Comandada pelos sócios Marcelo Ramos, Denis Filippini e Eduardo Lovro, a Mestiça apresentou seu novo posicionamento no mercado de publicidade, com um modelo operacional que prioriza a performance com criatividade para gerar resultados para os clientes. As mudanças contemplam o seu rebranding, a reformulação do site e a expansão de sua sede em São Paulo. Com pilares em solução, inovação, capacitação e criatividade, o novo posicionamento cria um modelo de negócios ainda mais competitivo que visa acompanhar em tempo real as transformações vividas pelo mercado publicitário. As mudanças promovem maior integração entre os departamentos da agência e impactam em aspectos como efetividade e entrega, relacionamento com os clientes, estudos de mercado e performance. Vale salientar que a agência foi uma das pioneiras em núcleo de retail e franchising. “A Mestiça cresceu muito nesses últimos dois anos e como independente (sem pertencer a nenhum grupo) temos velocidade e autonomia para mudar. Nosso rebranding tirou inclusive a palavra agência ou propaganda. Hoje assinamos apenas Mestiça e vendemos planejamento estratégico de comunicação. Nosso discurso é bem recebido pelos novos clientes e onde batemos na porta. E claro, com retorno também. (…) Hoje nossa visão é muito mais focada no que os clientes procuram”, afirma o publicitário Denis Filippini.
Denis, o que é ser um profissional da publicidade no século XXI?
Ser um profissional da publicidade no século XXI é se renovar, reinventar todos os dias. A Quarta Revolução Industrial é um turbilhão de informações, conteúdo e inovação tecnológica e não podemos perder este bonde. Existe muita incerteza ainda pela frente e precisamos ficar ligados.
O que você acredita ser as maiores falhas da publicidade na atualidade?
Nosso mercado precisa se renovar e poucos profissionais ou agências estão olhando para o próprio umbigo e fazendo uma autocrítica. Os principais pontos na minha opinião são que continuamos dependentes de remuneração de veículos e muitos deles (os mais digitais) estão tirando intermediário, no caso a agência e indo direto nos clientes… precisamos abrir os olhos. E um segundo ponto são os profissionais que estão cansados dos modelos tradicionais de agências onde o trabalho é muito puxado e pouco valorizado.
E os maiores acertos?
Agências que estão olhando para o cliente com um olhar muito mais estratégico e entregando trabalhos que rompem os muros da criatividade e tem muita estratégia envolvida. Isso mostra para o cliente que os profissionais conhecem o mercado, o assunto e estudaram muito para entregar muito além de comunicação, entregam resultado. E esse é outro ponto positivo, deixar de ganhar quanto mais o cliente gasta com verba de comunicação e ganhar conforme o cliente ganha. Uma matemática difícil, mas que alguns já estão conseguindo equalizar e mudar o padrão de comissionamento que o mercado carrega por tantos anos.
Como tem visto o digital neste mercado?
O digital nos 20 anos que trabalho com comunicação vem engolindo o analógico, porém, não irá substituir em alguns casos. Eu vejo essa mudança importante e o digital como uma ferramenta que traz agilidade e informação no mundo conectado e cada vez mais incerto cheio de mudanças em que vivemos. Agora os grandes desafios são como utilizar de forma correta e ética todas as informações que o mundo digital coleta e como preservar a integridade e sigilo dos usuários.
Quais são os principais pilares da Mestiça?
Performance com criatividade. Estes são nossos principais pilares.
O que molda a visão da agência?
Hoje nossa visão é muito mais focada no que os clientes procuram. Eles estão cansados das agências e querem um parceiro que seja relevante para os negócios deles.
A agência já colhe frutos do seu reposicionamento e rebranding?
Sim, com certeza. A Mestiça cresceu muito nesses últimos dois anos e como independente (sem pertencer a nenhum grupo) temos velocidade e autonomia para mudar. Nosso rebranding tirou inclusive a palavra agência ou propaganda. Hoje assinamos apenas Mestiça e vendemos planejamento estratégico de comunicação. Nosso discurso é bem recebido pelos novos clientes e onde batemos na porta. E claro, com retorno também.
Qual será o papel de uma agência independente como a Mestiça neste tabuleiro?
Essa pergunta é ótima e eu valorizo muito ser uma agência independente. Não foi fácil começar um negócio em 2008 (ano de crise mundial) eu sendo o mais velho dos sócios com 27 anos na época e completar 10 anos entre as maiores do mercado brasileiro. O papel das independentes é mudar o jogo, jogar um jogo diferente sem medo de errar e com agilidade. Arriscar mais, errar mais, ajustar a rota, ou seja, é ter sangue nos olhos pra bater de frente com as gigantes sem medo e ter a coragem de um dia ser uma agência que cria tendência e inovação.
Agências e consultorias podem ser aliadas em algum ponto?
Acredito que sim. Como disse anteriormente, não acredito que uma coisa substitua outra, tanto que o que escuto no mercado é que as consultorias estão adotando os modelos das agências, ou seja, fazendo mais do mesmo. Agora, as agências têm que olhar para isso com atenção e fazer uma autocrítica e entregar mais estratégia para seus clientes.
Como a inovação é encarada pela agência?
Hoje inovação é vista como primordial. Não é à toa que encubamos algumas startups com a Vee Benefícios que traz inovação para este mercado de benefícios e é cem porcento digital; a Klink empresa de inteligência Artificial e Machine learning que em poucos meses têm resultados muito expressivos e agora a Streammus que é uma plataforma para músicos que querem viver de música e inclusive foi levada para o Web Summit em Portugal no ano passado. Fora isso alguns fomos estudar abordagens de inovação como Design Thinking, Lean Innovation e outras abordagens com foco no ser humano.
Você afirmou que mercado está amadurecendo e se transformando. Esse amadurecimento e transformação será a tônica?
Sim, tem que ser a tônica ou ficaremos no meio do caminho. O mercado está mais maduro. Existem grandes empresas fazendo grandes trabalhos e construindo grandes marcas. Esse é o nosso papel: construir grandes marcas, ser relevantes para as empresas e as empresas serem relevantes para os consumidores.
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