não funciona com facilidade. Buscar ter muito conhecimento variado e vivenciar experiências inusitadas cria novos repertórios. Da mesma forma, ampliar a capacidade sensorial através de uma meditação e fazer uma coisa de cada vez com a atenção plena podem melhorar a percepção de insights, ajudando a enxergar um problema de outros ângulos, repensar a situação com resultados diferentes, inserindo elementos fora do contexto.

O criar pensando que tudo é energia e como será a reação de outra pessoa quando interagir com o objeto ou serviço criado pode ser um ótimo exercício para encontrar uma ideia. Cada um cria meios para exercitar e manter a mente criativa, sendo que cada uma das formas descritas acima pode nos ajudar. Para descobrir qual é a melhor para cada um, é preciso testar todas!

Você recebe estímulos de outras áreas para interpretar de alguma forma os desafios em seu ofício?

Sim, para interpretar e solucionar os desafios da nossa área temos vários estímulos que vêm de diferentes setores, como marketing, trade, estratégia de negócio, inteligência do consumidor e usuários (o que envolve a psicologia, sociologia e neurociência), digital e tecnologia de produção e da inovação. Em resumo, saber interpretar todas essas informações faz a grande diferença para solucionar os desafios da nossa criação.

Quais os principais reflexos da indústria criativa em nosso modo de viver e que poucas pessoas têm percebido nos últimos tempos?

A indústria criativa através da criação, produção e distribuição de serviços de arquitetura, design, artes, moda, cinema, audiovisual, literatura e artes, usando como capital intelectual a criatividade, proporcionou e proporciona a criação de novos empregos. Para empreendedores, gerou a promoção da diversidade cultural e do desenvolvimento humano, resultando em geração de novos negócios de muito valor tanto no Brasil como no exterior. Concretamente, a área criativa gerou uma riqueza de R$ 155,6 bilhões para a economia brasileira em 2015, segundo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil” (publicado pela Firjan em dezembro de 2016) e, com resultados relevantes, aumentou o interesse dos investidores.

Como reflexo no nosso modo de viver, conseguimos descrever algumas das principais evoluções: inovações em vários setores, proporcionando melhoria e novos serviços de bancos e cartões de créditos, embalagens mais inteligentes e sustentáveis, aplicativos para facilitar os processos de compra, moda e produtos com design mais acessíveis, novos modelos de moradia que foram a solução para o novo modo de viver e relacionar, entre muitos outros reflexos.

Qual a sua definição sobre o design, ou melhor, qual o objetivo fundamental do design em sua visão?

O design é hoje a ferramenta mais importante para construir uma estratégia criativa de negócio e de identidade de uma marca, bem como produtos e serviços, tendo como objetivo a inovação para transformar o mundo. Esse é o nosso drive na A10- Ideias que Transformam, e trabalhamos para fazer com que cada projeto deixe transparecer esse ideal.

Qual o peso do design como fator comparativo de um produto em uma competição industrial?

O design é um instrumento de criação e inovação que tem o poder de deixar um produto mais competitivo, principalmente no cenário internacional, onde cada vez mais o consumidor quer, além da qualidade, perceber valor na estética, na funcionalidade e na adequação cultural. Além de fazer este papel nas indústrias, o design tem sido o motor para que elas se reinventem, repensem processos e evoluam no modo de criar, produzir, vender e se relacionar com as pessoas.

Em que ponto você acredita que o design nacional precisa melhorar?

O design nacional evoluiu muito e tem cada vez mais assumido o papel estratégico nos negócios. Na minha opinião, o nosso mercado precisa estar mais unido e aprender a vender para ser percebido no seu real valor.

Como se encontra o design brasileiro se compararmos com outros países do globo, sobretudo EUA e Europa?

O design brasileiro é considerado muito criativo e de qualidade, e tem recebido muitos prêmios relevantes. Os criativos brasileiros são considerados muito eficientes, antenados e preparados para este mercado. Eles estão cada vez mais envolvidos em áreas de inovação de muitas empresas nacionais e internacionais e têm sido convidados para serem jurados dos principais prêmios da área, como o iF, Idea, Red Dot e Cannes Lions Awards, no qual tive o prazer de ser jurada da categoria de design.

Inovação e Design no mercado de comunicação estão chegando ao ponto daquilo que considera ideal?

O mercado de comunicação teve que se reinventar para acompanhar a evolução do digital e encarar uma concorrência maior, novos players e principalmente os desafios econômicos de toda a indústria. A inovação e o design ampliaram a sua atuação na comunicação, mas ainda têm muitos desafios quando se pensa que eles podem ir além do que criar um diferencial na comunicação: eles podem trazer novas oportunidades, novas soluções, novas visões, novas formas de gerenciar, enfim, ainda podem fazer muito mais. Infelizmente, muitas empresas acreditam que o design ainda é apenas um desenho ou símbolo, sem compreender que somos responsáveis pelo principal patrimônio deles. Quando observamos o design inserido na inovação, ele ainda é considerado muito complicado e inacessível financeiramente. Não compreendem como ele pode transformar o negócio.

O digital tem usado todo potencial que o design propicia?

O digital ainda é um grande desafio para muitos, o design pode agregar ainda mais, com o seu entendimento estratégico de marca, dos usuários, visões inovadoras e criações de storytellings, de novas tecnologias e formas de comunicação, pois, hoje ele é uma das formas mais poderosas para as marcas se conectarem com o seu público.

Como a inovação é tratada na A10?

Na A10, a inovação faz parte da metodologia de solucionar problemas e desafios e transformar toda a criação em realidade. Buscamos sempre criar soluções novas para marcas, produtos e serviços para melhorar a vida das pessoas. Para isso, procuramos entender como elas são, como vivem, o que pensam e o que buscam, ou seja, temos um olhar multifocal para entender as demandas do projeto e oferecer resultados que realmente façam a diferença no mundo. Isso é o design integrado: aliamos o pensamento inovador a uma visão de mundo sensível, observadora, inclusiva e consciente para criar um design único.

Última atualização da matéria foi há 1 ano


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